Este texto, portanto, procura apresentar de forma incipiente um quadro analítico alternativo para o estudo do pensamento social brasileiro, utilizando um estudo de caso como instância empírica. Meu objetivo é argumentar que podemos tratar o pensamento social como parte integrante de uma história global da imaginação sociológica que reconheça a relevância dos circuitos periféricos para sua constituição. Apresento o caso do sociólogo baiano Alberto Guerreiro Ramos como exemplo dessa possibilidade. Ao invés de analisar apenas as dinâmicas internas do seu texto, ou de tomar as circunstâncias do campo intelectual brasileiro como a principal variável explicativa, procuro combinar as duas perspectivas numa abordagem transnacional, que destaque as ligações intelectuais e cognitivas entre Guerreiro e outros intelectuais e cientistas sociais.(AU)