Este texto é parte de um trabalho mais extenso que cuidou de trajetos de Darcy Ribeiro, particularmente o que diz respeito ao seu envolvimento com a educação. A centralidade da educação e a especial interação entre educadores e cientistas sociais tiveram nas décadas de 1930 e 1950 momentos de grande confirmação. Pretendo aqui recompor o trajeto da formação acadêmica de Darcy, recuperar a matriz mineira à qual se poderia vinculá-lo, reconstruir seu diálogo com sua geração, ver os limites de sua ligação com a comunidade acadêmica das ciências sociais, para afinal, anunciar a sugestão de por que se pode pensar em Darcy como o último expoente da Escola Nova e do modernismo brasileiro dos anos 1930. A sugestão implica a crença de que o encontro com Anísio Teixeira é mais do que o encontro de dois intelectuais; é reforço de tendênciaspolítico-filosóficas, é reconhecimento de afinidades teóricas e, sobretudo, permanência da defesa de um projeto educacional que teve na Escola Nova sua gênese como movimentopolítico e social e, em Darcy Ribeiro, a expressão pública e a fidelidade mais permanentes.(AU)