Um espaço pouco sobrevoado: a relação entre a sociedade brasileira e a produção das primeiras obras de ficção (1875-1948)
Lima, Josiel dos Santos.
Curitiba; s.n; 2015. 111 p.
Tese
em Português
| BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-3020
A ficção científica traz uma dificuldade aos teóricos quanto à sua definição.A maior parte dos estudiosos concorda que ela é um subgênero da fantasia. Dessa forma, é mais fácil dizer o que ela não é. Os países europeus, principalmente a Inglaterra, que passaram por um processo de industrialização e desenvolvimentotecnológico, ainda no século XVIII, foram os primeiros a produzir esse tipo de literatura, tanto que Frankenstein, de Mary Shelley, publicado em 1818, éconsiderada a primeira obra de ficção científica. No Brasil, foi só no final do século XIX, em 1875, que se escreveu o primeiro livro com especulações científicas, chamado O Doutor Benignus, de Augusto Emílio Zaluar, que dialoga com o estilo de Júlio Verne. Para escrever esta dissertação, fizemos um recorte temporal, no período entre 1875 e 1948, e selecionamos mais quatro obras, além de O DoutorBenignus, são elas o conto ―O imortal‖ (1882), de Machado de Assis; A Amazônia misteriosa (1925), de Gastão Cruls; O presidente negro ou o choque das raças (1926), de Monteiro Lobato; e A cidade perdida (1948), de Jeronymo Monteiro. Utilizamos a crítica sociológica para discutir como a sociedade brasileira influenciou os escritores da época e como essa sociedade é refletida nas obras.Temas como a utopia, distopia, eugenia, especulações futurísticas e a contradição entre o potencial de um país grande e a realidade periférica serão identificados e analisados. Para embasar nosso trabalho, recorremos a teóricos, pesquisadores e autores como Antonio Candido, André Carneiro, Bráulio Tavares, Léo Godoy Otero, Roberto Causo, entre outros. (AU)
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