ABSTRACT
The article analyzes the fight against COVID-19 in three Latin American countries: Argentina, Brazil, and Mexico. A multiple case study was carried out in a comparative perspective, based on a bibliographic review, documentary analysis, and secondary data, considering characteristics of the countries and the health system, evolution of COVID-19, national governance, containment and mitigation measures, health systems response, constraints, positive aspects and limits of responses. The three countries had distinct health systems but were marked by insufficient funding and inequalities when hit by the pandemic and recorded high-COVID-19 mortality. Structural, institutional, and political factors influenced national responses. In Argentina, national leadership and intergovernmental political agreements favored the initial adoption of centralized control measures, which were not sustained. In Brazil, there were limits in national coordination and leadership related to the President's denialism and federative, political, and expert conflicts, despite a universal health system with intergovernmental commissions and participatory councils, which were little used during the pandemic. In Mexico, structural difficulties were associated with the Federal Government's initial reluctance to adopt restrictive measures, limits on testing, and relative slowness in immunization. In conclusion, facing health emergencies requires strengthening public health systems associated with federative, intersectoral, and civil society coordination mechanisms and effective global solidarity mechanisms.
Subject(s)
COVID-19 , Health Policy , Pandemics , COVID-19/prevention & control , COVID-19/epidemiology , Humans , Brazil/epidemiology , Argentina/epidemiology , Mexico/epidemiology , Pandemics/prevention & control , SARS-CoV-2 , PoliticsABSTRACT
RESUMO Em um cenário de várzea amazônica com fluxos fluviais, o estudo analisa a articulação da Atenção Básica com a Atenção Especializada, buscando discutir as condições políticas e geográficas que impactam na conformação da rede assistencial em uma região de saúde na Amazônia Ocidental. Adotouse uma combinação de estratégias metodológicas: levantamento de indicadores de morbidade e da rede de saúde, mapeamento dos trajetos intermunicipais, levantamento de despesas em Ações e Serviços Públicos de Saúde e entrevistas com gestores. O município de Tefé concentra serviços bancários, poder judiciário, educacional, órgãos de controle e segurança que lhe conferem uma centralidade de funções. Contudo, a saúde não considera os fluxos existentes no território para definição de quais municípios têm Tefé como referência. A defasagem dos dados nos sistemas de informação em saúde, aliada a ausência do ente estadual no planejamento regional de saúde, apoio para provimento de profissionais especializados, pagamento de insumos e organização do fluxo de referência-contrarreferência na rede têm sido desafios para planejar integralidade da atenção na região, sobrecarregando o município-polo. Apesar do aumento progressivo de despesas em saúde nos municípios analisados, a oferta de serviço para além da Atenção Básica permanece sendo um desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS) na Amazônia.
ABSTRACT In an Amazonian floodplain scenario with river flows, the study analyzes the articulation of Primary Care with Specialized Care, seeking to discuss the political and geographical conditions that impact on the formation of the care network in a health region in the Western Amazon. A combination of methodological strategies was adopted: survey of morbidity indicators and the health network, mapping of intercity routes, survey of expenses in Public Health Actions and Services and interviews with managers. Tefé concentrates banking services, judiciary branch, education and security bodies that give it a centrality of functions. However, health does not consider existing flows in the territory to define which municipalities have Tefé as a health reference. Outdated data in the health information systems, combined with the absence of the state government in the regional health planning, support to provide specialized professionals, payment for supplies and the organization of referral-counter-referral flow in the network have been challenges for integrality of the attention in the region, overloading the hub municipality. Despite the progressive increase in health expenses in the analyzed municipalities, the provision of services beyond Primary Care remains a challenge for the Unified Health System (SUS) in the Amazon.
ABSTRACT
RESUMO Este estudo objetivou analisar as ações desenvolvidas pela gestão de saúde no enfrentamento do desastre-crime de derramamento de petróleo na costa pernambucana em 2019. Trata-se de estudo de caso que investigou a atuação do setor saúde em quatro municípios de Pernambuco. A coleta de dados foi mediante entrevistas com 16 gestores de secretarias de saúde (municipal e estadual), utilizando roteiro semiestruturado com perguntas sobre atuação, impactos, ações desenvolvidas, dificuldades, desafios e lições aprendidas. A análise do Discurso do Sujeito Coletivo evidenciou quatro eixos temáticos: a) percepção dos gestores sobre os impactos do desastre-crime; b) ações desenvolvidas no processo de gestão de risco do desastre-crime pelo setor saúde; c) dificuldades enfrentadas no processo de mitigação do desastre; d) avaliação das ações da gestão durante o desastre-crime e preparação futura. Identificaram-se fragilidades da gestão em saúde nas ações de mitigação do desastre, resultado da falta de preparo dos serviços e dos profissionais de saúde. A falta de instrumentos e a desarticulação entre os entes federados intensificaram as dificuldades, gerando situações de calamidade no território. Isso aponta para a necessidade de construção de instrumentos e protocolos que guiem tais ações nessas situações, para que as atividades sejam desenvolvidas com mais eficiência e eficácia.
ABSTRACT This study aimed to analyze the actions taken by health management to deal with the criminal disaster of an oil spill off the coast of Pernambuco in 2019. It is a case study investigating the health sector's actions in four municipalities in Pernambuco. Data was collected through interviews with 16 health department managers (municipal and state), using a semi-structured script with questions about performance, impacts, actions taken, difficulties, challenges, and lessons learned. The Collective Subject Discourse analysis revealed four thematic axes: a) managers' perception of the impacts of the crime disaster; b) actions taken in the process of risk management of the disaster crime by the health sector; c) difficulties faced in the process of mitigating the disaster; d) evaluation of management actions during the disaster crime and future preparation. Weaknesses in health management were identified in disaster mitigation actions due to the need for more preparation of health services and professionals. The lack of instruments and coordination between the federated entities intensified the difficulties, generating calamity in the territory. This points to the need to build instruments and protocols to guide such actions in these situations so that activities can be carried out more efficiently and effectively.
ABSTRACT
Abstract: The article analyzes the fight against COVID-19 in three Latin American countries: Argentina, Brazil, and Mexico. A multiple case study was carried out in a comparative perspective, based on a bibliographic review, documentary analysis, and secondary data, considering characteristics of the countries and the health system, evolution of COVID-19, national governance, containment and mitigation measures, health systems response, constraints, positive aspects and limits of responses. The three countries had distinct health systems but were marked by insufficient funding and inequalities when hit by the pandemic and recorded high-COVID-19 mortality. Structural, institutional, and political factors influenced national responses. In Argentina, national leadership and intergovernmental political agreements favored the initial adoption of centralized control measures, which were not sustained. In Brazil, there were limits in national coordination and leadership related to the President's denialism and federative, political, and expert conflicts, despite a universal health system with intergovernmental commissions and participatory councils, which were little used during the pandemic. In Mexico, structural difficulties were associated with the Federal Government's initial reluctance to adopt restrictive measures, limits on testing, and relative slowness in immunization. In conclusion, facing health emergencies requires strengthening public health systems associated with federative, intersectoral, and civil society coordination mechanisms and effective global solidarity mechanisms.
Resumen: El artículo analiza la lucha contra el COVID-19 en tres federaciones latinoamericanas: Argentina, Brasil y México. Se realizó un estudio de casos múltiple en perspectiva comparada, basado en revisión bibliográfica, análisis documental y de datos secundarios, teniendo en cuenta: las características de los países y del sistema de salud, la evolución del COVID-19, la gobernanza nacional, las medidas de contención y mitigación, la respuesta de los sistemas de salud, los factores condicionantes, los aspectos positivos y los límites de las respuestas. Los tres países tenían sistemas de salud diferentes, pero marcados por financiación insuficiente y desigualdades, cuando afectados por la pandemia, y registraron una alta mortalidad por COVID-19. Las respuestas nacionales se influyeron por factores condicionantes estructurales, institucionales y políticos. En Argentina, el liderazgo nacional y los acuerdos políticos intergubernamentales favorecieron la adopción inicial de medidas de control centralizadas, que no se sustentaron. En Brasil, hubo límites en la coordinación y liderazgo nacional, relacionados con el negacionismo del presidente y los conflictos federativos, políticos y con expertos, a pesar de existir un sistema de salud universal que tiene comisiones intergubernamentales y consejos participativos, poco utilizados en la pandemia. En México, las dificultades estructurales se asociaron con la renuencia inicial del gobierno nacional en adoptar medidas restrictivas, límites en las pruebas y relativa lentitud en la vacunación. Se concluye que para enfrentar emergencias sanitarias hay que fortalecer los sistemas públicos de salud asociados con mecanismos de coordinación federativa, intersectorial y con la sociedad civil, así como mecanismos efectivos de solidaridad global.
Resumo: Este artigo analisa o enfrentamento da COVID-19 em três federações latino-americanas: Argentina, Brasil e México. Realizou-se um estudo de casos múltiplos em perspectiva comparada, baseado em revisão bibliográfica, análise documental e de dados secundários, considerando: características dos países e do sistema de saúde, evolução da COVID-19, governança nacional, medidas de contenção e mitigação, resposta dos sistemas de saúde, condicionantes, aspectos positivos e limites das respostas. Os três países apresentavam sistemas de saúde distintos, porém marcados por financiamento insuficiente e desigualdades quando atingidos pela pandemia, e registraram alta mortalidade por COVID-19. As respostas nacionais foram influenciadas por condicionantes estruturais, institucionais e políticos. Na Argentina, a liderança nacional e acordos políticos intergovernamentais favoreceram a adoção inicial de medidas centralizadas de controle, que não se sustentaram. No Brasil, houve limites na coordenação e liderança nacional, relacionadas ao negacionismo do presidente e a conflitos federativos, políticos e com especialistas, apesar da existência de um sistema de saúde universal que têm comissões intergovernamentais e conselhos participativos, pouco acionados na pandemia. No México, dificuldades estruturais se associaram à relutância inicial do governo nacional em adotar medidas restritivas, limites na testagem e relativa lentidão na vacinação. Conclui-se que o enfrentamento de emergências sanitárias requer o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde associados a mecanismos de coordenação federativa, intersetorial e com a sociedade civil, bem como mecanismos efetivos de solidariedade global.
ABSTRACT
The COVID-19 pandemic had a significant impact on the living and working conditions of the entire population of Brazil, having a different and more intense effect on groups considered to be vulnerable. The objective of this article is to present an overview of the evolution of the pandemic in the country according to the bulletins of the Covid-19 Fiocruz Observatory in the period between the declarations of the beginning and end of the Public Health Emergency of National Concern (ESPIN, in Portuguese), February 2020 to April 2022. Several of the indicators adopted in the 69 bulletins published for the analysis of the pandemic were used, such as cases and deaths due to SARIs and COVID-19, age groups, % of occupancy of ICU beds, and vaccination, among others. The evolution analysis was organized between years and phases of the pandemic, seeking to highlight what characterized each moment. The closing statement of ESPIN in Brazil coincides with the discussions on the transition from a pandemic to an endemic scenario, without this representing the elimination of the virus, infections, and disease, posing the challenges of advances in vaccination processes in Brazil and around the world, as well as living with scenarios that may require the adoption of temporary protection measures in epidemic periods and periods of greater risk for vulnerable groups.
A pandemia de COVID-19 teve um imenso impacto nas condições de vida e trabalho de toda a população do país, impactando de modo diferenciado e mais intenso os grupos considerados vulneráveis. O objetivo deste artigo é apresentar um panorama da evolução da pandemia no país segundo os boletins do Observatório Covid-19 Fiocruz, no período entre as declarações de início e de encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), fevereiro de 2020 a abril de 2022. Foram utilizados diversos dos indicadores adotados nos 69 boletins publicados para a análise da pandemia, como casos e óbitos por SRAGs e COVID-19, grupos etários, taxas de ocupação de leitos UTI e vacinação, entre outros. A análise da evolução foi organizada entre anos e fases da pandemia, procurando destacar o que caracterizou cada momento. A declaração de encerramento da ESPIN no Brasil coincide com as discussões acerca da transição de pandemia para a endemia, sem que isso represente a eliminação do vírus, das infecções e da doença, colocando-se os desafios de avanços nos processos de vacinação no Brasil e no mundo e da convivência com cenários que poderão exigir a adoção de medidas de proteção temporárias em períodos epidêmicos e de maior risco para grupos vulneráveis.
Subject(s)
COVID-19 , Humans , Pandemics/prevention & control , Public Health , SARS-CoV-2 , VaccinationABSTRACT
Resumo A pandemia de COVID-19 teve um imenso impacto nas condições de vida e trabalho de toda a população do país, impactando de modo diferenciado e mais intenso os grupos considerados vulneráveis. O objetivo deste artigo é apresentar um panorama da evolução da pandemia no país segundo os boletins do Observatório Covid-19 Fiocruz, no período entre as declarações de início e de encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), fevereiro de 2020 a abril de 2022. Foram utilizados diversos dos indicadores adotados nos 69 boletins publicados para a análise da pandemia, como casos e óbitos por SRAGs e COVID-19, grupos etários, taxas de ocupação de leitos UTI e vacinação, entre outros. A análise da evolução foi organizada entre anos e fases da pandemia, procurando destacar o que caracterizou cada momento. A declaração de encerramento da ESPIN no Brasil coincide com as discussões acerca da transição de pandemia para a endemia, sem que isso represente a eliminação do vírus, das infecções e da doença, colocando-se os desafios de avanços nos processos de vacinação no Brasil e no mundo e da convivência com cenários que poderão exigir a adoção de medidas de proteção temporárias em períodos epidêmicos e de maior risco para grupos vulneráveis.
Abstract The COVID-19 pandemic had a significant impact on the living and working conditions of the entire population of Brazil, having a different and more intense effect on groups considered to be vulnerable. The objective of this article is to present an overview of the evolution of the pandemic in the country according to the bulletins of the Covid-19 Fiocruz Observatory in the period between the declarations of the beginning and end of the Public Health Emergency of National Concern (ESPIN, in Portuguese), February 2020 to April 2022. Several of the indicators adopted in the 69 bulletins published for the analysis of the pandemic were used, such as cases and deaths due to SARIs and COVID-19, age groups, % of occupancy of ICU beds, and vaccination, among others. The evolution analysis was organized between years and phases of the pandemic, seeking to highlight what characterized each moment. The closing statement of ESPIN in Brazil coincides with the discussions on the transition from a pandemic to an endemic scenario, without this representing the elimination of the virus, infections, and disease, posing the challenges of advances in vaccination processes in Brazil and around the world, as well as living with scenarios that may require the adoption of temporary protection measures in epidemic periods and periods of greater risk for vulnerable groups.
ABSTRACT
Resumo Os eventos definidos como acidentes ampliados surgem com o próprio processo de industrialização, assim como junto ao desenvolvimento de novas tecnologias de produção, tornando-se mais complexos neste início de século XXI. O objetivo deste ensaio foi apresentar e contextualizar a formulação de um conceito que buscou integrar os temas relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores com os de saúde ambiental, bem como as lutas que envolviam os trabalhadores e o processo de democratização no país, em um cenário de divisão internacional do trabalho, riscos e benefícios. Considerando os acidentes e desastres ocorridos nos anos 1980 do século XX e, também, os recentes, envolvendo barragens de mineração, derrames de petróleo e uma usina nuclear de Fukushima, são apontados cenários mais complexos e novos desafios para enfrentamento desta questão no século XXI. Para além das disfunções dos sistemas tecnológicos e organizacionais encontradas, a intensificação das vulnerabilidades institucionais, somada às vulnerabilidades produzidas pelas desigualdades sociais, potencializam ocorrências e agravam os efeitos dos acidentes, ampliados para além de suas fronteiras espaciais e temporais, afetando sobretudo países do Sul Global. Conclui-se que os eventos recentes constituem expressões sistêmicas, indo além das disfunções organizacionais e revelando camadas mais profundas de sistemas organizacionais e sociotécnicos, como as que forjam a economia global e suas profundas assimetrias.
Abstract Events defined as major accidents emerged with the very industrialization process and alongside the development of new production technologies, becoming more complex in the early 21st century. This essay aimed to describe and contextualize the formulation of a concept that has sought to integrate topics related to workers' safety and health with those of environmental health, workers' struggles, and the democratization process in Brazil in a scenario of international division of labor, risks, and benefits. Considering the accidents and disasters in the 1980s and the more recent ones involving mine tailings dams, oil spills, and the Fukushima nuclear power plant, the authors identify more complex scenarios and new challenges for tackling this issue in the 21st century. Beyond dysfunctions in technological and organizational systems, the intensification of institutional vulnerabilities, added to the vulnerabilities produced by social inequalities, fuel the occurrence of major accidents and aggravate their effects, which, by being amplified beyond their spatial and temporal boundaries, especially affect countries in the Global South. We conclude that the recent events represent systemic expressions beyond organizational dysfunctions, revealing deeper layers of organizational and sociotechnical systems such as those forging the global economy and its profound asymmetries.
ABSTRACT
OBJECTIVE: To present the methodological aspects of the Brumadinho Health Project and to describe the epidemiological profile of participants in the baseline cohort. METHODS: Prospective, population-based cohort study in a representative sample of residents (aged 12 and over) of Brumadinho, Minas Gerais, after a mining tailings dam failure. Information for the baseline was collected in 2021, two years after the mining tailings dam collapsed, including sociodemographic, health and service use aspects, among others. Prevalence estimates of health outcomes were described in Brumadinho, as well as in the Metropolitan Region of Belo Horizonte and Minas Gerais, using data from the 2019 National Health Survey. All analyses were performed in the software Stata 17.0, considering the sampling weights and design effect. RESULTS: 3,080 (86.4%) residents participated in the study, most of them being females (56.7%) and with a mean age of 46.1 years. The diseases more frequently reported were arterial hypertension (30.1%), high cholesterol (23.1%) and depression (22.5%), similarly to what was observed in the Metropolitan Region of Belo Horizonte and Minas Gerais, although the prevalence in Brumadinho was higher. At least one medical appointment and one hospitalization occurred in 75.2% and 9.4% of residents in the past year, respectively. CONCLUSION: It is important to monitor health, physical and mental conditions of residents after the occurrence of a disaster of this magnitude. This information can contribute with risk management of these processes, not only in the affected municipality, but also in other areas where populations are at risk of major disasters.
Subject(s)
Cohort Studies , Female , Humans , Middle Aged , Male , Brazil/epidemiology , Prospective Studies , Cities , PrevalenceABSTRACT
Between 2015 and 2019, Brazil recorded the two most serious disasters involving mining dams of the 21st century. The purpose of this article is to offer an understanding of these disasters as systemic risks. They involve from global and national processes related to social determinants that materialize in a complex system of dams distributed throughout the country with their intrinsic risks. When they occur, result in a set of impacts with potential damage and immediate effects combined with secondary and tertiary impacts that can trigger chain reactions, which promote risk factors of heterogeneous and complex occurrence. Approaching these events from the point of view of systemic risk allows for a broader understanding of both the singularity of each of these disasters and their multiple exposure, risk and disease processes, as well as the structural characteristics in which social, political processes and dynamics and economic factors reproduce in multiple territories a common pattern of disasters and their effects. We conclude that the promotion of population health and sustainable territories should guide the organization of production processes and not the opposite, with the externalization of human, environmental and social costs of mining and its disasters.
Subject(s)
Disasters , Humans , BrazilABSTRACT
The interface between Climate Changes and Food and Nutrition Security (FNS) has been standing out in the sustainable development agenda since the early 1990's. Since then, studies show that climate changes have negative effects on the FNS, aggravated by poverty and social inequality. The purpose of this paper is to perform a review evidencing the relationships between climate changes and FNS. The research was carried out in PubMed using the descriptors "climate change and food security" on the headline, selecting only papers in Portuguese, Spanish, and English languages, and with a direct relation to the themes. The main impacts of climate changes on the FNS were related to the access, production, nutritional quality, and volatility of food prices. The studies also indicated mitigation/adaptation strategies to the effects of climate changes on the FNS, as well as a geographic panorama of the publications with fields of study in Africa and Asia, continents marked by social inequality and poverty. Climate changes affect the dimensions of FNS, especially in poorer populations in situation of social inequality. The relevance of the themes raises concern on the urgency of higher investments in public policies, studies, and research on the subject around the world.
A interface entre as Mudanças Climáticas e a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) tem se destacado na agenda de desenvolvimento sustentável desde o início da década de 1990. Desde então, estudos demonstram que as mudanças climáticas possuem efeitos negativos na SAN, potencializados pela pobreza e desigualdade social. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão relacionando mudanças climáticas e SAN. A pesquisa foi realizada no PubMed utilizando os descritores "climate change and food security" no título, selecionando somente artigos em português, espanhol e inglês e com relação direta com os temas. Os principais impactos das mudanças climáticas na SAN foram no acesso, produção, qualidade nutricional e volatilidade dos preços dos alimentos. Estratégias de mitigação/adaptação aos efeitos das mudanças climáticas na SAN também foram apontadas nos estudos, além de um panorama geográfico das publicações com domínio de estudos na África e Ásia, continentes marcados por desigualdade social e pobreza. As mudanças climáticas afetam as dimensões da SAN, especialmente em populações mais pobres e em situação de desigualdade social. A relevância dos temas suscita a premência de maior investimento em políticas públicas, estudos e pesquisas acerca da temática no mundo.
Subject(s)
Climate Change , Food Supply , Food , Humans , Nutritive Value , PovertyABSTRACT
Resumo A interface entre as Mudanças Climáticas e a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) tem se destacado na agenda de desenvolvimento sustentável desde o início da década de 1990. Desde então, estudos demonstram que as mudanças climáticas possuem efeitos negativos na SAN, potencializados pela pobreza e desigualdade social. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão relacionando mudanças climáticas e SAN. A pesquisa foi realizada no PubMed utilizando os descritores "climate change and food security" no título, selecionando somente artigos em português, espanhol e inglês e com relação direta com os temas. Os principais impactos das mudanças climáticas na SAN foram no acesso, produção, qualidade nutricional e volatilidade dos preços dos alimentos. Estratégias de mitigação/adaptação aos efeitos das mudanças climáticas na SAN também foram apontadas nos estudos, além de um panorama geográfico das publicações com domínio de estudos na África e Ásia, continentes marcados por desigualdade social e pobreza. As mudanças climáticas afetam as dimensões da SAN, especialmente em populações mais pobres e em situação de desigualdade social. A relevância dos temas suscita a premência de maior investimento em políticas públicas, estudos e pesquisas acerca da temática no mundo.
Abstract The interface between Climate Changes and Food and Nutrition Security (FNS) has been standing out in the sustainable development agenda since the early 1990's. Since then, studies show that climate changes have negative effects on the FNS, aggravated by poverty and social inequality. The purpose of this paper is to perform a review evidencing the relationships between climate changes and FNS. The research was carried out in PubMed using the descriptors "climate change and food security" on the headline, selecting only papers in Portuguese, Spanish, and English languages, and with a direct relation to the themes. The main impacts of climate changes on the FNS were related to the access, production, nutritional quality, and volatility of food prices. The studies also indicated mitigation/adaptation strategies to the effects of climate changes on the FNS, as well as a geographic panorama of the publications with fields of study in Africa and Asia, continents marked by social inequality and poverty. Climate changes affect the dimensions of FNS, especially in poorer populations in situation of social inequality. The relevance of the themes raises concern on the urgency of higher investments in public policies, studies, and research on the subject around the world.
Subject(s)
Humans , Climate Change , Food Supply , Poverty , Food , Nutritive ValueABSTRACT
Descrevemos como a organização do sistema de saúde é afetada pelas características da várzea amazônica. Elegemos uma região a oeste do estado do Amazonas que bem caracteriza esse cenário. Entrevistamos gestores de saúde e mapeamos os trajetos percorridos pelos usuários para acessar a rede sanitária. Municípios menores são extremamente dependentes da rede de serviço do polo regional e da capital estadual. O transporte de usuários, à exceção de emergências, é feito por via fluvial com maior tempo e maior custo em relação à via terrestre. O ciclo vazante-cheia também interfere no tempo, no custo e nos agravos prevalentes. Identificamos alguns pontos de tensão entre o instituído normativamente para conformação das regiões de saúde e a realidade regional. Promover saúde na Amazônia passa inevitavelmente pela adaptação e pela resiliência do sistema de saúde no diálogo com as características do território e dos fluxos dos usuários.(AU)
This article describes how the characteristics of the Amazon floodplain affect the organization of local health systems. We chose a region in the west of the state of Amazonas which is characteristic of this situation. We interviewed local health managers and mapped the routes taken by users to access health services. Smaller municipalities are extremely dependent on services in the regional hub and capital of the state. Patients, except emergency patients, are transported via waterways, resulting in longer travel times and higher costs than land routes. The seasonal flooding cycle also affects travel times, costs and prevalent health problems. We identified some points of tension between the rules and regulations governing the configuration of local health regions and the regional reality. Promoting health in the Amazon inevitably requires the health system to adapt and be resilient to local geographical characteristics and patient flows.(AU)
Describimos cómo la organización del sistema de salud se ve afectada por las características de la vega amazónica. Elegimos una región del oeste del Estado de Amazonas que caracteriza bien ese escenario. Entrevistamos a gestores de salud y mapeamos los trayectos recorridos por los usuarios para tener acceso a la red sanitaria. Los municipios menores son extremadamente dependientes de la red de servicio del polo regional y de la capital del estado. El transporte de usuarios, a no ser en casos de emergencia, se realiza por vía fluvial con mayor tiempo y costo con relación a la vía terrestre. El ciclo subida y bajada de las aguas también interfiere en el tiempo, costos y problemas prevalentes. Identificamos algunos puntos de tensión entre lo instituido normativamente para conformación de las regiones de salud y la realidad regional. La promoción de la salud en la Amazonia pasa inevitablemente por la adaptación y resiliencia del sistema de salud en el diálogo con las características del territorio y de los flujos de los usuarios.(AU)
Subject(s)
Humans , Unified Health System , Rural Health Services , Health Services Accessibility , Brazil , Interview , Amazonian EcosystemABSTRACT
ABSTRACT: Objective: To present the methodological aspects of the Brumadinho Health Project and to describe the epidemiological profile of participants in the baseline cohort. Methods: Prospective, population-based cohort study in a representative sample of residents (aged 12 and over) of Brumadinho, Minas Gerais, after a mining tailings dam failure. Information for the baseline was collected in 2021, two years after the mining tailings dam collapsed, including sociodemographic, health and service use aspects, among others. Prevalence estimates of health outcomes were described in Brumadinho, as well as in the Metropolitan Region of Belo Horizonte and Minas Gerais, using data from the 2019 National Health Survey. All analyses were performed in the software Stata 17.0, considering the sampling weights and design effect. Results: 3,080 (86.4%) residents participated in the study, most of them being females (56.7%) and with a mean age of 46.1 years. The diseases more frequently reported were arterial hypertension (30.1%), high cholesterol (23.1%) and depression (22.5%), similarly to what was observed in the Metropolitan Region of Belo Horizonte and Minas Gerais, although the prevalence in Brumadinho was higher. At least one medical appointment and one hospitalization occurred in 75.2% and 9.4% of residents in the past year, respectively. Conclusion: It is important to monitor health, physical and mental conditions of residents after the occurrence of a disaster of this magnitude. This information can contribute with risk management of these processes, not only in the affected municipality, but also in other areas where populations are at risk of major disasters.
RESUMO: Objetivo: Apresentar os aspectos metodológicos do Projeto Saúde Brumadinho e descrever o perfil epidemiológico dos participantes da linha de base da coorte. Métodos: Coorte prospectiva, de base populacional, em amostra representativa dos residentes (12 anos ou mais de idade) de Brumadinho, Minas Gerais, após rompimento de barragem de rejeitos de mineração. As informações para a linha de base foram coletadas em 2021, dois anos após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração, incluindo aspectos sociodemográficos, de saúde, uso de serviços, entre outros. Foram descritas prevalências de desfechos em saúde em Brumadinho, bem como na região metropolitana de Belo Horizonte e em Minas Gerais, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Todas as análises foram realizadas no Stata 17.0, considerando-se os pesos amostrais e o efeito de delineamento. Resultados: Participaram 3.080 (86,4%) moradores, sendo a maioria do sexo feminino (56,7%) e com média de idade de 46,1 anos. As doenças referidas mais frequentes foram hipertensão arterial (30,1%), colesterol alto (23,1%) e depressão (22,5%). Pelo menos uma consulta médica e uma hospitalização no último ano ocorreram em 75,2% e 9,4% dos entrevistados, respectivamente. Conclusão: É importante o monitoramento das condições de saúde, físicas e mentais, após ocorrência de um desastre dessa magnitude. Esse conhecimento poderá contribuir para a gestão de risco desses processos não só no município atingido, mas em outras áreas nas quais as populações estão sob risco de grandes desastres.
ABSTRACT
ABSTRACT: Between 2015 and 2019, Brazil recorded the two most serious disasters involving mining dams of the 21st century. The purpose of this article is to offer an understanding of these disasters as systemic risks. They involve from global and national processes related to social determinants that materialize in a complex system of dams distributed throughout the country with their intrinsic risks. When they occur, result in a set of impacts with potential damage and immediate effects combined with secondary and tertiary impacts that can trigger chain reactions, which promote risk factors of heterogeneous and complex occurrence. Approaching these events from the point of view of systemic risk allows for a broader understanding of both the singularity of each of these disasters and their multiple exposure, risk and disease processes, as well as the structural characteristics in which social, political processes and dynamics and economic factors reproduce in multiple territories a common pattern of disasters and their effects. We conclude that the promotion of population health and sustainable territories should guide the organization of production processes and not the opposite, with the externalization of human, environmental and social costs of mining and its disasters.
RESUMO: Entre 2015 e 2019, o Brasil registrou os dois mais graves desastres envolvendo barragens de mineração do século XXI. O objetivo deste artigo é oferecer a compreensão desses desastres como riscos sistêmicos, que envolvem desde processos globais e nacionais relacionados aos determinantes sociais que se concretizam em um complexo sistema de barragens distribuídas pelo País com seus riscos intrínsecos. Quando ocorrem, resultam em um conjunto de impactos com potencial de danos e efeitos imediatos combinados com impactos secundários e terciários que podem desencadear reações em cadeia, promovendo fatores de riscos de ocorrência heterogênea e complexa. Abordar esses eventos com base no conceito de risco sistêmico permite uma compreensão mais ampla tanto da singularidade de cada um desses desastres e seus múltiplos processos de exposição, riscos e doenças, como também das características estruturais com que os processos e dinâmicas sociais, políticas e econômicas reproduzem, em múltiplos territórios, um padrão comum de desastres e seus efeitos. Concluímos que a promoção da saúde da população e de territórios sustentáveis deve orientar a organização dos processos produtivos e não o contrário, com a externalização dos custos humanos, ambientais e sociais da mineração e seus desastres.
ABSTRACT
The Brazilian Amazon is far from being a homogeneous area. There are various forms of occupation and livelihood in the area that have in common a daily life deeply marked by interaction with the natural environment. Highlighting some elements of Boaventura de Souza Santos' social theory, this paper discusses how the problem of a linear timeline and the dominant scale in hegemonic thinking has served to leave the Amazonian territories outside the scope of inclusion in public health planning. It further points out that in order to engender 'post-abyssal' thinking in the SUS for the region inevitably requires the redefinition of the economic role of the region and an inclusive social development framework with the Brazilian Amazon, and not irrespective of it. Lastly, the possibility that the local SUS should be based on a three-pronged approach, not exclusively urban-centered, which considers its territorial extension, population density and the ways in which access to health services takes place.
A Amazônia brasileira não é um espaço homogêneo, nela subsistem diversas formas de ocupação que em comum têm cotidianos profundamente marcados pela interação com o meio natural. Destacando alguns elementos da teoria social de Boaventura de Souza Santos, o artigo discute como o problema do tempo linear e da escala dominante no pensamento hegemônico vem servindo para invisibilizar os territórios amazônicos na organização das ações públicas de saúde. Aponta ainda que consolidar um SUS pós-abissal na região passa inevitavelmente por uma repactuação do papel econômico e desenvolvimento social inclusivo com a Amazônia, e não apesar dela. Por fim, reflete se a construção do SUS local deveria se basear em um tripé, não exclusivamente urbano-centrado, que considere sua extensão territorial, densidade populacional e vias pelas quais os fluxos de acesso aos serviços de saúde acontecem.
Subject(s)
Government Programs , Public Health , Brazil , Humans , Social Change , Social TheoryABSTRACT
The COVID-19 pandemic poses one of this century's greatest public health challenges, with impacts on the health and living conditions of populations worldwide. The literature has reported that the pandemic affects the hegemonic food system in various ways. In Brazil, the pandemic amplifies existing social, racial, and gender inequalities, further jeopardizing the Human Right to Adequate Food (HRAF) and the attainment of food and nutritional security, especially among more vulnerable groups. In this context, the article aims to analyze the first measures by the Brazilian Federal Government to mitigate the pandemic's effects and that may have repercussions on food and nutritional security, considering the recent institutional changes in policies and programs. A narrative literature review was performed, and the information sources were the bulletins of the Center for Coordination of Operations by the Crisis Committee for Supervising and Monitoring the Impacts of COVID-19 and homepages of various government ministries, from March to May 2020. The actions were systematized according to the guidelines of the National Policy for Food and Nutritional Security. The analysis identified the creation of institutional crisis management arrangements. The proposed actions feature those involving access to income, emergency aid, and food, such as authorization for food distribution outside schools with federal funds from the National School Feeding Program. However, the setbacks and dismantlement in food and nutritional security may undermine the Federal Government's capacity to respond to COVID-19.
A pandemia por COVID-19 representa um dos maiores desafios da saúde pública deste século, causando impactos na saúde e nas condições de vida das populações em todo o mundo. Tem sido apontado pela literatura que a pandemia afeta de diversas formas o sistema alimentar hegemônico. No Brasil, a pandemia amplifica as desigualdades sociais, raciais e de gênero já existentes, comprometendo ainda mais a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e a concretização da segurança alimentar e nutricional, especialmente entre os mais vulneráveis. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo analisar as primeiras ações, em âmbito federal, do governo brasileiro para a mitigação dos efeitos da pandemia que podem repercutir na segurança alimentar e nutricional, considerando as recentes mudanças institucionais das políticas e programas. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura e utilizado como fontes de informação os boletins do Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19 e homepages de ministérios setoriais, de março a maio de 2020. As ações foram sistematizadas segundo as diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Foi identificada a criação de arranjos institucionais para o gerenciamento da crise. Dentre as ações propostas, destacam-se aquelas relacionadas ao acesso à renda, como o auxílio emergencial, e a alimentos, como a autorização para a distribuição de alimentos fora do ambiente escolar com os recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar. No entanto, os retrocessos e desmontes na área de segurança alimentar e nutricional podem comprometer a capacidade de resposta do Governo Federal no contexto da COVID-19.
La pandemia por COVID-19 representa uno de los mayores desafíos de la salud pública de este siglo, causando impactos en la salud y condiciones de vida de las poblaciones en todo el mundo. Se ha señalado por parte de la literatura que la pandemia afecta de diversas formas el sistema alimentario hegemónico. En Brasil, la pandemia amplifica las desigualdades sociales, raciales y de género ya existentes, comprometiendo todavía más la garantía del Derecho Humano a la Alimentación Adecuada (DHAA) y la concretización de la seguridad alimentaria y nutricional, especialmente entre los más vulnerables. En este contexto, el objetivo de este artículo es analizar las primeras acciones, en el ámbito federal, del gobierno brasileño para la mitigación de los efectos de la pandemia que puedan repercutir en la seguridad alimentaria y nutricional, considerando los recientes cambios institucionales de las políticas y programas. Se realizó una revisión narrativa de la literatura y se utilizaron como fuentes de información los boletines del Centro de Coordinación de Operaciones del Comité de Crisis para la Supervisión y Monitoreo de los Impactos de la COVID-19 y homepages de ministerios sectoriales, de marzo a mayo de 2020. Las acciones se sistematizaron según las directrices de la Política Nacional de Seguridad Alimentaria y Nutricional. Se identificó la creación de soluciones institucionales para la gestión de la crisis. Entre las acciones propuestas, se destacan aquellas relacionadas con el acceso a la renta, como el apoyo de emergencia, y de alimentos, como la autorización para la distribución de alimentos fuera del ambiente escolar con los recursos federales del Programa Nacional de Alimentación Escolar. No obstante, los retrocesos y recortes en el área de seguridad alimentaria y nutricional pueden comprometer la capacidad de respuesta del Gobierno Federal en el contexto de la COVID-19.
Subject(s)
Coronavirus Infections/epidemiology , Food Supply/statistics & numerical data , Nutrition Policy , Pandemics , Pneumonia, Viral/epidemiology , Resource Allocation/statistics & numerical data , Betacoronavirus , Brazil , COVID-19 , Federal Government , Health Services Accessibility , Humans , Nutritional Status , Public Health , Public Policy , SARS-CoV-2 , Vulnerable PopulationsABSTRACT
Natural disasters result in impacts on the population's health, damage to healthcare establishments, and, in extreme situations, the health systems' breakdown. National and global trends show an increase in the frequency of disasters associated with climate change. This article aims to analyze the impacts and economic costs of natural disasters for healthcare establishments, identifying the most frequent and costly types and distribution across the Brazilian territory, based on data recorded in Brazil's Integrated Disaster Information System (S2ID) from 2000 to 2015. A total of 15,950 records were systematized and analyzed, of which only 29.4% of the events showed records of costs, totaling nearly BRL 4 billion. Climate disasters were the most frequent, but they did not account for the highest costs. In the cost per event ratio, the costs of hydrological disasters were 3.2 to 3.6 higher than for climate and geologic disasters. Pernambuco, Amazonas, and Santa Catarina were the states with highest total costs in millions of Brazilian reais. The North region, especially the state of Acre, had the highest cost per disaster. Despite the study's limitations (involving the records' quality), the data should be viewed as the tip of an iceberg, since the impacts go beyond the economic damages, impacting the infrastructure and resources that support services, compromising their capacity precisely when the population most needs health services.