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1.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 183-183, abr-jun., 2021. ilus.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1284487

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: As fístulas de artérias coronárias (FAC) são anomalias congênitas ou adquiridas caracterizadas por conexões entre as coronárias e câmaras cardíacas ou outras estruturas vasculares, com incidência de 0,1 a 0,2% em todos os pacientes submetidos à cineangiocoronariografia (CINE). Apesar de poderem se originar a partir das duas artérias coronárias, as fístulas comumente se originam da artéria coronária direita. A maioria dos pacientes permanecem assintomáticos, porém, quando hemodinamicamente significativas, as fístulas podem desencadear sintomas relacionados ao shunt ou alto débito, com o desenvolvimento de isquemia, insuficiência cardíaca ou Síndrome Coronariana Aguda (SCA) em pacientes sem lesões obstrutivas. RELATO DE CASO: E.M.G, 49 anos, masculino, hipertenso, diabético e dislipidêmico, encaminhado ao nosso serviço após dor torácica de forte intensidade associada à curva de troponina positiva (180 > 307 > 263 > 84 ng/ ml), com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM). Apresentava eletrocardiograma sem alterações e CINE sem lesões obstrutivas, porém com evidência de fístula de artéria descendente anterior (ADA) para artéria pulmonar de fluxo moderado. Permaneceu assintomático após o evento, sendo submetido à prova funcional que não demonstrou isquemia, a despeito de teste de esforço máximo. Realizado Heart Team para discussão do caso que, diante de ausência de sintomas e de isquemia em teste funcional, optou por tratamento clínico e seguimento ambulatorial. DISCUSSÃO: Paciente com diagnóstico de IAM submetido à CINE que, apesar de alta probabilidade de doença arterial coronária, não demonstrou lesões obstrutivas. Entretanto, foi evidenciada fístula de ADA para artéria pulmonar de fluxo moderado, sendo atribuída a etiologia do infarto à fístula. As FAC, apesar de raras, possuem relevância clínica devido ao mecanismo de roubo de fluxo coronário, levando à isquemia na ausência de lesões obstrutivas. (Figura 1) Não existe consenso a respeito do tratamento, seja ele percutâneo ou cirúrgico. Em pacientes submetidos à cirurgia, SCA pode ocorrer em 11% dos casos durante o pós-operatório. Desta forma, o tratamento clínico geralmente é a primeira opção, com o fechamento da fístula indicado para casos em que é observado alto fluxo, sintomatologia exuberante ou disfunção ventricular. CONCLUSÃO: Fístulas de artérias coronárias são anomalias raras e na maioria das vezes assintomáticas, entretanto, podem ser causa de SCA em pacientes adultos jovens. Avaliação do manejo terapêutico é essencial para reduzir risco de eventos cardiovasculares futuros.


Subject(s)
Humans , Male , Middle Aged , Arterio-Arterial Fistula , Heart Defects, Congenital , Myocardial Infarction
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