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A escrita do folclore em Goiás: uma história de intelectuais e instituições (1940-1980)

Silva, Mônica Martins.
Brasília; s.n; 2008. 321 p. ilus.
Tese em Português | BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-1852
O folclore surgiu como neologismo no século XIX e se tornou um campo de estudos que reuniu intelectuais diletantes interessados no estudo da cultura do povo, pouco preocupados com o rigor científico que sustentava o surgimento de outros campos do conhecimento da época. No Brasil, o estudo do tema se tornou relevante entre intelectuais do final do século XIX, assim como entre os modernistas do início do século XX. Incorporado ao debate sobre nação e região, suscitou o interesse de estudiosos como Americano do Brasil, Crispiniano Tavares e José Aparecido Teixeira, que, em Goiás se interessaram pela pesquisa e discussão de temas relacionados à história do povo e colaboraram na construção de enredos culturais a partir de seus livros. A criação da CNFL (Comissão Nacional de Folclore) em 1947 promoveu a institucionalização do folclore e criou uma rede nacional de folcloristas motivados pelo estudo e levantamento das manifestações populares. Em Goiás, a criação da CGF (Comissão Goiana de Folclore) em 1948 reuniu intelectuais dentre os quais se destacou Regina Lacerda, que tanto se inseriu de forma diferenciada, quanto transformou o folclore em capital simbólico para utilizá-lo como moeda de troca na delimitação do campo da cultura em Goiás. As políticas culturais dos anos de 1970 no âmbito estadual também fizeram parte desse campo, com atividades realizadas nos municípios como semanas de folclore e artesanato, comemoração de datas celebrativas, cursos, concursos, realização de inquéritos e estudos sobre festas e artesanato, entre outras manifestações culturais, promovidas pelo IGF (Instituto Goiano do Folclore). Em todos esses períodos, paralelamente, os intelectuais folcloristas produziram uma escrita que reelaborou o conceito de folclore dialogando com as demandas de seu tempo.(AU)
Biblioteca responsável: BR1273.1