Dentre as inúmeras obras de Josué de Castro acerca do subdesenvolvimento e de uma de suas conseqüências principais, a fome, se dará destaque nesse artigo aos livrosGeografia da fome, O livronegro da fome e Sete palmos de terra e um caixão. Serão enfatizadas as nuanças básicas de sua proposta de interpretação do Brasil em vista das condições de pobreza, de miserabilidade e de fome prevalecentes nas décadas de 1950 e 1960. No âmbito de uma perspectiva possibilista da mudança social, ele partia do pressuposto de que, sem o conheci-mento das causas históricas das desigualdades sociais, políticas e regionais, não havia meios de explicar os problemas que afetavam o país. Sua reflexão anticolonialista e anti-imperialista o levou ao encontro das teorias que buscavam consubstanciar crescimento econômico e distribuição de renda. (AU)