ABSTRACT
La cultura supone un tratamiento del resto por parte de los seres hablantes. Actualmente, lejos de deshacerse de desechos, ella los incorpora bajo la forma reciclada de la basura, reintroduciéndo-les en el mercado como materias primas que dan lugar a nuevos productos. ¿Cuál es el lugar del resto en psicoanálisis y qué tratamiento reserva este a aquel? La contingencia en el uso del resto y la invención tienen aquí su lugar. Con Lacan, el psicoanálisis se sirve del objeto resto de un análisis para hacer un uso de él. Los objetos (a) toman consistencia en el análisis como modalidades de la relación al Otro a partir de la confrontación del sujeto con su "fantasma fundamental", que "atravesado deviene la pulsión". El analista sabrá encarnar este objeto para los analizantes para llevarlos hasta el punto que él mismo ha alcanzado en su propio análisis. Saber hacer algo con este resto en tanto analista y proponerse como objeto (a) para otros no supone un saber hacer previo. Es una invención en el sentido que, con cada analizante, se trata de acomodarse al su objeto plus-de-gozar. Eso imponeal analista un acierta dosis de creatividad, de invención, de algo absolutamente nuevo.
A cultura supõe um tratamento do resto por parte dos seres falantes. Atualmente, longe de desfazer-se dos dejetos, ela os incorpora sob a forma reciclada do lixo, reintroduzindo-os no mercado como matérias primas que dão lugar a novos produtos. Qual é o lugar do resto na psicanálise e que tratamento ela lhe reserva? A contingência no uso do resto e a invenção têm aqui seu lugar. Com Lacan, a psicanálise se serve do objeto resto de uma análise para fazer uso dele. Os objetos (a) ganham consistência na análise como modalidades da relação com o Outro a partir da confrontação do sujeito com seu "fantasma fundamental" que "atravessado se torna pulsão". O analista saberá encarnar este objeto para os analisantes para leva-los até o ponto que ele mesmo alcançou na sua própria análise. Saber fazer algo com esse resto enquanto analista e propor-se como objeto (a) para os outros não supõe um saber fazer prévio. É uma invenção no sentido de que, com cada analisante, se trata de acomodar-se ao objeto mais-de-gozar dele. Isso impõe ao analista uma certa dose de criatividade, de invenção, de algo absolutamente novo.
La culture suppose un traitement du reste par des êtres parlants. Aujourd'hui, loin de se débarrasser des déchets, elle les incorpore sous forme de déchets recyclés, les réintroduisant sur le marché comme des matières premières donnant naissance à de nouveaux produits. Quelle est la place du reste dans la psychanalyse et quel traitement lui réserve-t-elle ? LA contingence dans l'utilisation du déchet et l'invention ont leur place ici. Avec Lacan, la psychanalyse utilise l'objet restant d'une analyse pour s'en servir. Les objets (a) prennent consistance dans l'analyse comme modalités de la relation à l'Autre à partir de la confrontation du sujet avec son " fantasme fondamental " qui " traversé devient la pulsion ". L'analyste saura incarner cet objet pour les analysants afin de les amener au point qu'il a lui-même atteint dans sa propre analyse. Savoir faire quelque chose de ce repos en tant qu'analyste et se proposer comme objet pour les autres ne présuppose pas un savoir-faire préalable. C'est une invention dans le sens où, avec chaque analysant, il s'agit de s'accommoder de son objet de plus-de-jouir. Cela impose à l'analyste une certaine dose de créativité, d'invention, de quelque chose d'absolument nouveau
The existence of culture entails an ability in talking beings to treat the rest. Nowadays, far from discarding waste, it is incorporating it under the form of recycled garbage, reintroducing it to the market as raw materials that give rise to new products. Where must we situate the rest in psychoanalysis and what treatment does it reserve for it? Contingency in the use of the leftover and invention have their place here. With Lacan, psychoanalysis uses the object that remains from an analysis to make use of it. The objects (a)gain consistency in the analysis as modalities of the relationship with the Other from the confrontation of the subject with his or her "fundamental phantasm" that "crossed through, becomes a drive. The analyst will know how to incarnate this object for the analyzing subjects in order to take them to the point that he himself has reached in his own analysis. Knowing how to do something with that remainder as an analyst and proposing himself as an object for others does not presuppose a previous know-how. It is an invention in the sense that, with each analyzing person, it is a question of accommodating oneself to the object of more-than-enjoyment of that person. This imposes on the analyst a certain dose of creativity, of invention, of something absolutely new
Subject(s)
Psychoanalysis , Pleasure , ImaginationABSTRACT
A cultura supõe um tratamento do resto por parte dos seres falantes. Atualmente, longe de desfazer-se dos dejetos, ela os incorpora sob a forma reciclada do lixo, reintroduzindo-os no mercado como matérias primas que dão lugar a novos produtos. Qual é o lugar do resto na psicanálise e que tratamento ela lhe reserva? A contingência no uso do resto e a invenção têm aqui seu lugar. Com Lacan, a psicanálise se serve do objeto resto de uma análise para fazer uso dele. Os objetos (a) ganham consistência na análise como modalidades da relação com o Outro a partir da confrontação do sujeito com seu "fantasma fundamental" que "atravessado se torna pulsão". O analista saberá encarnar este objeto para os analisantes para leva-los até o ponto que ele mesmo alcançou na sua própria análise. Saber fazer algo com esse resto enquanto analista e propor-se como objeto (a) para os outros não supõe um saber fazer prévio. É uma invenção no sentido de que, com cada analisante, se trata de acomodar-se ao objeto mais-de-gozar dele. Isso impõe ao analista uma certa dose de criatividade, de invenção,de algo absolutamente novo.
La culture suppose un traitement du reste par des êtres parlants. Aujourd'hui, loin de se débarrasser des déchets, elle les incorpore sous forme de déchets recyclés, les réintroduisant sur le marché comme des matières premières donnant naissance à de nouveaux produits. Quelle est la place du reste dans la psychanalyse et quel traitement lui réserve-t-elle ? LA contingence dans l'utilisation du déchet et l'invention ont leur place ici. Avec Lacan, la psychanalyse utilise l'objet restant d'une analyse pour s'en servir. Les objets (a) prennent consistance dans l'analyse comme modalités de la relation à l'Autre à partir de la confrontation du sujet avec son " fantasme fondamental " qui " traversé devient la pulsion ". L'analyste saura incarner cet objet pour les analysants afin de les amener au point qu'il a lui-même atteint dans sa propre analyse. Savoir faire quelque chose de ce repos en tant qu'analyste et se proposer comme objet pour les autres ne présuppose pas un savoir-faire préalable. C'est une invention dans le sens où, avec chaque analysant, il s'agit de s'accommoder de son objet de plus-de-jouir. Cela impose à l'analyste une certaine dose de créativité, d'invention, de quelque chose d'absolument nouveau.
The existence of culture entails an ability in talking beings to treat the rest. Nowadays, far from discarding waste, it is incorporating it under the form of recycled garbage, reintroducing it to the market as raw materials that give rise to new products. Where must we situate the rest in psychoanalysis and what treatment does it reserve for it? Contingency in the use of the leftover and invention have their place here. With Lacan, psychoanalysis uses the object that remains from an analysis to make use of it. The objects (a) gain consistency in the analysis as modalities of the relationship with the Other from the confrontation of the subject with his or her "fundamental phantasm" that "crossed through, becomes a drive. The analyst will know how to incarnate this object for the analyzing subjects in order to take them to the point that he himself has reached in his own analysis. Knowing how to do something with that remainder as an analyst and proposing himself as an object for others does not presuppose a previous know-how. It is an invention in the sense that,with each analyzing person, it is a question of accommodating oneself to the object of more-than-enjoyment of that person. This imposes on the analyst a certain dose of creativity, of invention, of something absolutely new
Subject(s)
Psychoanalysis , Fantasy , Pleasure , ImaginationABSTRACT
O seminário lacaniano R. S. I. trabalha a possibilidade de se prescindir do Nome-do-Pai como uma amarração para os três registros da realidade psíquica. Nele, as nominações imaginária, simbólica e real são abordadas como modalidades de um quarto elo do nó borromeano, que mantêm enlaçados R, S e I como função de reparação do lapso do nó. Partindo dessa teoria, este artigo objetiva trabalhar a clínica nodal de adolescentes, tomada como um momento singular para a construção de uma nova amarração R.S.I. Buscou-se trabalhar as nominações em um caso clínico de um adolescente, explicitando os tipos de enlaçamento presentes nesse caso. Lacan realiza a passagem do Nome-do-Pai aos Nomes do Pai, constatando ao final que o nó borromeano de três elos é sempre falho e que as nominações vêm reparar o lapso do nó para todo ser falante. Neste artigo, constata-se a relevância do período da adolescência como um momento especial para a construção dessa amarração que venha suportar o nó borromeano.
The Lacanian Seminary R. S. I. works with the possibility of dispensing the Name-of-the-Father as a mooring for the three registers of psychic reality. In that situation the imaginary, symbolic and real nominations are approached as modalities of a fourth link of the Borromean knot, which hold R, S, and I as a function of repairing the lapse of the node. Based on this theory, this article aims to work the nodal clinic of adolescents, taken as a singular moment for the construction of a new mooring R.S.I. We sought to work the nominations in a clinical case of an adolescent, explaining the types of entanglement present in this report. Lacan performs the passage of the Name-of-the-Father to the Names of the Father, noting in the end that the Borromean knot of three links is always flawed and that the nominations come to repair the lapse of the knot for every talking being. In this article, the relevance of the adolescence period is verified as a special moment for the construction of this mooring that will support the Borromean knot.
Le Séminaire Lacanien R. S. I. travaille la possibilité de se passer du Nom-du-Père comme amarre pour les trois registres de la réalité psychique. Dans le cas, les nominations imaginaires, symboliques et réelles sont approchées comme des modalités d'un quatrième lien du nud borroméen, qui tient R, S et I en fonction de la réparation du lapsus du nud. Basé sur cette théorie, cet article a l'intention de travailler la clinique nodale de l'adolescent, prise comme un moment singulier pour la construction d'un nouveau lien entre R.S.I. On a cherché à travailler les nominations dans un cas clinique d'un adolescent, en expliquant les types d'amarrage présents dans ce cas. Lacan effectue le passage du Nom-du-Père aux Noms du Père, notant à la fin que le nud borroméen de trois liens est toujours défectueux et que les nominations viennent réparer le lapsus du nud pour chaque parlêtre. Dans cet article, la pertinence de la période d'adolescence est vérifiée comme un moment spécial pour la construction de cet amarrage qui soutiendra le nud borroméen.
ABSTRACT
Que efeitos terão sobre a psicanálise as mutações na família pós-edipiana, sinthomáticas e como o analista poderá operar com os sintomas produzidos por essas mutações? As novas reivindicações convidam os analistas a rever seus preconceitos e a repensar alguns conceitos da teoria psicanalítica.(AU)
ABSTRACT
Faltava, na próxima edição do DSM-V, um capítulo sobre os transtornos da personalidade na criança e no adolescente. Neste artigo, mostra-se como os grupos de trabalho se apoiam em estudos comportamentalistas para tentar construir uma taxonomia recorrendo ao temperamento, termo clássico em caracteriologia. Interroga-se, também, o caráter moral e não clínico dos transtornos da personalidade.(AU)