Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Mais filtros

Ano de publicação
Tipo de documento
Intervalo de ano de publicação
1.
Niterói; s.n; 2015. 109 p.
Tese em Português | BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-2924

RESUMO

As cidades do Rio de Janeiro e de Buenos Aires têm passado por processos históricos similares. No final do século XIX e no começo do século XX, os governantes do Brasil e da Argentina sustentaram o projeto político de modernizar esses lugares. Com o olhar na Europa, especialmente na França, foi realizada uma série de modificações que se relacionavam com a ideia de “progresso”. Desse modo, as construções coloniais foram substituídas por grandes prédios, as avenidas foram alargadas e os cafés, confeitarias e bulevares se multiplicaram. No Rio de Janeiro, aliás, aterraram-se algumas regiões do centro, inauguraram-se a Avenida Central e os cais do Porto, e foi demolido o morro do Castelo. Buenos Aires, por outra parte, ampliou a rede ferroviária, alargou a Avenida Corrientes, abriu cinemas, teatros e cafés e inaugurou o metrô (1913). Outros avanços técnicos, como o bonde elétrico, o automóvel, a câmera fotográfica e o cinema acompanharam os processos de mudança de ambas as cidades e transformaram, também, as percepções do tempo e do espaço. A confiança no “progresso” estava presente nos discursos dos políticos, jornalistas, escritores e cientistas. Porém, esse otimismo ignorava um fato importantíssimo: uma grande parte da população foi excluída desses benefícios. Lima Barreto e Roberto Arlt percorreram tanto o centro das suas cidades quanto as margens, percebendo assim o abandono destas últimas. Nas crônicas e Aguafuertes, estes narradores descreveram o outro lado do chamado “progresso”. (AU)


Las ciudades de Río de Janeiro y de Buenos Aires vivieron procesos históricos similares. A fines del siglo XIX y comienzos del XX, los gobernantes de Brasil y de Argentina compartieron el mismo proyecto político de modernizar esos lugares. Con la mirada puesta en Europa, especialmente en Francia, fueron realizadas una serie de modificaciones que se relacionaban con la idea de “progreso”. De ese modo, las construcciones coloniales fueron sustituidas por grandes predios, las avenidas fueron ensanchadas y los cafés, confiterías e bulevares se multiplicaron. En Río de Janeiro, además, algunas regiones del centro fueron ganadas al mar, se inauguraron la Avenida Central y los muelles del Puerto y el morro de Castelo fue demolido. Buenos Aires, por otra parte, amplió la red ferroviaria, ensanchó la Avenida Corrientes, abrió cines, teatros y cafés e inauguró el subterráneo (1913). Otros avances técnicos, como el tranvía, el automóvil, la cámara fotográfica y el cine acompañaron los procesos de mudanza de ambas ciudades y transformaron, también, las percepciones del tiempo y del espacio. La confianza en el “progreso” estaba presente en los discursos de los políticos, periodistas, escritores y científicos. Sin embargo, ese optimismo ignoraba un hecho importantísimo: una gran parte de la población fue excluida de esos beneficios. Lima Barreto y Roberto Arlt recorrieron tanto el centro de sus ciudades como los márgenes, percibiendo el abandono de estas últimas. En las crónicas y Aguafuertes, estos narradores describieron el otro lado del llamado “progreso”. (AU)


Assuntos
Humanos , Literatura , Cidades
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA