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1.
Brasília; CONITEC; set. 2021.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-1370304

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A hemofilia A é uma doença hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII e representa a maioria dos casos de coagulopatias hereditárias, com aproximadamente 10.123 casos no país em 2016. A manifestação clínica mais frequente da doença é a hemorragia musculoesquelética, principalmente os sangramentos intra articulares (hemartroses) que afetam especialmente as articulações do joelho, tornozelo, cotovelo, ombro e coxofemoral. Hemartroses de repetição em uma mesma articulação podem levar à degeneração articular progressiva com perda funcional e, nos casos graves, os sangramentos ocorrem frequentemente sem causa aparente. O tratamento dos pacientes com hemofilia A requer a infusão intravenosa do fator de coagulação deficiente (FVIII), sendo feito sob demanda (tratamento do episódio hemorrágico) ou de forma profilática para manter os seus níveis séricos adequados, prevenindo os episódios hemorrágicos. O Programa de Coagulopatias do Ministério da Saúde disponibiliza o FVIII recombinante com meia-vida padrão para o uso em profilaxia. A tecnologia proposta consiste em um FVIII recombinante com meia-vida estendida. Os produtos com meia-vida estendida foram desenvolvidos mais recentemente com o objetivo de disponibilizar um tempo maior de FVIII na circulação sanguínea, proporcionando um intervalo maior entre as infusões e melhor proteção contra sangramentos. TECNOLOGIA: Alfadamoctocogue pegol. PERGUNTA: O uso de alfadamoctocogue pegol para profilaxia secundária em pacientes com hemofilia A, a partir de 12 anos, previamente tratados (e sem inibidores) é mais seguro, eficaz e custo-efetivo do que o tratamento padrão no SUS? EVIDÊNCIAS CLÍNICAS: O único estudo comparativo apresentado, ainda que com qualidade de evidência baixa, não demonstrou diferença estatisticamente significativa no principal desfecho, taxa anualizada de sangramento, entre a tecnologia proposta e a tecnologia disponibilizada no SUS. Dentre outros potenciais benefícios relacionados a menor frequência de infusão do alfadamoctocogue pegol, apenas um estudo avaliou isoladamente a satisfação dos pacientes com a tecnologia proposta, sem comparação à tecnologia padrão. Na ausência de evidências científicas demonstrando superioridade da tecnologia proposta, o demandante realizou um painel Delphi, com especialistas na área de hemofilia A que atuam no SUS em diferentes regiões do Brasil, que sugeriu que os pacientes mais beneficiados com o uso do alfadamoctocogue pegol seriam aqueles com perfil sangrador, farmacocinética desfavorável, baixa adesão ao tratamento e com alta atividade diária. AVALIAÇÃO ECONÔMICA: Um estudo de custo-minimização foi construído baseado na premissa do estudo de Batt, 2019 de que ambas as tecnologias possuem a mesma eficácia. Foram construídos cenários para início do tratamento em diferentes faixas etárias (12 e 30 anos) e cenários para diferentes utilizações de UIs dos medicamentos (cenário base e proposto). No horizonte da vida toda, os resultados para os pacientes iniciando com 12 anos de idade foi uma economia por paciente de R$ 1.342.233,18 e R$ 3.625.885,71 para os cenários base e proposto respectivamente. ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO: Os resultados da análise de custo-efetividade foram utilizados para a construção da análise de impacto orçamentário. Dados do Perfil de Coagulopatias de 2016, do IBGE e do Painel Delphi foram utilizados para estimar o número de pacientes elegíveis ao tratamento. Estimou-se que de 30% a 40% dos pacientes teriam um perfil sangrador e seriam elegíveis a substituição pela formulação de liberação estendida (alfadamoctocogue pegol). Esses valores foram utilizados no market share proposto. Ao final de 5 anos, estimou-se uma economia de R$323.024.411,22. MONITORAMENTO DO HORIZONTE TECNOLÓGICO: Foram detectadas quatro tecnologias potenciais para o tratamento de pacientes com hemofilia a partir de 12 anos de idade. O Mim-8, um anticorpo IgG4 mimético do fator 8 de coagulação, que tem como alvos os fatores IX e X de coagulação, o fitusiran, um RNA silenciador (siRNA), direcionado ao RNA mensageiro (RNAm) codificador de antitrombina, e os anticorpos monoclonais IgG4 concizumabe e marstacimab, inibidores do inibidor da via do fator tissular (TFPI). Além dos potenciais medicamentos descritos, com mecanismos de ação diferentes dos fatores de coagulação, estão em fase 3 clínica os fatores VIII recombinantes FRSW-107, SCT-800 e efanesoctocog alfa (BIVV001). Além desses, foram registrados, em outros países, os fatores VIII recombinantes damoctocog alfa pegol (Japão, 2019); lonoctocog alfa (EUA, 2016) e turoctocog alfa pegol (Alemanha e Suíça, 2019). O alfadamoctocogue é protegido pela patente PI 0517795-2, depositada no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) em 14/11/2005, com validade até 31/03/30 (45). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Não houve estudos de comparação direta que mostrasse que a intervenção é superior ou possui a mesma efetividade do comparador. Apenas um estudo de comparação indireta demonstrou não haver significância estatística entre as alternativas. A avaliação de custo-minimização e o impacto orçamentário mostraram resultados que representaram economia para o SUS com a incorporação da nova tecnologia. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC: Diante do exposto, a Conitec, em sua 5ª reunião extraordinária, realizada no dia 12 de maio de 2021, deliberou que a matéria fosse disponibilizada em consulta pública com recomendação preliminar de todos os membros do plenário desfavorável à incorporação do alfadamoctocogue pegol para o tratamento de hemofilia A em profilaxia secundária para pacientes a partir de 12 anos de idade no SUS. Os membros do plenário concordaram que, apesar da comodidade posológica, diante da impossibilidade de desconto nos impostos, o impacto orçamentário que antes produziria uma economia, se torna um gasto próximo a 200 milhões de reais ao final de 5 anos. A matéria foi disponibilizada em consulta pública. CONSULTA PÚBLICA: Foram recebidas 3.387 contribuições, sendo 434 pelo formulário para contribuições técnico-científicas e 2.953 pelo formulário para contribuições sobre experiência ou opinião de pacientes, familiares, amigos ou cuidadores de pacientes, profissionais de saúde ou pessoas interessadas no tema. Das 434 contribuições de cunho técnico-científico recebidas, 66 foram analisadas, já que as demais não apresentaram informação alguma (em branco) ou argumentação técnica sobre as evidências. No total, 117 concordaram com a recomendação inicial da Conitec, 9 não concordaram e não discordaram e 308 discordaram. Das 117 que concordaram, 44 apresentaram algum comentário sobre essa opinião e todos eles discordavam da decisão da Conitec. Das 2.952 contribuições recebidas sobre experiência com a tecnologia ou opinião sobre o tema, 339 foram analisadas, já que as demais não apresentaram informação alguma (em branco). No total, 559 concordaram com a recomendação inicial da Conitec, 62 não concordaram e não discordaram e 2.331 discordaram. Os assuntos abordados pelos participantes que discordaram da recomendação preliminar foram majoritariamente relacionados ao acesso e a possibilidade de mais uma opção terapêutica, os ganhos em qualidade de vida e a comodidade posológica que a tecnologia traz aos pacientes. RECOMENDAÇÃO FINAL DA CONITEC: Pelo exposto, o Plenário da Conitec, em sua 101ª Reunião Ordinária, no dia primeiro de setembro de 2021, recomendou, por maioria simples, a incorporação de alfadamoctocogue pegol para a profilaxia secundária em pacientes com Hemofilia A, a partir de 12 anos, previamente tratados e sem inibidor no SUS, conforme Protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. Considerou-se como justificativa para a decisão a maior vantagem posológica e a economia demonstrada ao SUS. Por fim, foi assinado o Registro de Deliberação nº 664/2021. DECISÃO: Incorporar o alfadamoctocogue pegol para profilaxia secundária em pacientes com Hemofilia A, no âmbito do Sistema Único de Saúde ­ SUS, conforme a Portaria nº 11, publicada no Diário Oficial da União nº 31, seção 1, página 71, em 14 de fevereiro de 2022.


Subject(s)
Humans , Factor VIII/administration & dosage , Secondary Prevention/instrumentation , Hemophilia A/prevention & control , Unified Health System , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economics
2.
J Surg Res ; 246: 62-72, 2020 02.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-31561179

ABSTRACT

Recurrence rates in the laparoscopic repair of the hiatal hernia range from 12% to 59%. Limitation of reinforcement has been principally the risk of adverse events caused by synthetic materials. Biologic and resorbable synthetic materials are valid alternatives. This study compares the host response to all these materials after hiatal hernia repair. A total of 20 Landrace pigs, underwent laparoscopic primary hiatal hernia repair and reinforced with a polypropylene mesh (PROLENE: polypropylene [PP]), an absorbable synthetic scaffold (GOREBIO-A: polyglycolic acid [PGA]), a urinary bladder matrix scaffold, (Gentrix: urinary bladder matrix [UBM]), or without reinforcement, control group (C). Animals were survived for 3 months. Endpoints included gross morphology, biomechanical testing, and histology. Pigs in PP and PGA groups showed fibrosis at the repair site, with robust adhesions. In UBM and C groups, only mild adhesions were found. Load at failure (gr) and stiffness (gr/mm) of PP were higher than C group (PP:2103 ± 548.3 versus C:951.1 ± 372.7, P = 0.02; PP:643.3 ± 301 versus C:152.6 ± 142.7, P = 0.01). PGA and UBM values for both parameters were in between PP and C samples. However, stiffness in UBM was tended to be lower than PP group, and approached a significant difference (643.3 ± 301 versus 243 ± 122.1, P = 0.0536). In UBM group, the histology resembled native tissue. By contrast, PP and PGA groups showed mononuclear infiltrates, fibroencapsulation, necrosis, remnants of mesh, and disorganized tissue that was validated with a histologic score. In this setting, UBM scaffolds showed the most appropriate features for hiatal hernia repair, recovering the tissue properties that can help reduce the possibility of early failure and prevent complications associated with the implanted material.


Subject(s)
Biocompatible Materials , Hernia, Hiatal/surgery , Herniorrhaphy/instrumentation , Secondary Prevention/instrumentation , Tissue Scaffolds , Absorbable Implants , Animals , Disease Models, Animal , Female , Herniorrhaphy/methods , Humans , Materials Testing , Secondary Prevention/methods , Stress, Mechanical , Surgical Mesh , Sus scrofa
3.
J Cardiovasc Electrophysiol ; 30(11): 2448-2452, 2019 11.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-31502385

ABSTRACT

INTRODUCTION: There are conflicting data regarding the efficacy of implantable cardioverter-defibrillator (ICD) in Chagas disease (CD) patients. This study aims to evaluate the short-term outcome after ICD for secondary prevention, in a population where CD is a prevalent cause of heart failure (HF). METHODS AND RESULTS: Consecutive patients with HF and reduced left ventricular ejection fraction (LVEF), who underwent ICD implantation for secondary prevention of SCD. Clinical and demographic data were collected to investigate mortality predictors at 1 year. During the study period, 117 patients underwent ICD implantation, of which 108 were included. The most frequent causes of HF was CD: 52 (48.1%) and ischemic cardiomyopathy: 20 (18.5%). Chagas and non-Chagas patients were well balanced-male: 32 (61.5%) vs 38 (67.9%), P = .548; age: 59.2 (±10.9) vs 56.8 (±13.4), P = .681; and LVEF: 34.1 (±0.2) vs 31.3 (±8.7), P = .064, respectively. At the mean follow-up of 15.7 months, overall mortality occurred in 14 (12.9%) patients, with a higher incidence in patients with CD cardiomyopathy, 11 (21.2%) vs 3 (5.4%), P = .021 (log-rank). In the multivariate analysis, CD remained as an independent predictor for death (hazard ratio: 4.62, confidence interval [95% CI]: 1.27-16.81, P = .021). CONCLUSION: CD was associated with a poor short-term outcome in patients with HF submitted to ICD implantation for secondary prevention when compared with other HF etiologies. In this specific HF population, ICD indication should be individualized, considering the worst prognosis of these patients.


Subject(s)
Chagas Cardiomyopathy/therapy , Defibrillators, Implantable , Electric Countershock/instrumentation , Heart Failure/therapy , Secondary Prevention/instrumentation , Adult , Aged , Brazil/epidemiology , Chagas Cardiomyopathy/diagnosis , Chagas Cardiomyopathy/mortality , Chagas Cardiomyopathy/physiopathology , Electric Countershock/adverse effects , Electric Countershock/mortality , Female , Heart Failure/diagnosis , Heart Failure/mortality , Heart Failure/physiopathology , Humans , Incidence , Male , Middle Aged , Prevalence , Retrospective Studies , Risk Assessment , Risk Factors , Stroke Volume , Time Factors , Treatment Outcome , Ventricular Function, Left
4.
Braz J Cardiovasc Surg ; 32(6): 498-502, 2017.
Article in English | MEDLINE | ID: mdl-29267613

ABSTRACT

INTRODUCTION: The implantable cardioverter defibrillator had been increasing the survival of patients at high risk for sudden cardiac death. The subcutaneous implantable cardioverter defibrillator was developed to mitigate the complications inherent to lead placement into cardiovascular system. OBJECTIVE: To report the initial experience of 18 consecutive cases of subcutaneous implantable cardioverter defibrillator implantation showing the indications, potential pitfalls and perioperative complications. METHODS: Between September 2016 and March 2017, 18 patients with indication for primary and secondary prevention of sudden cardiac death, with no concomitant indication for artificial cardiac pacing, were included. RESULTS: The implantation of the subcutaneous implantable cardioverter defibrillator successfully performed in 18 patients. It was difficult to place the subcutaneous lead at the parasternal line in two patients. One patient returned a week after the procedure complaining about an increase in pain intensity at pulse generator pocket site, which was associated with edema, temperature rising and hyperemia. Two patients took antialgic medication for five days after surgery. A reintervention was necessary in one patient to replace the lead in order to correct inappropriate shocks caused by myopotential oversensing. CONCLUSION: In our initial experience, although the subcutaneous implantable cardioverter defibrillator implantation is a less-invasive, simple-accomplishment procedure, it resulted in a bloodier surgery perhaps requiring an operative care different from the conventional. Inappropriate shock by oversensing is a reality in this system, which should be overcame in order not to become a limiting issue for its indication.


Subject(s)
Cardiac Pacing, Artificial/methods , Death, Sudden, Cardiac/prevention & control , Defibrillators, Implantable , Electric Countershock/instrumentation , Secondary Prevention/instrumentation , Ventricular Fibrillation/therapy , Death, Sudden, Cardiac/etiology , Defibrillators, Implantable/adverse effects , Electric Countershock/adverse effects , Female , Humans , Male , Middle Aged , Pacemaker, Artificial , Treatment Outcome , Ventricular Fibrillation/complications
5.
Rev. bras. cir. cardiovasc ; Rev. bras. cir. cardiovasc;32(6): 498-502, Nov.-Dec. 2017. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-897968

ABSTRACT

Abstract Introduction: The implantable cardioverter defibrillator had been increasing the survival of patients at high risk for sudden cardiac death. The subcutaneous implantable cardioverter defibrillator was developed to mitigate the complications inherent to lead placement into cardiovascular system. Objective: To report the initial experience of 18 consecutive cases of subcutaneous implantable cardioverter defibrillator implantation showing the indications, potential pitfalls and perioperative complications. Methods: Between September 2016 and March 2017, 18 patients with indication for primary and secondary prevention of sudden cardiac death, with no concomitant indication for artificial cardiac pacing, were included. Results: The implantation of the subcutaneous implantable cardioverter defibrillator successfully performed in 18 patients. It was difficult to place the subcutaneous lead at the parasternal line in two patients. One patient returned a week after the procedure complaining about an increase in pain intensity at pulse generator pocket site, which was associated with edema, temperature rising and hyperemia. Two patients took antialgic medication for five days after surgery. A reintervention was necessary in one patient to replace the lead in order to correct inappropriate shocks caused by myopotential oversensing. Conclusion: In our initial experience, although the subcutaneous implantable cardioverter defibrillator implantation is a less-invasive, simple-accomplishment procedure, it resulted in a bloodier surgery perhaps requiring an operative care different from the conventional. Inappropriate shock by oversensing is a reality in this system, which should be overcame in order not to become a limiting issue for its indication.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Ventricular Fibrillation/therapy , Electric Countershock/instrumentation , Cardiac Pacing, Artificial/methods , Death, Sudden, Cardiac/prevention & control , Defibrillators, Implantable/adverse effects , Secondary Prevention/instrumentation , Pacemaker, Artificial , Ventricular Fibrillation/complications , Electric Countershock/adverse effects , Treatment Outcome , Death, Sudden, Cardiac/etiology
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