Disparities in the protagonism of oral health teams in the work process of Primary Healthcare.

OBJECTIVE: Evaluate and compare the protagonism of Oral Health teams (OHt) in the teamwork process in Primary Healthcare (PHC) over five years and estimate the magnitude of disparities between Brazilian macro-regions. METHODS: Ecological study that used secondary data extracted from the Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB - Health Information System for Primary Healthcare) from 2018 to 2022. Indicators were selected from a previously validated evaluative matrix, calculated from records in the Collective Activity Form on the degree of OHt's protagonism in team meetings and its degree of organization concerning the meeting agendas. A descriptive and amplitude analysis of the indicators' variation over time was carried out, and the disparity index was also calculated to estimate and compare the magnitude of differences between macro-regions in 2022. RESULTS: In Brazil, between 3.06% and 4.04% of team meetings were led by OHt professionals. The Northeast and South regions had the highest (3.71% to 4.88%) and lowest proportions (1.21% to 2.48%), respectively. From 2018 to 2022, there was a reduction in the indicator of the "degree of protagonism of the OHt" in Brazil and macro-regions. The most frequent topics in meetings under OHt's responsibility were the work process (54.71% to 70.64%) and diagnosis and monitoring of the territory (33.49% to 54.48%). The most significant disparities between regions were observed for the indicator "degree of organization of the OHt concerning case discussion and singular therapeutic projects". CONCLUSIONS: The protagonism of the OHt in the teamwork process in PHC is incipient and presents regional disparities, which challenges managers and OHt to break isolation and lack of integration, aiming to offer comprehensive and quality healthcare to the user of the Unified Health System (SUS).

Disparities in the protagonism of oral health teams in the work process of Primary Healthcare / Disparidades do protagonismo das equipes de saúde bucal no processo de trabalho na APS

ABSTRACT OBJECTIVE Evaluate and compare the protagonism of Oral Health teams (OHt) in the teamwork process in Primary Healthcare (PHC) over five years and estimate the magnitude of disparities between Brazilian macro-regions. METHODS Ecological study that used secondary data extracted from the Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB - Health Information System for Primary Healthcare) from 2018 to 2022. Indicators were selected from a previously validated evaluative matrix, calculated from records in the Collective Activity Form on the degree of OHt's protagonism in team meetings and its degree of organization concerning the meeting agendas. A descriptive and amplitude analysis of the indicators' variation over time was carried out, and the disparity index was also calculated to estimate and compare the magnitude of differences between macro-regions in 2022. RESULTS In Brazil, between 3.06% and 4.04% of team meetings were led by OHt professionals. The Northeast and South regions had the highest (3.71% to 4.88%) and lowest proportions (1.21% to 2.48%), respectively. From 2018 to 2022, there was a reduction in the indicator of the "degree of protagonism of the OHt" in Brazil and macro-regions. The most frequent topics in meetings under OHt's responsibility were the work process (54.71% to 70.64%) and diagnosis and monitoring of the territory (33.49% to 54.48%). The most significant disparities between regions were observed for the indicator "degree of organization of the OHt concerning case discussion and singular therapeutic projects". CONCLUSIONS The protagonism of the OHt in the teamwork process in PHC is incipient and presents regional disparities, which challenges managers and OHt to break isolation and lack of integration, aiming to offer comprehensive and quality healthcare to the user of the Unified Health System (SUS).

RESUMO OBJETIVO Avaliar e comparar o protagonismo das equipes de Saúde Bucal (eSB) no processo de trabalho em equipe na Atenção Primária à Saúde (APS) ao longo de cinco anos, e estimar a magnitude das disparidades entre as macrorregiões brasileiras. MÉTODOS Estudo ecológico que utilizou dados secundários extraídos do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), de 2018 a 2022. Foram selecionados indicadores de matriz avaliativa previamente validada, calculados a partir dos registros na Ficha de Atividade Coletiva do grau de protagonismo das eSB nas reuniões de equipe, bem como do seu grau de organização em relação às pautas dos encontros. Foi realizada análise descritiva e da amplitude da variação dos indicadores ao longo do tempo, e também foi calculado o índice de disparidade para estimar e comparar a magnitude das diferenças entre as macrorregiões no ano de 2022. RESULTADOS No Brasil, entre 3,06% e 4,04% das reuniões de equipe foram lideradas por profissionais da eSB. No período, o Nordeste e o Sul foram as regiões que apresentaram maiores (3,71% a 4,88%) e menores proporções (1,21% a 2,48%), respectivamente. No período de 2018 a 2022, houve uma redução do indicador "grau de protagonismo das eSB" no Brasil e nas macrorregiões. Os temas mais frequentes em reuniões sob responsabilidade das eSB foram processo de trabalho (54,71% a 70,64%) e diagnóstico e monitoramento do território (33,49% a 54,48%). As maiores disparidades entre as regiões foram observadas para o indicador "grau de organização das eSB, em relação à discussão de caso e de projeto terapêutico singular". CONCLUSÕES O protagonismo das eSB no processo de trabalho em equipe na APS é incipiente e apresenta disparidades regionais, o que desafia gestores e eSB para o rompimento do isolamento e da falta de integração, visando a oferta de atenção à saúde integral e de qualidade ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Vigilância da dor de dente no Brasil: um estudo a partir dos dados do SISAB / Toothache surveillance in Brazil: a study based on SISAB data

Esta dissertação foi desenvolvida como parte de uma pesquisa de avaliação de serviços de saúde bucal no nível da Atenção Primária à Saúde (APS), que criou uma matriz avaliativa de indicadores e ferramentas digitais para o monitoramento dos serviços usando dados rotineiros do atendimento dos usuários no sistema público de saúde e disponibilizados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). O produto científico é um artigo proveniente do estudo ecológico de âmbito nacional que análisou a morbidade atendida por dor de dente por porte populacional dos municípios brasileiros (2018 a 2022). O indicador taxa de atendimento odontológico por dor de dente (por 1000 usuários) foi calculado para cada município brasileiro, em 15 quadrimestres (Q1-2018 a Q3-2022) e segundo o porte populacional (< 5 mil; 5 a 9,9 mil; 10 a 49,9 mil; 50 a 99,9 mil; > 100 mil habitantes). Modelo de regressão para dados longitudinais estimou a variação quadrimestral ao longo do tempo por porte populacional antes e após o Q2-2020, pois houve um padrão de redução da taxa até este momento. Foram analisados os registros obtidos de 5.332 municípios (95,72%). A taxa média de atendimento por dor de dente (por 1000 usuários) variou de 9,65 (Q2-2020) a 27,24 (Q1-2018). Em todo o período, municípios de maior porte apresentaram as menores taxas. Antes do Q2-2020, a taxa média nos municípios com >100 mil hab. apresentou uma redução quadrimestral média de 20,56%, maior do que a variação de 7,25% dos nos municípios de < 5 mil hab. Após o Q2-2020, a taxa dos municípios < 5 mil hab. aumentou 2,27%, valor menor do que a variação nos municípios de maior porte. Em média, foram realizados de 10 a 30 atendimentos por dor de dente em 4 meses para 1000 usuários cadastrados no Brasil, com as maiores taxas nos municípios de menor porte. Houve uma redução geral nas taxas até o Q2-2020, coincidindo com a suspensão dos serviços de saúde bucal devido à pandemia de COVID-19, sendo essa redução mais acentuada nos municípios de maior porte. Após esse período, o crescimento das taxas foi menos pronunciado, especialmente nos municípios de pequeno porte. A dissertação apresenta também a matriz avaliativa sistematizada como um Dicionário de Indicadores e as ferramentas digitais desenvolvidas como produto técnico. O dicionário descreve o referencial para desenvolvimento da matriz e as fichas de qualificação dos 54 indicadores mensuráveis com dados do SISAB. O Painel de Indicadores para o Monitoramento dos Serviços de Saúde Bucal na APS é uma ferramenta interativa com automatização da obtenção dos dados, cálculo dos 54 indicadores tempestivamente e demonstração de resultados por regiões, Unidades da Federação e municípios brasileiros, por meio de tabelas, gráficos e mapas, com filtros geográficos e temporais. A Calculadora de Indicadores de Saúde Bucal buscou superar a lacuna da obtenção dos indicadores no nível das eSB, usando relatórios gerenciais locais. Os resultados da taxa de atendimento odontológico por dor de dente na APS sinalizam a persistência deste agravo nos serviços públicos de saúde.

This dissertation was developed as part of research to evaluate oral health services at the Primary Health Care (PHC) level, which created an evaluation matrix of indicators and digital tools for monitoring services using routine data from users' care in the public health system and made available in the Health Information System for Primary Care (SISAB). The scientific product is an article from a nationwide ecological study that analyzed morbidity due to toothache by population size in Brazilian municipalities (2018 to 2022). The indicator rate of dental care due to toothache (per 1000 users) was calculated for each Brazilian municipality, in 15 four months (1st quarter of 2018 to 3rd quarter of 2022) and according to population size (< 5 thousand; 5 to 9, 9 thousand; 10 to 49.9 thousand; 50 to 99.9 thousand; > 100 thousand inhabitants). Regression model for longitudinal data estimated the four-monthly variation over time by population size before and after the second quarter of 2020, as there was a pattern of rate reduction up to this point. Records obtained from 5,332 municipalities (95.72%) were analyzed. The average toothache attendance rate (per 1000 users) ranged from 9.65 (2nd quarter of 2020) to 27.24 (1st quarter of 2018). Throughout the period, larger municipalities received lower rates. Before the second quarter of 2020, the average rate in municipalities with >100 thousand inhabitants. presented an average quarterly reduction of 20.56%, greater than the 7.25% variation in our municipalities with < 5 thousand inhabitants. After the second quarter of 2020, the rate of municipalities < 5 thousand inhabitants. increased by 2.27%, a value lower than the variation in larger municipalities. On average, 10 to 30 consultations for toothache were provided in 4 months for 1000 registered users in Brazil, with the highest rates in smaller municipalities. There was a general reduction in rates until the second quarter of 2020, coinciding with the suspension of oral health services due to the COVID-19 pandemic, with this reduction being more pronounced in larger municipalities. After this period, rate growth was less anticipated, especially in small municipalities. The dissertation also presents the evaluation matrix systematized as a Dictionary of Indicators and the digital tools developed as a technical product. The dictionary describes the framework for developing the matrix and the qualification sheets for the 54 indicators measurable with SISAB data. The Indicator Panel for Monitoring Oral Health Services in PHC is an interactive tool with automated data collection, calculation of 54 indicators in a timely manner and demonstration of results by regions, Federation Units and Brazilian municipalities, through tables, graphs and maps, with geographic and temporal filters. The Oral Health Indicator Calculator sought to overcome the gap in providing indicators at the eSB level, using local management reports. The results of the rate of dental care for toothache in PHC indicate the persistence of this problem in public health services.