RESUMEN
Metabolic profiles correlate with hepatitis C virus (HCV) infection and are prognostic for the viral response. However, little is known about the association between lipid profiles and viral load in chronic patients carrying HCV genotypes 1, 2 and 3. The aim of this study was to investigate the influence of the viremia and viral genotype on lipid metabolism by observing the variations in serum lipoprotein and apolipoprotein B, to assess whether HCV predisposes individuals to lipid imbalance and favors the appearance of vascular complications. A sample group of 150 chronic HCV patients with viral genotypes 1, 2 or 3 and a control group of 20 healthy adults (10 men and 10 women), all aged from 20 to 50 years were studied. The serum lipid profile of the chronic patients was analyzed and compared to that of the control group. The high-density lipoprotein (HDL), very low-density lipoprotein (VLDL) and triglyceride levels of the sample group were lower than those of the control group, while the low-density lipoprotein (LDL) and apolipoprotein B levels of the patients were higher. These differences were more significant in patients carrying genotype 3a. There was a positive correlation between the viremia and the changes in apolipoprotein B levels in patients carrying genotype 1b. It was inferred that the risk of developing vascular complications raised in HCV patients. As 90% of LDL protein is composed of apolipoprotein B, the plasmatic concentration of the latter indicates the number of potentially atherogenic particles. Therefore, the lipid profile monitoring may aid in the diagnosis of hepatic infection severity and equally act as a good prognostic marker.
Perfis metabólicos correlacionam-se com infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) e são prognósticos da resposta viral em pacientes crônicos. Porém, pouco se sabe a respeito da associação entre perfis lipídicos e a carga viral entre infecções dos genótipos 1, 2 e 3. O objetivo foi estudar a influência da viremia e dos genótipos virais sobre o metabolismo lipídico através das variações de lipoproteínas séricas e apolipoproteína B em hepatopatas crônicos, avaliando se o vírus predispõe os indivíduos a complicações vasculares. O grupo amostral constituiu-se de 150 pacientes crônicos e grupo controle de 20 indivíduos saudáveis. Níveis séricos de HDL, VLDL e triglicérides mostraram-se diminuídos em relação ao grupo controle, enquanto os níveis de LDL e apolipoproteína B mostraram-se elevados. Observou-se correlação positiva entre a viremia e alterações de LDL e apolipoproteína B nos portadores do genótipo 1b. Assim, foi pressuposto que o risco de pacientes portadores do VHC desenvolverem complicações vasculares é elevado, uma vez que cerca de 90% da proteína na LDL constitui-se de apolipoproteína B, sua concentração plasmática indica o número de partículas aterogênicas. Portanto, o monitoramento do perfil lipídico pode auxiliar no diagnóstico da severidade da infecção hepática causada pelo VHC e atuar como bom sinal prognóstico.