ABSTRACT
Abstract Anterior dislocations represent about 96% of total shoulder dislocations, with recurrence/instability being more common in young patients. Injury of other shoulder structures is frequent, namely bony Bankart lesion. However, the association with coracoid apophysis fracture is very rare. The present article describes the clinical case of a 67-year-old man who presented to the emergency department with complaints of persistent omalgia, with acute episodes, beginning after a fall from his own height. The patient also presented history of shoulder trauma 3 months earlier, which was evaluated at another hospital. Shoulder anterior dislocation was observed radiographically, and the computed tomography (CT) confirmed bone erosion of the anteroinferior part of the glenoid (bone loss of about 50% of the anteroposterior diameter in the lower region of the glenoid), with almost complete resorption of the bony Bankart lesion (apparent in later analysis of the radiography of the initial traumatic episode). Connectedly, a transverse fracture of the coracoid apophysis (type II in the Ogawa classification) was diagnosed. The patient was submitted to surgical treatment, with anterior bone stop confection using the remnant of the fractured fragment of the coracoid supplemented by tricortical autologous iliac graft, fixed with cannulated screws (according to the Bristow-Latarjet and Eden-Hybinett techniques). In the postoperative follow-up, a good functional result was observed, with no new episodes of dislocation and no significant pain complaints. A rare association of shoulder lesions is described, and the challenge of their treatment is highlighted, given the late diagnosis, as in the case presented.
Resumo As luxações anteriores representam cerca de 96% do total de luxações do ombro, sendo a recidiva/instabilidade mais comum em pacientes jovens. A lesão de outras estruturas do ombro é frequente, nomeadamente a lesão óssea de Bankart. Contudo, a associação com a fratura da apófise coracoide é muito rara. Este artigo descreve o caso clínico de um homem de 67 anos que recorreu ao serviço de urgência com queixas de omalgia persistente, com episódios de agudização, iniciados após queda da própria altura. O paciente apresentava ainda histórico de trauma do ombro 3 meses antes, avaliado em outro hospital. A luxação anterior do ombro foi constatada radiograficamente, e a tomografia computorizada (TC) do ombro confirmou erosão óssea da vertente anteroinferior da glenoide (perda óssea de cerca de 50% do diâmetro anteroposterior na região inferior da glenoide), com reabsorção quase completa de lesão óssea de Bankart (aparente em análise a posteriori da radiografia do episódio traumático inicial). Associadamente, foi diagnosticada uma fratura transversa da apófise coracoide (tipo II da classificação de Ogawa). O paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico, com confecção do batente ósseo anterior utilizando remanescente do fragmento fraturado do coracoide suplementado por enxerto autólogo tricortical do ilíaco, fixados com parafusos canulados (de acordo com as técnicas de Bristow-Latarjet e Eden-Hybinett). No seguimento pós-operatório, foi observado um bom resultado funcional, sem novos episódios de luxação e sem queixas álgicas significativas. Descreve-se uma associação rara de lesões do ombro, e salienta-se o desafio do tratamento das mesmas dado o seu diagnóstico tardio, como no caso apresentado.
Subject(s)
Humans , Male , Aged , Shoulder Dislocation/surgery , Shoulder Fractures/surgery , Coracoid ProcessABSTRACT
Introducción: La luxación anterior del hombro es una lesión ortopédica con alto riesgo de desarrollar inestabilidad glenohumeral anterior. Su tratamiento es quirúrgico y existen varias técnicas que permiten la reconstrucción. Objetivo: Mostrar los resultados de la técnica modificada de Boytchev para el tratamiento de la inestabilidad anterior de hombro. Métodos: Estudio retrospectivo, tipo serie de casos, con pacientes operados con técnica modificada de Boytchev. Con ella se redirecciona el tendón conjunto del bíceps y se pasa por detrás del músculo subescapular para mejorar el soporte en la cara anterior de la articulación glenohumeral. Resultados: Se operaron 22 pacientes que tuvieron un seguimiento mínimo de 43 meses. Todos pudieron retornar a sus actividades laborales y deportivas. Ninguno presentó recidiva y la movilidad fue completa. En un caso el material de osteosíntesis se aflojó, pero se solucionó sin complicaciones. Conclusiones: Se trata de una técnica quirúrgica que permite restituir la tensión de los tejidos blandos anteriores del hombro y corregir de forma satisfactoria su inestabilidad; no expone la cápsula articular ni altera la longitud del tendón conjunto, lo que deriva en menor fibrosis. Es reproducible y segura, con baja tasa de complicaciones y permite el retorno a las actividades físicas sin comprometer la movilidad del hombro.
Introduction: Anterior shoulder dislocation is an orthopedic injury with high risk of developing anterior glenohumeral instability. Its treatment is surgical and there are several techniques allowing reconstruction. Objective: To display the results of the modified Boytchev technique for the treatment of anterior shoulder instability. Methods: This is a retrospective study, case series type, with patients operated with modified Boytchev's technique. It redirects the conjoined biceps tendon and it is passed behind the subscapularis muscle to improve support on the anterior aspect of the glenohumeral joint. Results: Twenty two patients who had a minimum follow-up of 43 months were operated on. All were able to return to their work and sports activities. None had recurrence, mobility was complete. In one case, the osteosynthesis material loosened, but it was fixed without complications. Conclusions: This is a surgical technique that allows restoring the tension of the anterior soft tissues of the shoulder and satisfactorily correcting its instability; it does not expose the joint capsule or alter the length of the joint tendon, which results in less fibrosis. It is repeatable and safe, with a low rate of complications and allows returning to physical activities without compromising shoulder mobility.
ABSTRACT
OBJECTIVES: To describe the clinical and radiographic results of patients with traumatic recurrent anterior shoulder dislocation treated with the Bristow-Latarjet procedure. METHODS: Retrospective case series including 44 patients (45 shoulders) who underwent the Bristow-Latarjet procedure. The graft was fixed "standing" in 84% of the shoulders, and "lying" in 16%. RESULTS: The follow-up was 19.25 ± 10.24 months. We obtained 96% of good results, with 2 recurrences presented as subluxation. Graft healing occurred in 62% of cases. The graft was positioned below the glenoid equator in 84% of the cases, and less than 10 mm from its edge in 98%. The external rotation had a limitation of 20.7º ± 15.9º, while the internal rotation was limited in 4.0º ± 9.6º. The limitation of rotation and the position of the graft ("standing" or "lying") did not correlate with graft healing (p>0.05). Bicortical fixation was positively correlated with healing (p <0.001). CONCLUSION: The Bristow-Latarjet technique is indicated for the treatment of recurrent anterior dislocations and subluxations of the shoulder. It is a safe treatment method, which can be used in people with intense physical activity. Limiting shoulder mobility does not prevent patients from returning to their usual occupations. Level of Evidence IV, Case series.
OBJETIVOS: Descrever os resultados clínicos e radiográficos do tratamento da luxação anterior recidivante traumática do ombro pela técnica de Bristow-Latarjet. MÉTODOS: Série de casos retrospectiva, incluindo 44 pacientes (45 ombros) submetidos à técnica de Bristow-Latarjet. O enxerto foi fixado "em pé" em 84% dos ombros, e "deitado" em 16%, utilizando 1 parafuso metálico. RESULTADOS: O seguimento foi de 19,25 ± 10,24 meses. Obtivemos 96% de bons resultados, sendo 2 recidivas sob a forma de subluxação. A consolidação ocorreu em 62% dos casos. O enxerto foi posicionado abaixo do equador da glenoide em 84% das vezes, e a menos de 10 mm da sua borda em 98%. A rotação externa apresentou limitação de 20,7º ± 15,9º, enquanto a rotação interna 4,0º ± 9,6º. A limitação das rotações e a posição do enxerto ("em pé" ou 'deitado") não se correlacionaram com a consolidação do enxerto. A fixação bicortical correlacionou-se positivamente com a consolidação. CONCLUSÕES: A técnica de Bristow-Latarjet está indicada para o tratamento da instabilidade anterior recidivante do ombro. É um método de tratamento seguro, que pode ser utilizado em pessoas com atividade física intensa. A limitação da mobilidade do ombro não impede os pacientes de voltarem às suas ocupações habituais. Nível de Evidência IV, Série de casos.
ABSTRACT
ABSTRACT Objectives: To describe the clinical and radiographic results of patients with traumatic recurrent anterior shoulder dislocation treated with the Bristow-Latarjet procedure. Methods: Retrospective case series including 44 patients (45 shoulders) who underwent the Bristow-Latarjet procedure. The graft was fixed "standing" in 84% of the shoulders, and "lying" in 16%. Results: The follow-up was 19.25 ± 10.24 months. We obtained 96% of good results, with 2 recurrences presented as subluxation. Graft healing occurred in 62% of cases. The graft was positioned below the glenoid equator in 84% of the cases, and less than 10 mm from its edge in 98%. The external rotation had a limitation of 20.7º ± 15.9º, while the internal rotation was limited in 4.0º ± 9.6º. The limitation of rotation and the position of the graft ("standing" or "lying") did not correlate with graft healing (p>0.05). Bicortical fixation was positively correlated with healing (p <0.001). Conclusion: The Bristow-Latarjet technique is indicated for the treatment of recurrent anterior dislocations and subluxations of the shoulder. It is a safe treatment method, which can be used in people with intense physical activity. Limiting shoulder mobility does not prevent patients from returning to their usual occupations. Level of Evidence IV, Case series.
RESUMO Objetivos: Descrever os resultados clínicos e radiográficos do tratamento da luxação anterior recidivante traumática do ombro pela técnica de Bristow-Latarjet. Métodos: Série de casos retrospectiva, incluindo 44 pacientes (45 ombros) submetidos à técnica de Bristow-Latarjet. O enxerto foi fixado "em pé" em 84% dos ombros, e "deitado" em 16%, utilizando 1 parafuso metálico. Resultados: O seguimento foi de 19,25 ± 10,24 meses. Obtivemos 96% de bons resultados, sendo 2 recidivas sob a forma de subluxação. A consolidação ocorreu em 62% dos casos. O enxerto foi posicionado abaixo do equador da glenoide em 84% das vezes, e a menos de 10 mm da sua borda em 98%. A rotação externa apresentou limitação de 20,7º ± 15,9º, enquanto a rotação interna 4,0º ± 9,6º. A limitação das rotações e a posição do enxerto ("em pé" ou 'deitado") não se correlacionaram com a consolidação do enxerto. A fixação bicortical correlacionou-se positivamente com a consolidação. Conclusões: A técnica de Bristow-Latarjet está indicada para o tratamento da instabilidade anterior recidivante do ombro. É um método de tratamento seguro, que pode ser utilizado em pessoas com atividade física intensa. A limitação da mobilidade do ombro não impede os pacientes de voltarem às suas ocupações habituais. Nível de Evidência IV, Série de casos.
ABSTRACT
PURPOSE: The acromial and coracoid process morphology is of clinical relevance due to associations with functional limitations and shoulder pathology. Our objective was to describe the anatomical characteristics of the acromial and coracoid process using computed tomography (CT). METHODS: Descriptive, observational, transversal and retrospective study. A total of 155 CT of patients without shoulder pathology, of both genders, and indistinct age were evaluated and grouped by age: Group 1 < 25 years; group 2 25-40 years; group 3 > 40 years. The following parameters were evaluated: Acromial type (AcT), vertical coracoid distance (VCD), acromial tilt (AT), acromial projection (AP), critical shoulder angle (CSA), type of the subcoracoid outlet (TSO), and the area of the subcoracoid outlet (ASO). RESULTS: Statistically significant differences were found between men and women for VCD (14.44 ± 4.79 vs. 11.76 ± 4.00 mm; p < 0.001) and AP (3.66 ± 4.71 vs. 1.62 ± 4.99 mm; p < 0.05) as well as between age groups 1 and 3 for AT (35.08 ± 11.53 vs. 28.41 ± 6.60; p < 0.05) and ASO (398.99 ± 153.91 vs. 255.56 ± 124.58 mm2; p < 0.001). An unexpected high ASO variation was identified with 11% of S-shaped acromion and 1.3% clock-shaped TSO. CONCLUSION: The age group between 25-40 years had the most uniform distribution of data. There is a high morphological variability present in an asymptomatic population, which should be considered in the clinical assessment such as shoulder impingement syndrome.
Subject(s)
Acromion/abnormalities , Anatomic Variation , Coracoid Process/abnormalities , Acromion/diagnostic imaging , Adolescent , Adult , Age Factors , Aged , Coracoid Process/diagnostic imaging , Female , Humans , Male , Middle Aged , Retrospective Studies , Sex Factors , Shoulder Impingement Syndrome/diagnosis , Shoulder Impingement Syndrome/etiology , Tomography, X-Ray Computed , Young AdultABSTRACT
The axillary arch is a variant slip extending between the latissimus dorsi muscle and the pectoralis major. During educational dissection, a variant muscle was found in left arm of 70-year-old female cadaver. A slip muscle originated from the lateral margin of the latissimus dorsi and crossed the axilla obliquely. Therefore, we defined this muscular variation as axillary arch. It ran anterior (superficial) to the medial and lateral cords of the brachial plexus, and then it inserted to coracoid process. We reported this variant muscle and discussed its clinical significances.
El arco axilar es una variante que se extiende entre el músculo dorsal ancho y el pectoral mayor. Durante la disección educativa, se encontró una variante muscular en el brazo izquierdo de un cadáver de una mujer de 70 años. El músculo deslizante se originó en el borde lateral del dorsal ancho y cruzó la axila oblicuamente. Por lo tanto, definimos esta variación muscular como el arco axilar. Se extendió anterior (superficial) a los cordones medial y lateral del plexo braquial, y luego se insertó en el proceso coracoideo. Reportamos esta variante muscular y discutimos sus significados clínicas.
Subject(s)
Humans , Female , Aged , Axilla/abnormalities , Muscle, Skeletal/abnormalities , Anatomic Variation , Coracoid Process , Axilla/anatomy & histology , Cadaver , Muscle, Skeletal/anatomy & histologyABSTRACT
OBJETIVO: Determinar la morfometría de la apófisis coracoides (Cor) mediante tomografía computarizada de hombro (TC hombro) en población chilena. MÉTODO: 162 TC hombro (90 género femenino y 72 masculino), edad promedio 55,9 20,2 años, fueron analizadas mediante sistema computacional IMPAX. RESULTADOS: Largo total Cor promedio de 41,0 2,5 mm. Largo promedio del pilar superior de 20,5 2 mm. Altura media pilar superior de 9,2 1,2 mm. Ancho promedio pilar superior de 10,3 1,5 mm. Altura media de la base de 13,4 1,8 mm. CONCLUSIÓN: En nuestra población el pilar superior es más ancho que alto y el largo total de Cor es aproximadamente el doble del largo del pilar superior. Todas las dimensiones de Cor son mayores en el género masculino versus femenino. Al comparar la morfometría de Cor, nuestra población es similar a otros grupos étnicos según lo descrito en la literatura. Nivel de evidencia: III.
PURPOSE: Define the morphometric measurements of the coracoid process (Cor) in Chilean population through the analysis of shoulder computed tomography (shoulder CT) METHOD: 162 shoulder TC (90 females and 72 males), average age 55.9 20.2 years, were analyzed by IMPAX software. RESULTS: The mean total Cor length was of 41.0 2.5 mm. Average upper pillar length was 20.5 2 mm. The mean upper pillar height was 9.2 1.2 mm. The mean upper pillar width was 10.3 1.5 mm. Average base height was 13.4 1.8 mm. CONCLUSIONS: In our population, upper pillar is wider than high and the total Cor length is approximately twice than upper pillar length. All Cor dimensions are greater in males versus females. The Cor morphometric measurements in our population is similar to other ethnic groups as described in the literature. Level of evidence: III.