ABSTRACT
Objetivo: Avaliar a presença e possíveis correlações entre fadiga, depressão e qualidade de vida relacionada à saúde em mulheres com câncer de mama e ginecológico durante quimioterapia. Metodologia: Estudo exploratório e transversal, realizado com 54 mulheres na Central de Quimioterapia de um hospital universitário, no período de setembro/2017 a dezembro/2019. Instrumentos utilizados: questionário sociodemográfico e clínico-terapêutico, Escala de Fadiga de Piper, Inventário de Depressão de Beck e Quality of Life Questionnaire-Core30. Resultados: Predominaram mulheres com câncer de mama, com fadiga de leve intensidade e sem depressão, contudo destaca-se que nove apresentaram fadiga clinicamente significante e 12 relataram sinais e sintomas indicativos de depressão. Os escores de estado geral de saúde, das funções cognitivas, social, física e desempenho de papel foram considerados satisfatórios, os sintomas prevalentes foram insônia, fadiga, dor e perda de apetite. Houve correlações moderadas entre os itens dos instrumentos, sendo que quanto maiores os escores de fadiga e depressão, maiores foram os sintomas e menores as escalas funcionais de qualidade de vida. Conclusões: A presença de fadiga e depressão correlacionou-se moderadamente com outros sintomas e podem influenciar a qualidade de vida relacionada à saúde destas mulheres.
Objective: To evaluate the presence and possible correlations between fatigue, depression and health-related quality of life in women with breast and gynecological cancer during chemotherapy. Methodology: Exploratory and cross-sectional study, carried out with 54 women at the Chemotherapy Center of a university hospital, from September/2017 to December/ 2019. Instruments used: sociodemographic and clinical-therapeutic questionnaire, Piper's Fatigue Sacale, Beck Depression Inventory, and Quality of Life Questionnaire-Core30. Results: There was a predominance of women with breast cancer, with mild fatigue and without depression, however it is noteworthy that nine had clinically significant fatigue and 12 reported signs and symptoms indicative of depression. The scores of general health status, cognitive, social, physical functions and role performance were considered satisfactory, the prevalent symptoms were insomnia, fatigue, pain and loss of appetite. There were moderate correlations between the instrument items, and the higher the fatigue and depression scores, the greater the symptoms and the lower the quality of life functional scales. Conclusion: The presence of fatigue and depression was moderately correlated with other symptoms and may influence the health-related quality of life of these women.