ABSTRACT
Tumores pigmentados localizados sobre o disco óptico são raros e representam desafio diagnóstico. Paciente masculino, 60 anos, apresenta baixa da acuidade visual no olho esquerdo devido à lesão pigmentada que cobre o disco óptico. Foi indicada a enucleação com recusa pelo paciente. O quadro evoluiu com descolamento de retina. Examinado em outro serviço teve indicação de vitrectomia também recusada. Retorna aos nossos cuidados; feita a enucleação o diagnóstico anatomopatológico revelou melanoma maligno da coróide com invasão pós-laminar do nervo óptico. A importância prognóstica da invasão do nervo óptico por melanoma da coróide ainda não está totalmente esclarecida. Embora raro, tumor pigmentado cobrindo o nervo óptico pode representar melanoma maligno. O diagnóstico diferencial destes casos é geralmente difícil, porém seu reconhecimento à ultra-sonografia ocular é patente e descolamento de retina associado é sinal de atividade tumoral. Os riscos de disseminação da doença exigem atenção na suspeita diagnóstica e conduta precisa.
Subject(s)
Humans , Male , Middle Aged , Choroid Neoplasms , Melanoma , Optic Nerve/pathology , Neoplasm Invasiveness , Retinal Detachment , Visual AcuityABSTRACT
Objetivo: Relatar caso de extrusão parcial espontânea de placa de translucência focal senil de esclera calcificada. Método: Relato de caso de mulher de 75 anos, encaminhada com suspeita de tumor conjuntival, apresentando lesão leucoplástica em esclera, localizada anteriormente à inserção do músculo reto medial do olho esquerdo causando sensação de corpo estranho; instituindo-se tratamento por exérse e enxerto escleral. O exame histopatológico revelou tecido conjuntivo fibroso com calcificação. Conclusão: A extrusão de placa de translucência senil de esclera deve ser considerada no diagnóstico diferencial dos tumores epibulbares.
Subject(s)
Humans , Male , Aged , Scleral Diseases/diagnosis , Eye Neoplasms/pathology , Eye Neoplasms/surgeryABSTRACT
Penfigóide Ocular Cicatricial é uma doença crônica, progressiva e auto-imune das membranas mucosas. Neste estudo acompanhou-se 15 pacientes submetidos à terapia imunossupressora por um período médio de 13 meses. A resposta ao tratamento foi avaliada em relaçäo à diminuiçäo da atividade inflamatória e parada da progressäo da doença. O diagnóstico foi tardio: 69 por cento dos pacientes apresentaram visäo pior que 20/200 e 86 por cento estavam em estágios avançados da doença no exame inicial. Resposta clínica ao tratamento inicial com Dapsone foi observada na maioria dos pacientes. Em 3 casos foi necessária a substituiçäo por methotrexate. Em um paciente iniciou-se o tratamento com ciclofosfamida devido à intensidade inflamatória do quadro ocular. A imunodepressäo sistêmica é o tratamento de escolha para penfigóide, porém deve ser feita por médicos treinados, já que säo drogas potencialmente letais