Natural parasitism in fruit fly (Diptera: Tephritidae) and interaction with wild hosts surrounding apple orchards adjacent to Atlantic Forest fragments in Paraná State, Brazil / Parasitismo natural de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e interação com hospedeiros silvestres em pomares de macieira adjacentes a fragmentos de Mata Atlântica no Estado do Paraná, Brasil

ABSTRACT

The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera Tephritidae), is an important pest in the subtropical region of Brazil. This insect has tritrophic relation between wild fruits and parasitoids and is associated with apple (Malus domestica Borkh.) orchards adjacent to the Atlantic Forest in Paraná. We thus investigated the degree of infestation of the fruit fly and natural parasitism in wild and cultivated fruits surrounding apple orchards. For this purpose, we collected fruits of Acca sellowiana (Berg.) Burret, Campomanesia xanthocarpa (Mart), Eugenia uniflora L., Eugenia pyriformis Cambessèdes, Psidium cattleianum Sabine, Psidium guajava (L.), Annona neosericea Rainer and Eriobotrya japonica (Thumb) in apple orchards adjacent to the Atlantic Forest located in Campo do Tenente, Lapa and Porto Amazonas counties. In total, we collected 18,289 fruits during four growing years. The occurrence of A. fraterculus depends on the susceptible period of apple fruits. A. sellowiana and P. cattleianum were considered primary fruit fly multipliers and P. guajava was secondary, all occurring after the apple harvest (IS period). The group of parasitoids with A. fraterculus was Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Hymenoptera Figitidae), Opius bellus (Gahan, 1930), Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) and Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera Braconidae) all of which are first records in the Atlantic Forest in Paraná. First record of O. bellus occurring in the State of Paraná, as well as, first record of the tritrophic association between host plant A. neosericea, parasitoids D. areolatus and O. bellus and fruit fly A. fraterculus. The host P. cattleianum stood out among the Myrtaceae species in regard to the high diversity of parasitoid species (81% of parasitoids). The total number of Figitidae species (76.5%) was higher [...].

RESUMO

Mosca-das-frutas sul-americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera Tephritidae), é uma importante praga da região subtropical do Brasil. Este inseto tem relação tritrófico entre frutos silvestres e parasitoides e está associado a pomares de macieiras (Malus domestica Borkh.) adjacentes à Mata Atlântica no Paraná. Assim, investigamos o grau de infestação da mosca-das-frutas e o parasitismo natural em frutas silvestres e cultivadas ao redor de pomares de maçã. Para tanto, foram coletados frutos de Acca sellowiana (Berg.) Burret, Campomanesia xanthocarpa (Mart), Eugenia uniflora L., Eugenia pyriformis Cambessèdes, Psidium cattleianum Sabine, Psidium guajava (L.), Annona neosericea Rainer e Eriobotrya japonica (Thumb) em pomares de maçã adjacentes à Mata Atlântica localizados nos municípios de Campo do Tenente, Lapa e Porto Amazonas. No total, coletamos 18.289 frutos durante quatro anos de cultivo. A ocorrência de A. fraterculus depende do período de suscetibilidade dos frutos da maçã. A. sellowiana e P. cattleianum foram considerados multiplicadores primários de mosca-das-frutas e P. guajava foi secundário, todos ocorrendo após a colheita da maçã (período IS). Os parasitóides a associados a A. fraterculus foram Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Hymenoptera Figitidae), Opius bellus (Gahan, 1930), Doryctobracon areolatus (Szépligeti, 1911) e Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti, 1911) (Hymenoptera Braconidae), todos os quais são primeiros registros na Mata Atlântica no Paraná. Primeiro registro de O. bellus ocorrendo no Estado do Paraná, assim como, primeiro registro da associação tritrófica entre o hospedeiro A. neosericea, parasitoides D. areolatus e O. bellus e mosca-das-frutas A. fraterculus. O hospedeiro P. cattleianum se destacou entre as espécies de Myrtaceae pela alta diversidade de parasitóides associados (81% dos parasitóides). O número total de espécies de Figitidae (76,5%) foi superior [...].