Analise didatica: experiencia e perspectivas

Este trabalho foi elaborado por um grupo de candidatos em formacao psicanalitica de dois Institutos, ligados a IPA, da cidade do Rio de Janeiro. Seu objetivo e refletir sobre o tema 'analise didatica', a partir da experiencia acumulada e da bibliografia consultada, considerando as perspectivas da analise de formacao. Neste estudo, considera-se que a institucionalizacao da psicanalise e suas regras de formacao criam uma contradicao entre um saber instituido e o saber subversivo do inconsciente. Observa-se que o sistema hierarquico, existente dentro dos institutos de psicanalise pode desvirtuar o proposito libertador da psicanalise, quando atribui as analises um carater formativo. Examina-se os riscos que se corre quando a analise esta calcada em uma transferencia idealizante, onde o que e estimulado e a identificacao com a pessoa do analista e nao com a funcao analitica. Considera-se que ser didata, que em si ja leva a um certo lugar de idealizacao, nao da o passaporte vitalicio para se ocupar o lugar de analista, como tambem uma analise didatica nao da garantias de fazer emergir, dentro de cada um, o analista em potencial.

Análise didática, experiência e perspectivas / Training analysis, experience and perspectives

Este trabalho foi elaborado por um grupo de candidatos em formação psicanalítica de dois Institutos, ligados à IPA, da cidade do Rio de Janeiro. Seu objetivo é refletir sobre o tema "análise didática", a partir da experiência acumulada e da bibliografia consultada, considerando as perspectivas da análise de formação. Neste estudo, considera-se que a institucionalização da psicanálise e suas regras de formação criam uma contradição entre um saber instituído e o saber subversivo do inconsciente. Observa-se que o sistema hierárquico, existente dentro dos institutos de psicanálise pode desvirtuar o propósito libertador da psicanálise, quando atribui às análises um caráter formativo. Examina-se os riscos que se corre quando a análise está calcada em uma transferência idealizante, onde o que é estimulado é a identificação com a pessoa do analista e não com a função analítica. Considera-se que ser didata, que em si já leva a um certo lugar de idealização, não dá o passaporte vitalício para se ocupar o lugar de analista, como também uma análise didática não dá garantias de fazer emergir, dentro de cada um, o analista em potencial