RESUMO
ABSTRACT Purpose: to identify the impact of wearing protective face masks on reporters' communicative performance during the COVID-19 pandemic and verify whether there was an association between these aspects. Methods: a quantitative, descriptive, cross-sectional study with a sample of 32 reporters (16 females and 16 males) who worked, during the pandemic. Most participants had a bachelor's degree (n = 28; 87.5%). The sample's mean age was 35.09 years (SD = 9.41), and they had been working in the area for a mean of 10.09 years (SD = 7.62). Reporters answered an online form with 26 questions, developed by the researchers, on their self-perception of voice and communicative performance when wearing a mask, during the pandemic. Data were descriptively analyzed, and the chi-square test was applied with the Statistical Package for the Social Sciences 20 (SPSS). Results: most reporters (n = 20; 62.5%) classified their voices and speech articulation as good (n = 19; 59.4%) and reported difficulties hearing and/or being heard by interviewees in noisy places and perceived their voices were lower, muffled, or with a low volume (n = 28; 87.5%). Also, 22 (68.8%) reported having to speak louder than usually to be heard. Lastly, the questions on reporters' communicative performance were associated with wearing masks while reporting. Conclusion: wearing protective face masks, during reportage, negatively impacted reporters and was associated with their communicative performance.
RESUMO Objetivo: identificar o impacto do uso de máscara de proteção facial na performance comunicativa dos repórteres durante a pandemia da COVID-19, bem como verificar se existe associação entre esses aspectos. Métodos: trata-se de um estudo transversal, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa. Participaram 32 repórteres que atuaram durante a pandemia, sendo 16 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. A maioria dos participantes tinha ensino superior (n = 28; 87,5%). A amostra apresentou média de idade de 35,09 anos (DP = 9,41) e tempo de atuação na área de 10,09 anos (DP = 7,62). Os repórteres responderam a um formulário online composto por 26 questões, elaborado pelos próprios pesquisadores, sobre a autopercepção vocal e performance comunicativa do repórter com o uso de máscara durante a pandemia. Foi realizada análise descritiva dos dados e aplicado o teste Qui-quadrado por meio do software Statistical Package for Social Sciences 20 (SPSS). Resultados: a maioria dos repórteres (n = 20; 62,5%) classificou sua voz e articulação de fala como boas (n = 19; 59,4%). A maioria dos participantes relatou sentir dificuldade de ouvir e/ou ser ouvido pelo entrevistado em locais com ruído e perceber a sua voz mais baixa, com pouco volume ou abafada (n= 28; 87,5%), bem como 22 (68,8%) relataram ter que falar mais alto do que o normal para ser ouvido. Por fim, verificou-se a presença de associações entre as questões sobre a performance comunicativa dos repórteres e o uso de máscaras durante as reportagens. Conclusão: os repórteres apresentaram impactos negativos com uso das máscaras de proteção facial durante as reportagens, bem como verificou-se associação entre o uso destas com a performance comunicativa.