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A nação e seus outros: uma leitura subalterna de Os Sertões de Euclides da Cunha

Pimentel, Talita Cristina.
São Carlos; s.n; 2010. 79 p.
Tese em Português | BVS Pensamento Social, FIOCRUZ | ID: bps-755
O presente trabalho apresenta uma leitura subalterna de “Os Sertões” de Euclides da Cunha informada também por fontes do pensamento social brasileiro e da incursão nos arquivos históricos sobre o episódio de Canudos. Este cristalizou um verdadeiro pânico moral no início da República. Euclides da Cunha relatou a revolta de Canudos como um choque entre raças em que a miscigenação ganhou um recorte histórico fincado na divisão binária da sociedade brasileira em caboclos x mulatos (ou interior x litoral). Sublinha-se o pânico moral que tomou conta da sociedade brasileira com relação à mistura racial entre brancos e negros e o temor de que a vida nas cidades seria uma ameaça degenerativa para nossa nacionalidade. A partir dessa divisão racial da sociedade estabelecida por Euclides - e endossada por intelectuais, políticos e artistas na consolidação da República - o sertão e sua gente se consagram como o “lugar” e os “sujeitos” de uma nacionalidade genuína. Isto permitiu, também, que se estabelecessem os outros, os indesejáveis na formação da nacionalidade brasileira.(AU)
Biblioteca responsável: BR1273.1