ABSTRACT
The clinical definition of cardiogenic shock is that of a low cardiac output and evidence of tissue hypoxia in the presence of adequate blood volume. Cardiogenic shock is the main cause of death related to acute myocardial infarction (AMI), with a mortality rate of 45-70% in the absence of aggressive and highly specialized technical care. The intra-aortic balloon pump (IABP) is one of the most widely used mechanical assisting devices. During the last two decades, about 42% of patients with AMI who evolved with cardiogenic shock received mechanical circulatory assistance with IABP. Its clinical indication has been based on non-randomized studies and registry data. Recent studies have shown that the use of IABP did not reduce 30-day mortality in patients with AMI and cardiogenic shock treated with the strategy of early myocardial revascularization as the planned primary objective. The guidelines of the American Heart Association and of the European Society of Cardiology have reassessed their recommendations based on the results of meta-analyzes, including the IABP-SCHOCK II Trial study, which did not evidence an increase in survival of patients who received mechanical support with IABP. This review article addresses the clinical impact of IABP use in the cardiogenic shock caused by AMI. RESUMO A definição clínica de choque cardiogênico é a de um quadro de baixo débito cardíaco e evidência de hipóxia tecidual, na presença de volemia adequada. O choque cardiogênico representa a principal causa de óbito relacionada ao infarto agudo do miocárdio (IAM), com índice de mortalidade em torno de 45% a 70%, na ausência de cuidados técnicos agressivos e altamente especializados. O balão intra-aórtico (BIA) é um dos dispositivos de assistência mecânica mais utilizados no mundo. Nas duas últimas décadas, cerca de 42% dos pacientes com IAM, que evoluíram com choque cardiogênico, receberam assistência circulatória mecânica com BIA. Sua indicação clínica tem sido baseada em estudos não randomizados e dados de registro. Estudos recentes têm demonstrado que o uso do BIA não reduziu a mortalidade hospitalar (30 dias) em pacientes com IAM e choque cardiogênico, tratados com a estratégia de revascularização precoce do miocárdio como objetivo primário planejado. As diretrizes da Associação Americana de Cardiologia e da Sociedade Europeia de Cardiologia reavaliaram suas recomendações, baseadas nos resultados de metanálises, incluindo o estudo IABP-SCHOCK II Trial, que não evidenciou aumento na sobrevida de pacientes que receberam suporte mecânico com BIA. Este artigo de revisão aborda o impacto clínico do uso do BIA no choque cardiogênico ocasionado pelo IAM.
Subject(s)
Intra-Aortic Balloon Pumping , Shock, Cardiogenic/surgery , HumansABSTRACT
ABSTRACT The clinical definition of cardiogenic shock is that of a low cardiac output and evidence of tissue hypoxia in the presence of adequate blood volume. Cardiogenic shock is the main cause of death related to acute myocardial infarction (AMI), with a mortality rate of 45-70% in the absence of aggressive and highly specialized technical care. The intra-aortic balloon pump (IABP) is one of the most widely used mechanical assisting devices. During the last two decades, about 42% of patients with AMI who evolved with cardiogenic shock received mechanical circulatory assistance with IABP. Its clinical indication has been based on non-randomized studies and registry data. Recent studies have shown that the use of IABP did not reduce 30-day mortality in patients with AMI and cardiogenic shock treated with the strategy of early myocardial revascularization as the planned primary objective. The guidelines of the American Heart Association and of the European Society of Cardiology have reassessed their recommendations based on the results of meta-analyzes, including the IABP-SCHOCK II Trial study, which did not evidence an increase in survival of patients who received mechanical support with IABP. This review article addresses the clinical impact of IABP use in the cardiogenic shock caused by AMI.
RESUMO A definição clínica de choque cardiogênico é a de um quadro de baixo débito cardíaco e evidência de hipóxia tecidual, na presença de volemia adequada. O choque cardiogênico representa a principal causa de óbito relacionada ao infarto agudo do miocárdio (IAM), com índice de mortalidade em torno de 45% a 70%, na ausência de cuidados técnicos agressivos e altamente especializados. O balão intra-aórtico (BIA) é um dos dispositivos de assistência mecânica mais utilizados no mundo. Nas duas últimas décadas, cerca de 42% dos pacientes com IAM, que evoluíram com choque cardiogênico, receberam assistência circulatória mecânica com BIA. Sua indicação clínica tem sido baseada em estudos não randomizados e dados de registro. Estudos recentes têm demonstrado que o uso do BIA não reduziu a mortalidade hospitalar (30 dias) em pacientes com IAM e choque cardiogênico, tratados com a estratégia de revascularização precoce do miocárdio como objetivo primário planejado. As diretrizes da Associação Americana de Cardiologia e da Sociedade Europeia de Cardiologia reavaliaram suas recomendações, baseadas nos resultados de metanálises, incluindo o estudo IABP-SCHOCK II Trial, que não evidenciou aumento na sobrevida de pacientes que receberam suporte mecânico com BIA. Este artigo de revisão aborda o impacto clínico do uso do BIA no choque cardiogênico ocasionado pelo IAM.
Subject(s)
Humans , Shock, Cardiogenic/surgery , Intra-Aortic Balloon PumpingABSTRACT
Objetivo: comparar o perfil lipídico de em crianças e adolescentes, com e sem inflamação, atendidas num pronto atendimento geral de pediatria de um hospital universitário de nível de atendimento secundário, segundo estado nutricional, sexo e idade. Métodos: Estudo transversal, realizado entre outubro de 2012 e agosto de 2013, avaliou 124 crianças e adolescentes (3 meses a 14 anos de idade) em atendimento na unidade de emergência do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, com queixa relacionada a processo inflamatório/infeccioso. Os pacientes foram separados em dois grupos de acordo com os níveis de proteína C reativa (PCR): grupo I se maior ou igual a 5 mg/L, e grupo II se menor que 5mg/L. Dosagens de colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e baixa densidade (LDL), triglicerídeos e albumina foram comparadas entre os dois grupos, levando em conta o estado nutricional (avaliado através de medidas antropométricas), gênero e idade. Resultado: A mediana de idade foi de 51 meses, com maioria dos pacientes classificados como eutróficos (76,5%). Do total da amostra, 34,7% dos pacientes apresentaram colesterol total e/ou triglicerídeos alterados e 67% apresentaram baixos níveis de HDL. Não houve diferença significativa do perfil lipídico entre os dois grupos de pacientes separados de acordo com PCR. Dentre os pacientes com PCR >= 5mg/L, a PCR apresentou correlação inversa com HDL [r= (-)0,363 e p=0,001], com LDL [r= (-) 0,235 e p=0,034], com albumina [r= (-) 0,308 e p=0,005] e correlação direta com TG (r=0,426 e p > 0,001). Na analise de regressão linear, se evidenciou que para cada aumento de 1mg/L nos valores da PCR espera-se uma redução média de 0,072 mg/dL da HDL, de 0,083 mg/dL da LDL, de 0,002g/dL de albumina, e um aumento médio de 0,564 mg/dL do triglicerídeo. Conclusão: Pacientes com processo inflamatório apresentam alterações nos níveis séricos do HDL, LDL e triglicerídeos que se relacionam com o grau de inflamação, de forma...
Aim: To compare the lipid profile in children and adolescents with and without inflammation, met a ready general pediatric service of a university hospital secondary care level, according to nutritional status, gender and age. Methods: Cross-sectional study conducted between October 2012 and August 2013, assessed 124 children and adolescents (3 months to 14 years old) in the emergency department of the University Hospital of the University of São Paulo, with reports of inflammatory/ infectious process. The patients were divided into two groups according to the C reactive protein (CRP) levels: group I is higher than or equal to 5 mg/L, and Group II was lower than 5 mg/L. Total cholesterol, high density lipoprotein (HDL) and low density lipoprotein (LDL), triglycerides and albumin were compared between the two groups, taking into account the nutritional status (assessed by anthropometric measurements), gender and age. Results: The median age was 51 months, with patients mostly classified as well-nourished (76.5%). Of the overall sample, 34.7% of patients had total cholesterol and/or triglycerides altered and 67% had low levels of HDL. There was no significant difference in lipid profile between the two groups of PCR. For the patients with CPR > 5mg/L, CPR presented an inverse correlation with HDL [r = (-) 0.363 and p = 0.001], with LDL [r = (-) 0.235 and p = 0.034], with [r = albumin (-) 0.308 and p = 0.005] and direct correlation with TG (r = 0.426 and p < 0.001). Linear regression analysis it became clear that for each increase of 1 mg/L in the values of CRP expected an average reduction of 0,072 mg/dL of HDL, the 0,083 mg/dL of LDL, the 0,002 g /dL albumin, and an average increase of 0,564 mg/dL of triglycerides. Conclusion: Patients with an inflammatory process exhibit changes in the serum levels of the lipids HDL, LDL and TG that are related to the degree of inflammation. These changes occurred regardless of nutritional status.