ABSTRACT
As infecções microbianas neonatais, especialmente as sepses, correspondem a uma das causas mais importantes de morbimortalidade em unidades de terapia intensiva e sua prevalência é maior naqueles pacientes expostos a procedimentos invasivos. Objetivo: identificar a prevalência de sepse neonatal hospitalar, bem como os principais fatores de risco associados a esta infecção e os microrganismos envolvidos. Métodos: foi realizado um estudo retrospectivo revisando as fichas de investigação epidemiológica do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar com dados dos recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva de referência estadual do Tocantins, no período de julho de 2007 a junho de 2009. Observou-se que 25% dos pacientes analisados desenvolveram sepse neste período, dos quais 60% foram do gênero masculino, 67% prematuros e 65% com peso ao nascer menor que 2500 gramas. Entre os fatores de risco de importância clínica, observou-se a prematuridade, baixo peso ao nascimento, ventilação mecânica, cateterismo venoso central e utilização de nutrição parenteral. A prematuridade e o peso ao nascimento foram fatores de menor risco relativo quando comparados aos demais fatores analisados. Resultados: foram identificados 111 pacientes com sepse, com taxa de mortalidade de 26%. Os principais microrganismos associados à sepse neonatal foram Klebsiella pneumoniae (28%), os Staphylococcus coagulase negativa - CoSN (20%) e Candida albicans (14%). Conclusão: os achados neste estudo reforçam a importância de ações de prevenção de infecções neonatais, bem como o manejo asséptico durante a instalação e a manutenção de procedimentos invasivos necessários aos cuidados intensivos neonatais
Neonatal bacterial infections, especially sepsis, are one of the most important causes of morbidity and mortality in intensive care units and they are more prevalent among patients who have undergone invasive procedures. Objective: to identify the prevalence of hospital neonatal sepsis as well as the associated risks factors for this infection and the involved microorganisms. Method: a retrospective study was done going over the epidemiological investigation forms of the Service of Hospital Infection Control with data from newborns admitted in a State reference intensive care unit in Tocantins, from July 2007 to June 2009. We noticed that 25% of the analyzed patients developed sepsis and 60% were males, 67% premature and 65% with a weight at birth below 2500 grams. Among the risks factors of clinical importance we noticed, the prematurity, low birth weight, mechanical ventilation, central venous catheterization and use of parenteral nutrition. The prematurity and birth weight were lower relative risks factors in comparison with the other analyzed factors. Results: 111 patients with sepsis were found, with a mortality rate of 26%. The main microorganisms associated with neonatal sepsis were Klebsiella pneumoniae (28%), Staphylococcus coagulase negative - CoSN (20%) and Candida albicans (14%). Conclusion: the findings on this study emphasize the importance of actions for prevention of neonatal infections as well as aseptic handling during set up and maintenance of invasive procedures needed in neonatal intensive care