Your browser doesn't support javascript.

Portal de Pesquisa da BVS

Informação e Conhecimento para a Saúde

Home > Pesquisa > ()
XML
Imprimir Exportar

Formato de exportação:

Exportar

Email
Adicionar mais destinatários
| |

Ambientes de consumo alimentar e qualidade da alimentação no Reino Unido em 2014-2016 / Food consumer environments and food quality in the United Kingdom in 2014-2016

Souza, Thays Nascimento.
São Paulo; s.n; 2021. 65 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1359950

Introdução:

A alimentação inadequada tem causado prejuízos imensuráveis para a população humana e para o planeta. Má-nutrição em todas as suas formas, doenças crônicas não transmissíveis, produção exacerbada de materiais de difícil decomposição, poluição de rios e oceanos são alguns dos resultados do sistema alimentar globalizado. Investigações recentes apontam o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados em diversos países. Somado a isso, estudos indicam que os locais de consumo podem influenciar nas escolhas alimentares. Entretanto, a influência dos locais no consumo desses alimentos foi pouco explorada.

Objetivo:

analisar a associação entre locais de consumo e o consumo de alimentos ultraprocessados no Reino Unido entre 2014-2016.

Métodos:

Os dados são provenientes da National Diet and Nutrition Survey (NDNS). As informações de consumo alimentar individual, de participantes de ≥ 4 anos de idade, foram coletadas através de diário alimentar de 3 ou 4 dias consecutivos. Os locais de consumo foram categorizados em nove grupos casa, locais institucionais, meios de transporte, cafeterias, clubes de esportes e recreação, restaurantes de serviço completo, fast food, casa de familiares e amigos e outros. Todos os itens de consumo foram classificados segundo o processamento industrial utilizando a classificação NOVA e calculou-se o percentual total e por local de participação dos itens alimentares para o total de energia (em kcal) consumida. Foi então avaliada a associação entre cada local de consumo e a participação de alimentos ultraprocessados na alimentação por meio de modelos de regressão linear brutos e ajustados para possíveis variáveis confundidoras. Esses modelos geraram coeficientes que representam o aumento da participação energética de alimentos ultraprocessados a cada aumento de ponto percentual no consumo em cada local (% kcal total). As análises foram estratificadas para crianças (4-10 anos), adolescentes (11-18 anos) e adultos (19 anos de idade ou mais).

Resultados:

Os alimentos ultraprocessados contribuíram com 56,3% do total de energia consumida. Entre as crianças, o consumo alimentar realizado em casa foi inversamente associado ao consumo de alimentos ultraprocessados (ß -0,10, IC 95% -0,17, -0,03), enquanto em clubes de esportes e recreação (ß 0,47, IC 95% 0,20, 0,73) foi diretamente associado ao consumo de alimentos ultraprocessados. Para os adolescentes, comer em casa (ß -0,12, IC 95% -0,19, -0,05) foi inversamente associado ao consumo de alimentos ultraprocessados, assim como em restaurantes de serviço completo (ß -0,21, IC 95% - 0,38, -0,03). O consumo em redes de fast food esteve diretamente associado ao consumo de alimentos ultraprocessados em adolescentes (ß 0,29, IC 95% 0,12, 0,47). Finalmente, para adultos, restaurantes de serviço completo (ß -0,13, IC 95% -0,22, -0,03) mostraram-se inversamente associados ao consumo de alimentos ultraprocessados. Já em restaurantes do tipo fast food (ß 0,77, IC 95% 0,38, 1,17) foram diretamente associados ao consumo desses alimentos.

Conclusões:

os locais de consumo impactam de forma diferente no consumo de alimentos ultraprocessados, clubes de esporte e recreação e restaurantes do tipo fast food promoveram um aumento no consumo desses alimentos. Por outro lado, houve redução no consumo de alimentos ultraprocessados em casa e em restaurantes de serviço completo.
Biblioteca responsável: BR67.1