A partir de indícios encontrados nos arquivos de João Guimarães Rosa, este trabalho discorre sobre a maneira em que o corpus do autor elabora sua própria teoria, em diálogo com protocolos vestigiais da literatura e em discussão com protocolos autonomistas. Mostra-se o modo em que "Meu tio o Iauaretê" desconstrói pressupostos de prioridade ontológica. Por último, reflete-se sobre a operação pela qual o escritor se põe à margem da estória, reproduzindo com o próprio silêncio o silenciamento histórico de outros, dando-lhes assim um lugar aos que nunca o tiveram. (AU)
A partir de indicios encontrados en los archivos de João Guimarães Rosa, este trabajo se aproxima al modo en que el corpus del autor elabora su propia teoría, en diálogo con protocolos vestigiales de la literatura, y en discusión con protocolos autonomistas. Se muestra el modo en que "Meu tio o Iauaretê" deconstruye presupuestos de prioridad ontológica. Por último, se reflexiona sobre la operación a través de la cual el escritor se pone al margen del relato, reproduciendo con el propio silencio el silenciamiento histórico de otros, dándoles así un lugar a quienes nunca lo tuvieron. (AU)
Following the indications found in the archives of João Guimarães Rosa, the article addresses the way in which the author's work creates its own theory through a dialogue with "vestigial protocols of literature" and a discussion with "autonomist protocols". It shows how "Meu tio o Iauaretê" deconstructs assumptions of ontological priority. Finally, it reflects on the operation through which the author situates himself at the margins of the story, reproducing, through his own silence, the historical silencing of others and thus giving a place to those who never had one. (AU)