Subject(s)
Heart Transplantation , Kidney Transplantation , Humans , Latin America , Liver , Tissue DonorsABSTRACT
A administração de substancias no espaço peridural capazes de interferir no funcionamento de mecanismos nociceptivos modulando ou abolindo a percepção da dor foi descrita em 1885 pelo neurologista James Leonard Corning. O que se sucedeu a essa descrição foi o surgimento de uma modalidade anestésica que se provaria capaz de reduzir complicações pós-operatórias, respiratórias, circulatórias e gastrointestinais além de promover analgesia de alta eficiência. No século que sucedeu sua descoberta, o desenvolvimento de anestésicos locais com toxicidade sistêmica reduzida e de opiódes de alta potencia tornaram a analgesia peridural uma prática segura e amplamente consagrada na literatura. Os avanços na compreensão da fisiopatologia envolvida na gênese da dor no período perioperatório levaram a descoberta de fármacos adjuvantes capazes de promover analgesia peridural por mecanismos não relacionados aos anestésicos locais e aos opióides tornando possível uma abordagem multimodal a dor. O desenvolvimento de cateteres peridurais e bombas de infusão de alta precisão tornaram possível a administração continua de medicamentos ao espaço peridural no período perioperatório.
O presente trabalho tem como objetivo avaliar os benefícios da analgesia peridural no período perioperatório. Serão apresentadas as principais evidências que justificam o uso da técnica além das possibilidades farmacológicas descritas para sua realização. Palavras chaves: analgesia pós-operatória, morbidade, complicações, analgesia peridural