ABSTRACT
Abstract Objectives: to investigate the association between sociodemographic, gestational/puerperal factors and postpartum weight retention (PPWR) after 12 months in Brazilian women at a university hospital. Methods: prospective cohort with puerperal women recruited at the maternity ward of a university hospital in a Brazilian metropolis. At baseline (n=260), sociodemographic and anthropometric information on the mother-child binomial and data related to the gestational period were collected. Maternal dietary patterns were measured using a food frequency questionnaire and subsequently determined by Principal Component Analysis. Results: 75 women, with a mean age of 28.4 years (CI95%= 27.0-29.7), 25.3% with excessive PPPR, with an average of 3.6 kg (CI95%= 1.7) continued in the follow-up. -5.4). Higher gestational weight gain (GWG) (ß= 0.36; CI95%= 0.18-0.70) and lower maternal age (ß= -0.41; CI95%= -0.92--0.22) were PRPP predictors (p=0.001) (adjusted for per capita income, parity, type of delivery, number of prenatal visits, baby's birth weight, breastfeeding and physical activity). Conclusion: there was a high occurrence of excessive PPPR, favored by higher GPG and lower maternal age. This highlights the importance of monitoring women's health during the reproductive period, with guidance on ways of life (diet and physical activity), to favor better outcomes for mother-child.
Resumo Objetivos: investigar a associação entre fatores sociodemográficos, gestacionais/puerperais com a retenção de peso pós-parto (RPPP) após 12 meses em mulheres brasileiras em hospital universitário. Métodos: coorte prospectiva com puérperas recrutadas na maternidade do hospital universitário de uma metrópole brasileira. Na linha de base (n=260) foram coletadas informações sociodemográficas, antropométricas do binômio mãe-filho e dados relativos ao período gestacional. O padrão alimentar materno foi mensurado por meio do questionário de frequência alimentar e posteriormente determinado pela Análise de Componentes Principais. A RPPP foi classificada como risco para obesidade se ≥7,5Kg. Resultados: 75 mulheres continuaram no seguimento, com média de 28,4 anos de idade (IC95%= 27,0−29,7), 25,3% com RPPP excessiva, sendo em média 3,6 Kg (IC95%= 1,7−5,4). Maior ganho de peso gestacional (GPG) (β= 0,36; IC95%= 0,18-0,70) e menor idade materna (β= −0,41; IC95%= −0,92--0,22) foram preditores da RPPP (p≥0,001) (ajustado pela renda per capita, paridade, tipo de parto, número de consultas pré-natal, peso ao nascer do bebê, aleitamento materno e atividade física). Conclusão: evidenciou-se elevada ocorrência de RPPP excessiva, favorecida pelo maior GPG e menor idade materna. Aponta-se assim a importância do monitoramento da saúde da mulher durante o período reprodutivo, com orientações sobre modos de vida (alimentação e atividade física), para favorecer melhores desfechos para mãe-filho.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Risk Factors , Postpartum Period , Maternal Nutrition , Feeding Behavior , Gestational Weight Gain , Brazil , Anthropometry , Sociodemographic FactorsABSTRACT
Abstract The present systematic review (PROSPERO: CRD42020148630) hypothesizes the association of excessive weight gain during pregnancywith dietary patterns composed of ultraprocessed foods. Thus, the objective was to investigate the association between dietary patterns after analysis and weight gain during pregnancy. The search for articles was performed in nine databases. Two reviewers selected the articles in the databases and extracted from them the data used in the review. Two scales were used to evaluate the quality of the selected studies: New Castle-Ottawa Quality Assessment for cohort-based studies and Appraisal tool for Cross-Sectional Studies (AXIS) for cross-sectional-based studies. In total, 11 studies were identified with sample size variation (n=173-5,733). Women presenting more adherence to healthy and traditional patterns (fruits, vegetables, salads, nuts, and dairy) recorded less excessive gestational weight gain (GWG). Higher intake ofmixed patterns and western patterns rich in ultraprocessed foods were associated with a higher prevalence of excessive GWG (24.48- 55.20%). Gestational dietary patterns a posteriori-derived that have presented ultraprocessed components rich in fat and sugars presented association with high GWG; healthy and traditional dietary patterns were related to better mother-child health conditions, such as adequate GWG.
Resumo A presente revisão sistemática (PROSPERO: CRD42020148630) tem como hipótese que o ganho de peso excessivo durante a gravidez está associado aos padrões alimentares compostos por alimentos ultraprocessados. Desta forma, objetivou-se investigar a associação entre o padrão alimentar a posteriori e o ganho de peso durante a gestação. A busca de artigos foi realizada em nove bases de dados. Dois revisores selecionaram os artigos nestas bases e extraíram as informações utilizadas na revisão. Duas escalas foram utilizadas para avaliar a qualidade dos estudos selecionados: Escala de Avaliação da Qualidade de New Castle-Ottawa para estudos baseados em coortes e a Ferramenta de Avaliação de Estudos Transversais (escala AXIS) para estudos transversais. No total, foram identificados 11 trabalhos com variação do tamanho amostral (n=173-5.733). As mulheres que apresentaram maior adesão aos padrões alimentares saudáveis e tradicionais (frutas, hortaliças e vegetais, nozes e laticínios) apresentarammenor ganho de peso gestacional (GPG). A maior ingestão de padrões alimentares mistos e ocidentais ricos em alimentos ultraprocessados foi associada a uma maior prevalência de GPG excessivo (24,48-55,20%). Os padrões alimentares gestacionais derivados a posteriori que apresentaram componentes ultraprocessados ricos em gordura e açúcares apresentaram associação como maior GPG; os padrões alimentares saudáveis e tradicionais foram relacionados a melhores condições de saúde maternoinfantil, como GPG adequado.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Diet Therapy , Feeding Behavior , Gestational Weight GainABSTRACT
The present systematic review (PROSPERO: CRD42020148630) hypothesizes the association of excessive weight gain during pregnancy with dietary patterns composed of ultraprocessed foods. Thus, the objective was to investigate the association between dietary patterns after analysis and weight gain during pregnancy. The search for articles was performed in nine databases. Two reviewers selected the articles in the databases and extracted from them the data used in the review. Two scales were used to evaluate the quality of the selected studies: New Castle-Ottawa Quality Assessment for cohort-based studies and Appraisal tool for Cross-Sectional Studies (AXIS) for cross-sectional-based studies. In total, 11 studies were identified with sample size variation (n = 173-5,733). Women presenting more adherence to healthy and traditional patterns (fruits, vegetables, salads, nuts, and dairy) recorded less excessive gestational weight gain (GWG). Higher intake of mixed patterns and western patterns rich in ultraprocessed foods were associated with a higher prevalence of excessive GWG (24.48-55.20%). Gestational dietary patterns a posteriori-derived that have presented ultraprocessed components rich in fat and sugars presented association with high GWG; healthy and traditional dietary patterns were related to better mother-child health conditions, such as adequate GWG.
A presente revisão sistemática (PROSPERO: CRD42020148630) tem como hipótese que o ganho de peso excessivo durante a gravidez está associado aos padrões alimentares compostos por alimentos ultraprocessados. Desta forma, objetivou-se investigar a associação entre o padrão alimentar a posteriori e o ganho de peso durante a gestação. A busca de artigos foi realizada em nove bases de dados. Dois revisores selecionaram os artigos nestas bases e extraíram as informações utilizadas na revisão. Duas escalas foram utilizadas para avaliar a qualidade dos estudos selecionados: Escala de Avaliação da Qualidade de New Castle-Ottawa para estudos baseados em coortes e a Ferramenta de Avaliação de Estudos Transversais (escala AXIS) para estudos transversais. No total, foram identificados 11 trabalhos com variação do tamanho amostral (n = 1735.733). As mulheres que apresentaram maior adesão aos padrões alimentares saudáveis e tradicionais (frutas, hortaliças e vegetais, nozes e laticínios) apresentaram menor ganho de peso gestacional (GPG). A maior ingestão de padrões alimentares mistos e ocidentais ricos em alimentos ultraprocessados foi associada a uma maior prevalência de GPG excessivo (24,4855,20%). Os padrões alimentares gestacionais derivados a posteriori que apresentaram componentes ultraprocessados ricos em gordura e açúcares apresentaram associação com o maior GPG; os padrões alimentares saudáveis e tradicionais foram relacionados a melhores condições de saúde materno-infantil, como GPG adequado.