Esta dissertação é uma proposta de diálogo entre Pensamento Social Brasileiro, História da América Portuguesa e a Psicologia Analítica de C. G. Jung, destacando os seguintes arquétipos Ânima, Animus, Sombra e Persona. Direcionando o estudo para a imagem da mulheríndia, presente na interpretação brasileira de Casa-grande & senzala de Gilberto Freyre, temos como eixo principal a negação desta imagem enquanto princípio feminino criativo e positivo no imaginário cultural brasileiro, no caso de uma análise mais específica. Partimos do pressuposto de que sua obra inspirou diversas pontes imaginárias sobre o Brasil, inclusive nos aspectos referentes à mestiçagem, no estudo sobre estrangeiros viajantes, jesuítas e colonos/invasores dos séculos XVI e XVII ao aportarem na América Portuguesa. Neste sentido, pretendemos enfatizar a influência de sua obra enquanto imagem perdulária através do tempo e do espaço na ordem escravista portuguesa. Sobretudo, pretende-se fazer uma leitura do feminino indígena pensada em seu livro.(AU)