Apesar da inegável chaga social representada no
Brasil, em vários outros países da
América do Sul, Central, e até nos
Estados Unidos, por dezenas e dezenas de milhões de descendentes de
africanos vegetando na
pobreza ou na
miséria mais absoluta, a
historiografia recente da
escravidão tem se inclinado, em alguns
casos, a analisar a época servil como uma espécie de paraíso perdido, uma quase
democracia em que escravizadores e
escravos viviam felizes em em perfeita harmonia! Contra esta tendência, que adquiriu força nos
Estados Unidos, mas sem deixar de atingir também o
Brasil, Mário Maestri,
especialista em
história da
África Negra, procura mostrar, numa
visão realista, as verdadeiras
condições de trabalho dos
escravos e sua luta contra a
servidão (AU).