O trabalho do sociólogo italiano-alemão Gino Germani tem sido tradicionalmente classificado como funcionalista. No entanto, estudos recentes têm vindo a mudar essa perspectiva, enfatizando outras influências importantes em sua obra. Contra o pano de fundo de sua teoria mais ampla, o objetivo deste artigo é analisar, por um lado, a sua percepção, na transição da América Latina a modernidade, de liberdade como a questão essencial na política e na vida diária, e, por outro, como isso se traduz em uma teoria da ação que permanece ignorada, embora só recentemente tenham sido encontrados equivalentes em Sociologia, e sem esquecer que, em alguns aspectos, é mais avançado do que propostas contemporâneas nesta direção.
The work of Italian-German sociologist Gino Germani has traditionally been classified as functionalist. However, recent studies have tended to change this perspective, emphasizing other important influences in his work. Against the backdrop of his broader theory, the objective of this article is to analyze, on the one hand, his perception, in the Latin American transition to modernity, of freedom as the essential issue in politics and daily life, and on the other, how this translates into a theory of action that remains overlooked, although only recently have equivalents been found in Sociology, with his theory being more advanced in certain aspects than contemporary proposals in this direction.(AU)
L'uvre du sociologue italo-argentin Gino Germani est d'habitude considérée comme fonctionnaliste. Des études récentes, pourtant, ont tendance à en changer l'optique tout en soulignant d'autres influences importantes dans ses travaux. En toile de fond de sa théorie élargie, le but de cet article est d'analyser, d'un côté, au cours de la transition latino-américaine vers la modernité, la perception chez cet auteur de la liberté comme question essentielle dans la politique et la vie quotidienne; et, de l'autre, la façon dont cela se traduit dans une théorie de l'action qui demeure peu prise en considération, malgré le fait de n'avoir rencontré que très récemment des équivalences en Sociologie, et sans oublier que, sous certains aspects, elle est plus avancée que des propositions contemporaines allant dans ce sens.(AU)