Posições e divisões na Ciência Política brasileira contemporânea: explicando sua produção acadêmica / Positions and divisions within contemporary Brazilian Political Science: explaining its academic production
O artigo é um estudo preliminar, exploratório, da história da Ciência Política brasileira. Buscamos fornecer subsídios para identificar as razões históricas por trás dos dois princípios de divisão da produção acadêmica da Ciência Política contemporânea o contínuo teórico-empírico e o contínuo politicismo-societalismo. Em primeiro lugar, apresentamos o esquema teórico utilizado para interpretar a história da Ciência Política brasileira. Aproveitamos tal apresentação para discutir algumas questões teóricas importantes, especialmente de ordem conceitual. Em segundo lugar, apresentamos a hipótese de pesquisa, construída à luz daquele esquema, a fim de fornecer uma direção para a elaboração da explicação histórica. Enfim, com essa hipótese em mãos e utilizando algumas evidências bibliográficas, antecipamos uma interpretação provisória. Essa interpretação baseia-se nos seguintes eixos o processo de institucionalização e o processo de autonomização do campo da Ciência Política, dividido em dois tipos, a autonomização cultural (de valores, teorias, métodos etc.) e a institucional (que se refere ao processo de institucionalização da disciplina), que envolvem um conflito mais ou menos explícito entre distintas visões de ciência política.(AU)
This article represents a preliminary, exploratory study of the history of Brazilian Political Science. We seek to aid in the identification of the historical roots underlying the two principles upon which the division of academic production in contemporary Political Science is based the continuums marked by the relationships between theory-empirical reality and between the political- the societal. We begin with a theoretical scheme that has been used to interpret the history of Brazilian political science. We then take advantage of this presentation to discuss certain important empirical issues, particularly those of a conceptual order. We then go on to present our research hypothesis, put together in reference to this schema, in order to provide a direction for historical explanation. Finally, through our hypothesis and making use of bibliographic evidence, we suggest a tentative interpretation. This interpretation turns around the following axes the processes of institutionalization and autonomization of the field of Political Science, divided into two types cultural (values, theories, methods etc.) and institutional (referring to the institutionalization of the discipline) autonomization, involving a conflict that is more or less explicit between different perspectives in Political Science.(AU)