Deworming protocols of island snakes kept in capitivity at the Butantan Institute

ABSTRACT

Bothrops insularis and B. alcatraz are critically endangered species inhabiting two different coastal islands of the state of São Paulo. Although they are closely related species, they show distinct morphological characteristics due to their isolation from the continent. There is a general lack of studies on conservation and captive husbandry of these species, including their parasites. Our aim was to evaluate the deworming protocols used in B. insularis and B. alcatraz in captivity. We evaluated three deworming protocols through fecal examination (1) adult B. insularis were treated with ivermectin and praziquantel, (2) adult B. alcatraz were treated with ivermectin, and (3) juvenile B. insularis and B. alcatraz were treated with ivermectin. The snakes are kept in the Laboratory of Ecology and Evolution at the Instituto Butantan (São Paulo, Brazil) for conservation purposes. To evaluate the deworming protocols, we performed the Willis-Mollay (1921) technique. After treating with the first protocol, 19% of the animals showed only eggs of a pseudoparasite (Syphacia obvelata). After the second protocol, 75% of the animals showed cestodes (Ophiotaenia sp.). After the third protocol, 32% of the animals showed only the pseudoparasite, S. obvelata. The pseudoparasite was found only in B. insularis individuals that ate adult mice in captivity. However, cestode eggs were found only in those adult snakes of the second protocol that did not receive praziquantel. Based on the negative results for pathogenic parasites, we conclude that the first protocol was effective for adult snakes whereas the third protocol was effective for juveniles.

ABSTRACT

Bothrops insularis e B. alcatraz são espécies criticamente ameaçadas de extinção que habitam duas ilhas diferentes da costa do estado de São Paulo. Embora elas sejam espécies intimamente relacionadas, apresentam características morfológicas distintas devido ao seu isolamento do continente. Há uma falta geral de estudos sobre conservação e criação em cativeiro dessas espécies, incluindo seus parasitas. O objetivo desse trabalho foi avaliar os protocolos de vermifugação utilizados em B. insularis e B. alcatraz em cativeiro. Foram avaliados três protocolos de vermifugação através do exame coproparasitológico (1) B. insularis adultas foram tratadas com ivermectina e praziquantel, (2) B. alcatraz adultas foram tratadas com ivermectina, e (3) B. insularis e B. alcatraz juvenis foram tratadas com ivermectina. As serpentes são mantidas no Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan (São Paulo, Brasil) para projetos de conservação. Para avaliar os protocolos de vermifugação, foi realizado a técnica de Willis-Mollay (1921). Depois de tratado com o primeiro protocolo, 19% dos animais apresentaram somente ovos de pseudoparasitas, (Syphacia obvelata). Depois do segundo protocolo, 75% dos animais apresentaram cestóides (Ophiotaenia sp.). Depois do terceiro protocolo, 32% dos animais apresentaram somente pseudoparasitas, S. obvelata. O pseudoparasita foi encontrado somente em indivíduos de B. insularis que comeram camundongos adultos em cativeiro. Contudo, ovos de cestóides foram encontrados somente nas serpentes adultas do segundo protocolo que não receberam praziquantel. Com base nos resultados negativos para parasitas patogênicos, concluímos que o primeiro protocolo foi eficaz para serpentes adultas, enquanto que o terceiro protocolo foi efetivo para juvenis.