ABSTRACT
Mesothelioma is a rare malignant neoplasm that affects the mesothelial cells lining the thoracic and abdominal cavities, such as the pleura, peritoneum, and pericardium. It is most prevalent in dogs and cattle, but the causes of this disease in animals are uncertain. In felines, it mainly affects the pleura, with an unfavorable prognosis. This paper explores a rare case of metastatic peritoneal mesothelioma in a 2-year-old female mixed breed cat, emphasizing its uniqueness due to the feline's age. The patient, previously treated at a private clinic, presented moderate abdominal distension as the only clinical sign. Abdominal ultrasound and peritoneal fluid cytology led to the provisional diagnosis of mesothelioma/carcinomatosis. One day after exploratory laparotomy, the animal died and was subsequently sent for necropsy. During macroscopic analysis, nodules were observed in the peritoneum, diaphragm, omentum, stomach serosa, and large intestine, and the diagnosis of solid epithelioid peritoneal mesothelioma with lung metastasis was confirmed after microscopic analysis. The diagnosis of mesothelioma is challenging, and the importance of immunohistochemical panels with specific markers such as cytokeratin AE1/AE3 and calretinin is highlighted. Considering that mesothelioma is a pathology with a poor prognosis, it is essential to include this disease in the list of differential diagnoses within veterinary oncology.
O mesotelioma é uma neoplasia maligna rara que afeta as células mesoteliais que revestem as cavidades torácica e abdominal, como a pleura, o peritônio e o pericárdio. É mais prevalente em cães e bovinos, mas as causas desta doença em animais são incertas. Nos felinos acomete principalmente a pleura, com prognóstico desfavorável. Este artigo explora um caso raro de mesotelioma peritoneal metastático em uma gata sem raça definida de 2 anos de idade, enfatizando sua singularidade devido à idade do felino. O paciente, previamente atendido em clínica particular, apresentava distensão abdominal moderado como único sinal clínico. A ultrassonografia abdominal e a citologia do líquido peritoneal levaram ao diagnóstico provisório de mesotelioma/carcinomatose. Um dia após a laparotomia exploratória, o animal veio a óbito e posteriormente encaminhado para necropsia. Durante a análise macroscópica, foram observados nódulos no peritônio, diafragma, omento, serosa estomacal e intestino grosso e o diagnóstico de mesotelioma peritoneal epitelioide sólido com metástase pulmonar foi confirmado após análise microscópica. O diagnóstico do mesotelioma é desafiador, sendo destacada a importância de painéis imunohistoquímicos com marcadores específicos como citoqueratina AE1/AE3 e calretinina. Considerando que o mesotelioma é uma patologia de prognóstico ruim, é fundamental incluir esta doença na lista de diagnósticos diferenciais dentro da oncologia veterinária.
ABSTRACT
Com os avanços na Medicina Veterinária, houve um aumento na expectativa de vida dos animais de companhia, e em contrapartida, a incidência de doenças crônicas como o câncer tem aumentado nestes animais. O linfoma é uma neoplasia maligna de linfócitos comumente encontrada nos caninos e sua incidência é progressiva, em torno de 24 a 33 casos por ano para cada 100.000 cães. Foram consultadas as fichas do Setor de Patologia Animal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no período compreendido entre janeiro de 2003 e dezembro de 2013, para avaliar a frequência de linfoma nos cães assistidos no Hospital Veterinário (UFU) neste período. Informações como o tipo de exame realizado, sexo, idade, raça e tipo de amostra foram coletadas. Também foi avaliada a frequência do linfoma entre os tumores de células redondas. Posteriormente, os dados foram comparados utilizandose estatística descritiva e porcentual. De todos os 6403 registros, 70,3% dos diagnósticos de linfoma foram observados por meio de citologia e 29,6% por histopatologia. O linfoma foi o segundo tumor de células redondas mais frequente em 23,1%. Não houve predileção sexual e os cães adultos e idosos representaram as faixas etárias mais afetadas. A raça Pit Bull foi a mais frequente em 28,2% dos casos. Em 53,3% dos diagnósticos citológicos conclusivos sem necessidade de biópsia, os cães apresentaram linfadenomegalia na avaliação clínica. A citologia pode ser uma boa ferramenta no diagnóstico de linfomas, auxiliado pela avaliação física dos linfonodos superficiais.
With advances in veterinary medicine, there was an increase in life expectancy of pets, and on the other hand, the incidence of chronic diseases such as cancer has increased in these animals. Lymphoma is a malignant neoplasm of lymphocytes commonly found in canine and its incidence is progressive, around 24-33 cases per year for each 100.000 dogs. The reports of the Sector of Animal Pathology, Federal University of Uberlândia (UFU), were consulted in the period between January 2003 and December 2013 to assess the frequency of lymphoma in dogs assisted at the Veterinary Hospital (UFU) in this period. Information such as the type of examination, gender, age, and type of sample was collected. We also evaluated the frequency of lymphoma between the round cell tumors. Later, the data were compared using descriptive statistics and percentage. Of all 6403 records, 70.3% of lymphoma diagnoses were observed by cytology and 29.6% by histopathology. Lymphoma was the second most frequent round cell tumor in 23.1%. There was no sexual predilection and the adult and elderly dogs represented the most affected age groups. The Pit Bull breed was the most frequent in 28.2% of the cases. In 53.3% of the conclusive cytologic diagnoses without biopsy, the dogs presented lymphadenomegaly in the clinical evaluation. Cytology can be a good tool in the diagnosis of lymphomas, aided by the physical evaluation of superficial lymph nodes