ABSTRACT
La fibrilación atrial (FA) es una arritmia muy frecuente, con una prevalencia que aumenta con el envejecimiento. Su perpetuación es un factor determinante en la aparición de eventos cardiovasculares, generando un mayor número de complicaciones y mortalidad. Diversas condiciones contribuyen a cambios progresivos de la electrofisiología atrial, incluyendo tres componentes: eléctricos (canales iónicos y homeostasis de Ca2+), estructurales (hipertrofia/fibrosis tisular) y uniones Gap. Éstos pueden favorecer la aparición de factores desencadenantes, así como la formación de sustratos que favorecen su perpetuación; además, condicionan un incremento en la actividad ectópica espontánea y generación de reentradas. Actualmente, estudios genómicos han identificado regiones de susceptibilidad para FA, y estudios de clivaje familiar (screening) han descubierto formas monogénicas, así como mutaciones aberrantes. En esta revisión, se explora en profundidad los mecanismos moleculares de la FA, integrando diversos aspectos clínico-epidemiológicos, su genómica y electrofisiopatología. Destacando, como enfermedades cardíacas, factores extracardíacos y una regulación génica anormal conducen a la arritmia. Concluyéndose con una discusión sobre las implicaciones terapéuticas que podrían conducir a un tratamiento personalizado en el siglo XXI.
Atrial fibrillation (AF) is a common arrhythmia, with a prevalence increases with aging. Its perpetuation is a determining factor in the occurrence of cardiovascular events, generating a great number of complications and mortality. Several conditions contribute to progressive changes of atrium electrophysiology, including three components: electrical (ion channels function, Ca2+ homeostasis), structural (hypertrophy and tissue fibrosis) and gap junctions. These may trigger events that initiate the arrhythmia, promote its perpetuation; also they determine an increase in spontaneous ectopic activity and generation of reentry. Recently, numerous genomic studies have identified hotspots with increased susceptibility to AF, and linkage analyses have uncovered unique monogenic and deleterious mutations. This review deeply focuses on the molecular mechanisms of AF; exploring the relationship between clinical-epidemiological, genomics and electropathophysiology aspects. Relevantly, how cardiac states, extracardiac factors, and abnormal gene expression result in this arrhythmia. We conclude with a discussion of the potential therapeutic repercussions that might lead to personalized treatment in the XXI century.
A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia terra comum, com uma prevalência aumenta com a idade. Sua perpetuação é um fator determinante para a ocorrência de eventos cardiovasculares, gerando um grande número de complicações e mortalidade. Várias condições contribuem para mudanças progressistas na eletrofisiologia atrial, incluindo três componentes: elétrico (canais iônicos e homeostase do Ca2+), estruturais (hipertrofia/fibrose tecidual) e junções gap. Estes podem promover o desenvolvimento de gatilhos, e a formação de substratos que favorecem sua perpetuação; também determinam um aumento na atividade ectópica espontânea e geração de reentrada. Atualmente, estudos genômicos têm identificado regiões de suscetibilidade à FA, e estudos de clivagem familiar (screening) têm encontrado formas monogênicas e mutações aberrantes. Nesta revisão vamos explorar em profundidade os mecanismos moleculares da FA, integrando vários aspectos clínico-epidemiológicos, genômicos e eletrofisiopatológico. Destacando tais como doença cardíaca, fatores extracardíacos e alterações na expressão de genes levando a arritmia. Concluindo com uma discussão sobre as implicações terapêuticas que poderiam levar a um tratamento personalizado no século XXI.
ABSTRACT
Fundamentos: A fibrilação atrial (FA) apresenta alta taxa de recorrência que pode ser explicada por dois mecanismos: o primeiro diz respeito à capacidade dessa arritmia se perpetuar através da autoindução de alterações eletrofisiológicas, denominadas de remodelagem elétrica. O segundo mecanismo está relacionado a condições cardiovasculares subjacentes que podem estar presentes com alterações estruturais do coração, mesmo que de forma subclínica, por um longo período de tempo até o primeiro episódio de FA. Objetivo: Investigar a importância do eletrocardiograma de alta resolução da onda P (ECGAR-P) na avaliação da remodelagem elétrica atrial e na predição de recorrência da fibrilação atrial. Métodos: Foram realizados dois estudos, o ECGAR-P foi aplicado em ambos. No primeiro avaliaram-se os padrões evolutivos da ativação elétrica atrial durante um mês em 31 pacientes com FA idiopática de longa duração e submetidos à cardioversão. No segundo, investigou-se o ECGAR-P e outros preditores clínicos de não resposta à amiodarona em baixa dose, após a cardioversão do primeiro episódio persistente e altamente sintomático de FA não valvar. O segundo estudo incluiu 87 pacientes e teve seguimento mínimo de 24 meses. Ao final do seguimento, a resposta à terapia antiarrítmica (TA) foi considerada como não responsiva quando ocorreram duas ou mais recorrências de FA ou insucesso em nova cardioversão. Obteve-se de todos os participantes, de ambos os estudos, o Consentimento Livre e Esclarecido, tendo sido o estudo aprovado pelo Comitê de Ética da instituição. Resultados: O primeiro estudo mostrou que entre 31 indivíduos, 9 tiveram recorrência precoce da arritmia, todos nos primeiros sete dias após a cardioversão, e 22 permaneceram em ritmo sinusal por pelo menos um mês. Nesses pacientes a duração da onda P diminuiu progressivamente do primeiro para o terceiro ECGAR. Na análise no domínio da frequência, a turbulência espectral se mostrou inaparente no ECGAR imediato...
Background: Atrial fibrillation is frequently disabling and drug resistant. The high rate of recurrence of AF is represented by two separate mechanisms: the first can be summarized as atrial fibrillation (AF) itself promotes electrophysiological changes, termed "electrical remodeling", facilitationg its recurrence and maintenance. There are evidences that the remodeling process is reversible after restoration of sinus rhythm. However, the timing for recovery of electrophysiological properties is characterized by marked vulnerability to early recurrence of the arrhythmia and still undefined. The second mechanism relates to underlying cardiovascular conditions and cardiac structural changes, which may be hidden for a long time until AF emerges. Objective: In the first article we evaluated the atrial electrical activation by using P-wave signal-averaged electrocardiogram (P-SAECG) post-cardioversion of long-standing lone AF, focusing on the reversal remodeling process to identify the timing of stabilization of the process. The objective of the second article was evaluated the follow-up of patients after cardioversion of the first persistent AF episode, with poorly symptoms and without structural cardiopathy. Methods: In the first study with 31 patients, P-SAECG was performed immediately after cardioversion and repeated on days seven and thirty. The second article included 87 patients with highly symptomatic first-detected persistent AF. After successful electrical cardioversion, echocardiogram and P-SAECG were obtained. During the segment, for all patients were prescribed low-dose of amiodarone and each one were followed-up at least for 24 months. At the end of the follow-up, antiarrythmic therapy (AT) outcome was defined as nonresponse if there were >- 2 recurrences of symptomatic AF or unsuccessful in sequential cardioversion. Results: the results of the first study shows that among 31 subjets, nine underwent early recurrence of AF, all of then...