[Video-assisted thoracic sympathectomy - the results from a center outpatient surgery program]. / Simpaticectomia torácica por vídeo-toracoscopia ­ experiência de um programa de cirurgia de ambulatório.

ABSTRACT

BACKGROUND: The outpatient surgery program from our department has started in 2014 to improve patient access to surgery and to reduce the surgical waitlist. Focused on the thoracic surgery, the most common intervention is the surgical treatment of primary hyperhidrosis by thoracic sympathectomy by video-assisted thoracoscopic surgery (VATS). It is performed according to the patient's symptoms, with section or application of surgical clips between R2-R5. MATERIALS AND METHODS: Retrospective study including all the patients submitted to thoracic sympathectomy by video- -assisted thoracoscopy surgery from our department's outpatient surgery program from January 2014 to January 2016. RESULTS: In our outpatient program we performed 198 thoracic sympathectomy by VATS. The mean age of the patients was 32,8 years old. 63,6% of the patients were females and 36.4% were males. From the 198 endoscopic thoracic sympathectomy performed, 181 (91,4%) were performed bilatellary with section between R3-R5, 12 (6,1%) were performed with the application of surgical clips in R2-R4 and 3 (1.5%) could not be performed due to the presence of pleuropulmonary adhesions. One of the patients was re-operated due to recurrent symptoms and another patients had surgery to remove the surgical clips (bilaterally in R2) due to exaggerated abdominal compensatory hyperhidrosis. Three patients had pneumothorax. CONCLUSION: The surgical treatment of primary hyperhidrosis was the most frequent procedure in our outpatient surgery program. The procedure without the use of a thoracic drainage allowed its inclusion in the outpatient surgery program. Excluding 3 patients, all the patients were discharged within 12 hours after the surgery. The good results and the reduction of the surgical waitlist encourage the cardiothoracic outpatient surgery program.

RESUMO

Introdução: O programa de cirurgia de ambulatório do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do HSM-CHLN iniciou-se em Janeiro de 2014, com o intuito de melhorar a acessibilidade dos pacientes e reduzir a lista de espera. Focada essencialmente na área da Cirurgia Torácica, a actividade de ambulatório assenta sobretudo no tratamento cirúrgico videoassistido (VATS) da hiperhidrose primária axilar e palmar. A correção da hiperhidrose axilar e palmar através da simpaticectomia torácica é realizada de acordo com os sintomas do doente, com laqueação uni ou bilateral ou aplicação de clips entre R2-R5. Neste artigo apresentamos a experiência do nosso serviço na realização de simpaticectomia torácica por VATS através do programa de Cirurgia de Ambulatório. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo de análise de dados clínicos de doentes submetidos a simpaticectomia torácica por VATS através do programa de cirurgia de ambulatório entre Janeiro de 2014 e Janeiro de 2016. Resultados: Foram efectuadas 198 simpaticectomias torácicas por VATS no período descrito. Os pacientes tinham em média 32,8 anos, sendo 63.6% do sexo feminino e 36.4% do sexo masculino. Das 198 simpaticectomias torácicas por VATS realizadas, 181 (91,4%) foram bilaterais com laqueação ao nível de R3-R5, 12 (6,1%) foram realizadas com aplicação de clips em R2-R4, e em 3 doentes (1.5%) a cirurgia não pode ser realizadas pela presença de aderências pleuro-pulmonares. Um paciente foi submetido a novo procedimento por recorrência dos sintomas e outro paciente foi submetido a remoção dos clips aplicados bilateralmente em R2 por hiperhidrose abdominal compensatória acentuada. Três doentes desenvolveram pneumotórax. Conclusão: O tratamento cirúrgico da hiperhidrose palmar e axilar através da simpaticectomia bilateral constitui o procedimento mais frequente na cirurgia de ambulatório do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria do Centro Hospitalar Lisboa Norte. A realização do procedimento sem colocação de drenagens torácicas permitiu realizá-lo no regime de ambulatório. Trata-se de um procedimento eficaz, com baixa taxa de recidiva de sinais e sintomas e com rápida recuperação. Com exceção de 3 doentes, todos tiveram alta nas primeiras 12h pós-operatório. Os bons resultados obtidos e a redução da lista de espera constituem um incentivo para a manutenção do programa de ambulatório da Cirurgia Cardiotorácica.