ABSTRACT
A hanseníase tem sido conceituada como moléstia incapacitante. Para alguns aqui estariam as raízes do temos despertados pela doença. Os autores discordam de tais conceitos e propugnam pela separação de deformidade passível de ser causada pela moléstia, da incapacidade para o trabalho. Em 727 pacientes internados e asilados em Hospital de Dermatologia Sanitária (Santo Angelo, São Paulo, Brasil) foram pesquisadas 62 alterações físicas, denominadas no texto de deformidades, e primária ou secundariamente ligadas à hanseníase. Os resultados encontrados permitem afirmar que a limitação ou incapacitação ao trabalho estão fundamentalmente ligadas às deformidades secundárias. Estas, no consenso geral, são perfeitamente evitáveis. Os achados foram relacionados com o descobrimento tardio da doença e a existência de um programa de atenções básicas, elementares, de prevenção de deformidades, associado ao diagnóstico e tratamento.