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Elites e formação nacional: as gerações de 1830 do Brasil e da Argentina

Mantovani, Rafael Leite.
São Paulo; s.n; 2009. 183 p.
Tese em Português | BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-684
Apesar de contar com ideólogos para a formulação do espírito nacionalista, a Europa, segundo Benedict Anderson, teve as nacionalidades criadas também por meio da interação explosiva e não intencional entre o capitalismo, o início do esforço editorial e a diversidade lingüística. O Novo Mundo, assim como a Europa, contou com ideólogos para a construção de imaginários de nação. Os processos de independência foram cruciais para a formatação do tipo de elites que iriam determinar qual seria o tipo de valor ético a ser abraçado, ou seja, qual seria a causa da nação. Não houve apenas um projeto de nação em cada Estado independente. O século XIX assistiu ao embate de alguns grupos que lutaram pela legitimidade da palavra e, conseqüentemente, pelos cargos da coroa (brasileira) ou das repúblicas (hispano-americanas). Os ideólogos que deram as bases da brasilidade ao Império foram o chamado Grupo de Paris, que foi resguardado regiamente e sistematizou as facetas daquilo que deveria ser o orgulho da nação recém-nascida. Já o projeto vencedor da Argentina do XIX foi o da Associação de maio, os homens que lutaram ferreamente contra o sistema político argentino pautado no caudilhismo e em um “federalismo” que isolava cada província, entregando privilégios a Buenos Aires. Portanto, ambos os projetos foram diametralmente opostos no que diz respeito à proteção e perseguição por parte do Estado. Alguns pontos confluem; contudo, a posição do grupo brasileiro era condizente com a realeza, e a do argentino foi antagônica com o autoritário e fragmentado sistema político platino. Como se inseriram nos campos, como foi a relação de proximidade da corte ou de distância do país devido ao exílio, a forma de preparar suas biografias, como organizaram os salões literários, assim como a insistência em escrever sobre belas-artes e literatura no Brasil e tratados de governo e de direito na Argentina são fatores que demonstram tal diferença.
Biblioteca responsável: BR1273.1