Este paper pretende analisar justamente de que modo se processou a aclimatação intelectual da chamada sociologia da modernização sobretudo aquela praticada nos Estados Unidos, país cuja sociologia assumira a dianteira da disciplina no imediato pós-guerra pela sociologia do desenvolvimento latino-americana. Para tal, serão destacados, de maneira sucinta, as formulações do ítalo-argentino Gino Germani e do brasileiro Florestan Fernandes. Além da posição de destaque ocupado por cada qual em seus respectivos países no que se refere ao sentido assumido pela institucionalização da sociologia como disciplina acadêmica (Arruda, 1995; Blanco, 2006), ambos se notabilizaram igualmente pelas tentativas de avançar uma conceituação sociológica própria à dinâmica social latino-americana e sua experiência recalcitrante de modernização. A hipótese a ser sustentada neste trabalho é a de que a aclimatação intelectual das premissas da sociologia da modernização operada por estes sociólogos localizados na periferia terminou por gerar resultados teóricos divergentes vis-à-vis as proposições daquela vertente teórica central.(AU)