ABSTRACT
Embora as fraturas por fragilidade sejam importantes detratoras de qualidade de vida relacionada à saúde, aumentando a morbimortalidade e acarretando alto impacto clínico, psicossocial e econômico, elas são pouco valorizadas e negligenciadas por médicos e até mesmo por pacientes. Além disso, os critérios de priorização para avaliação de novas tecnologias, em geral, não consideram critérios além dos financeiros para uma tomada de decisão mais inclusiva e assertiva para o tratamento da população de mais alto risco de fratura. Assim, este artigo visa revisitar alguns diferentes pontos de vista e trazer uma reflexão sobre critérios e prioridades na osteoporose. Para isso, foi considerada a perspectiva de múltiplos atores no processo de tomada de decisão em saúde, bem como analisadas as falhas na atenção a uma doença de alta prevalência e que, além do grande impacto econômico gerado para a sociedade, causa repercussões emocionais, incapacidade gerada por fraturas e medo de novas quedas ou pequenos traumas.
Although fragility fractures are important detractors of health-related quality of life, increasing morbidity and mortality and causing a high clinical, psychosocial, and economic impact, they are undervalued and neglected by physicians and even patients. In addition, prioritization criteria for evaluating new technologies, in general, do not consider criteria other than financial ones for a more inclusive and assertive decision-making for the treatment of the population at higher risk of fracture. Thus, this article aims to revisit some different points of view and bring a reflection on criteria and priorities in osteoporosis. For this, the perspective of multiple stakeholders in the health decision-making process was considered, as well as the failures in the care of this highly prevalent disease that, in addition to the great economic impact generated for society, causes emotional repercussions, disability generated by fractures and fear of further falls or minor trauma.