Meu objetivo é pensar as fronteiras e as identificações regionais, nacionais e continentais como configurações históricas dinâmicas que visam apreender os movimentos, as travessias, as diferenças e as mudanças da singularidade histórica ibérica, brasileira e paulista no continente americano. Procuro construir a noção de fronteiras ibero-americanas na obra de Sérgio Buarque a partir de quatro sentidos de fronteiras 1) a Península Ibérica como zona de transição e território-ponte entre a Europa e a África; 2) as fronteiras enquanto marcos de diferenças entre a colonização portuguesa e castelhana na América; 3) as frentes de expansão e os processos de americanização; 4) e a ideia de transição das raízes ibéricas para um mundo moderno e urbanizado, ou seja, a travessia da singularidade ibérica para uma sociedade americana, moderna e democrática.(AU)