Este artigo insere-se nas preocupações teóricas da autora sobre a recepção da "Escola de Chicago", no Brasil. Analisa a passagem de Robert Park ao final dos anos 30 na Bahia; suas motivações e os efeitos para as ciências sociais internacionais. Essa viagem é pouco conhecida e o artigo traz uma pequena colaboração para a história das ciências sociais, no Brasil e na Bahia. Baseada em dados originais de pesquisa realizada no Brasil e nos Estados Unidos, o autora considera a importância da visita de Park [e de Pierson] à Bahia. Retoma as noções clássicas de Homem Marginal, desenvolvida por Park e de melting pot, usada por Park e discípulos, ao se referirem à convivência, em Chicago, de comunidades com nacionalidades diferentes, que não se misturavam. O caso baiano, de miscigenação, intrigou Park, que acabou transformando a Bahia num "laboratório social", suscitando a vinda de outros antropólogos, e novas questões e interpretações teóricas, atualmente retomadas.(AU)
This paper is part of the theoretical concerns of the author on the reception of the "ChicagoSchool" in Brazil. It analyzes the passage of Robert Park in the late '30s in Bahia, his motivations and the effects on international social sciences. This trip is little known, and the paper offers a little collaboration to the history of social sciences in Brazil and Bahia. Based on data from original research conducted in Brazil and the United States, the author considers the importance of the visit by Park [and Pierson] to Bahia. It incorporates classical notions of Marginal Man, developed by Park and melting pot, used by Park and disciples, which referred to the conviviality of Chicagocommunities from different nationalities, who did not mix, distinguishing it from the Bahian case, of miscegenation. This singularity transformed Bahia into a "social laboratory", prompting the arrival of other anthropologists, and new questions and theoretical interpretations, now resumed.(AU)