Comparação entre fatores sociodemográficos e ocupacionais com sintomas respiratórios e pico de fluxo expiratório em trabalhadores de uma indústria de cerâmica do Sul do Brasil / Comparison between socio-demographic and occupational factors with respiratory symptoms and peak expiratory flow in workers of a ceramic industry in Southern Brazil
estudo transversal. Foram avaliados trabalhadores de uma indústria de cerâmica do Sul do Brasil. Como instrumentos de pesquisa, foram aplicados questionários relacionados a aspectos ocupacionais, sintomas respiratórios, hábitos tabágicos e medida do PFE. As variáveis sociodemográficas e ocupacionais foram comparadas com os sintomas respiratórios e PFE.
Resultados:
foram avaliados 151 trabalhadores, sendo, predominantemente, do sexomasculino (87,4%), com média (±DP) de idade de 30,4 (±8,4) anos e histórico de tabagismo em 23,8% dos participantes. Entre os sintomas respiratórios, 23% relataram tosse diária e noturna e dispneia, 21% confirmaram escarro durante o dia/noite, e apenas 7% referiram chiado ou sibilos. O PFE abaixo de 80% do previsto foi encontrado em 37,1% dos trabalhadores, com média (±DP) de 84(±16,7)%. Ao comparar os fatores ocupacionais com os desfechos, foi observado que o menortempo de trabalho esteve relacionado à maior prevalência de tosse (p=0,024).
To evaluate the prevalence of occupational respiratory symptoms, peak expiratory flow (PEF) and associated factors in workers from a ceramic industry in southern Brazil.
We evaluated 151 workers, predominantly male (87.4%), with a mean (±DP) age of 30.4 (±8.4) years and a history of smoking in 23.8% of participants. Among the respiratory symptoms, 23% reported daily and nocturnal cough and dyspnea, 21% confirmed sputum during the day / night, and only 7% reported wheezing. PEF below 80% of predicted was found in 37.1% of workers, with a mean (± DP) of 84 (± 16.7) %. When comparing the occupational factors with outcomes, it was observed that the shorter working time was related to higher coughprevalence (p=0.024).
Conclusion:
The most prevalent respiratory symptoms were coughing and dyspnea, followed by sputum and wheezing. Approximately 1/3 of workers showed PEF <80%. However, the inverse relationship between working time and symptoms merits further investigation.