ABSTRACT
INTRODUÇÃO: O advento das técnicas de modificação de substrato e dos cateteres de mapeamento multieletrodos ampliou o espectro de taquicardias ventriculares (TVs) mapeáveis. O mapeamento de alta definição proporcionou melhor agilidade, eficiência e resultados da ablação de TVs na população não chagásica. No entanto, o papel do mapeamento de potenciais diastólicos ainda não foi estudado na miocardiopatia chagásica, que apresenta desafios eletrofisiológicos peculiares. Este estudo tem como objetivo avaliar a frequência de mapeamento dos potenciais diastólicos e seu impacto na recorrência de TV em pacientes chagásicos submetidos à ablação. MÉTODOS: De um total de 56 pacientes submetidos a ablação de taquicardia ventricular cicatricial em nossa instituição no período de outubro de 2020 a outubro de 2023, foram analisados 36 pacientes portadores de miocardiopatia chagásica com seguimento mínimo de 1 ano. A ablação por radiofrequência foi direcionada às regiões com potenciais diastólicos, seguida pela modificação do substrato, com mapeamento epicárdico e endocárdico em todos os pacientes. Os desfechos a longo prazo foram correlacionados com a capacidade de mapear potenciais diastólicos. RESULTADOS: Foram induzidas 70 TVs no total, das quais 30 (42,9%) eram hemodinamicamente instáveis. O mapeamento da fase diastólica foi obtido em 46 TVs (65,7%). Dos 36 pacientes analisados, potenciais diastólicos foram identificados em 27 (75%) pacientes. Entre estes, 5 (18,5%) apresentaram recorrência de TV. Em contraste, dos 8 (22,2%) pacientes em que não foi possível identificar potenciais diastólicos, 2 (25%) apresentaram recorrência. CONCLUSÃO: Nesse estudo, o mapeamento dos potenciais diastólicos foi viável em uma proporção significativa de pacientes portadores de miocardiopatia chagásica e foi associado a menores taxas de recorrência de taquicardia ventricular.
Subject(s)
Chagas Cardiomyopathy , Tachycardia, Ventricular , Epicardial Mapping , Radiofrequency AblationABSTRACT
INTRODUÇÃO: A abordagem de síncope em pacientes com doença de Chagas (DC) e distúrbios da condução intraventricular (DCI) representa um desafio. Embora o estudo eletrofisiológico (EEF) seja uma ferramenta diagnóstica nessa situação, a evidência para sua utilização necessita elucidações. Este estudo analisou retrospectivamente os desfechos a longo prazo de pacientes com DC que apresentaram síncope inexplicada e DCI que realizaram EEF. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo de 32 pacientes com DC e DCI que apresentaram síncope inexplicada e realizaram EEF em nossa instituição entre maio de 2013 e setembro de 2019. Pacientes com intervalo HV maior que 70ms foram submetidos a implante de marcapasso, enquanto aqueles com taquicardia ventricular sutentada (TVS) induzida no EEF receberam o cardiodesfibrilador implantável. O acompanhamento clínico foi realizado até agosto de 2024 e avaliou a progressão do DCI para bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo 2 (BAV2G) ou bloqueio atrioventricular total (BAVT), bem como episódios de TVS. RESULTADOS: Amédia de idade foi de 60,3 anos, 14 pacientes (43,8%) do sexo feminino e a fração de ejeção média foi de 47,8%. Um total de 8 pacientes (25%) apresentou intervalo HV maior que 70ms, e 3 desses (37,5%) evoluíram para BAVT ou BAV2G. Entretanto, 22 pacientes (68,8%) tiveram intervalo HV menor que 70ms e 1 paciente (4,5%) evoluiu para BAV avançado. Treze pacientes (40,6%) apresentaram TVS ou fibrilação ventricular durante o EEF. Destes 13 pacientes, 6 (46,2%) apresentaram episódios de TVS no seguimento. O restante, 19 pacientes (59,4%), não apresentaram TVS durante o EEF, mas 3 (15,8%) apresentaram episódios de TVS durante o acompanhamento. Três pacientes (9,4%) faleceram devido a insuficiência cardíaca no seguimento. CONCLUSÃO: Esse estudo sugere que a aferição do intervalo HV e a indução de TVS durante o EEF podem auxiliar na estratificação de risco dos pacientes portadores de DC com DCI que apresentam síncope inexplicada. No entanto, mais estudos são necessários para esclarecer os benefícios a longo prazo dessa abordagem nesta população.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Chagas Disease , Electrophysiologic Techniques, Cardiac , Pacemaker, Artificial , Syncope , Tachycardia, VentricularABSTRACT
INTRODUÇÃO: Quadros de síndrome de QT longo (SQTL) são responsáveis pela maioria dos casos de morte súbita (MS) em coração estruturalmente normal. Desde sua descrição inicial na forma autossômica dominante, o diagnóstico e novas variantes encontram-se em evolução. O avanço da medicina de precisão e o maior uso do Exoma, evidencia cada vez mais quadros de overlap entre doenças elétricas e miocárdicas genéticas. Mutações no LMNA associam-se à miocardiopatia dilatada, MS por arritmia ventricular, bradicardia e bloqueio atrioventricular avançado. Mutações no TTN também se associam à miocardiopatia dilatada. Até o momento, esses genes não estão associados à SQTL. OBJETIVO: Relatar caso em criança com fenótipo de SQTL, escore de Schwartz de alta probabilidade e mutações provavelmente patológicas nos genes LMNA e TTN na ausência de miocardiopatia dilatada. RELATO DO CASO: Masculino, 7 anos, sem história de MS familiar, com transtorno do espectro autista - TEA, sem queixas cardiológicas. Em avaliação pré-uso de medicação para TEA observou prolongamento do QTc e bradicardia (Tabela de Davignon). Apresentava QTc 563 ms e FC variável (70 a 100) em diversas avaliações eletrocardiográficas. O escore de Schwartz atribuído foi de 3,5. A avaliação ecocardiográfica e eletromiográfica não evidenciou doença cardíaca ou muscular. A avaliação genética por Exoma evidenciou variante provavelmente patogênica no LMNA(associada à miocardiopatia dilatada e distrofia muscular) e TTN (associada à cardiomiopatia hipertrófica e distrofia muscular). Receitado propranolol 3 mg kg dia, espironolactona 1 mg kg dia e reposição de magnésio 50 mg kg dia. Afamília foi orientada sobre sinais de alarme, medicações que prolongam o QTc e receberá treinamento de suporte básico de vida. Aavaliação genética familiar está em andamento. CONCLUSÃO: 1) ASQTL apresenta amplo espectro clínico e genético e seus estudos seguem em constante evolução 2) Novas variantes genéticas são possíveis e quadros de overlap se tornarão cada vez mais frequentes com a evolução e popularização da medicina de precisão 3) A abordagem do paciente deve ser multidisciplinar e incluir orientação genética, farmacológica, psicológica e treinamento em RCPpara adultos próximos à criança.
Subject(s)
Humans , Male , Child , Arrhythmias, Cardiac , Long QT Syndrome , Autism Spectrum Disorder , Genes , MutationABSTRACT
INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia arritmogênica (CA) é uma doença hereditária associada a arritmias ventriculares e risco de morte súbita (MS). Caracteriza-se pela infiltração fibrogordurosa do miocárdio, mutações em genes ligados aos desmossomos, sendo mais comum a apresentação no ventrículo direito (VD) acompanhada de arritmias ventriculares. RELATO DE CASO: Homem, 52 anos, sem história de doença prévia, teve internação recente em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido à palpitações intensas secundárias à taquicardia ventricular sustentada (TV) com padrão de bloqueio de ramo direito concordante de V1 a V6 e eixo desviado para direita. Tratado com amiodarona endovenosa e liberado com propranolol apenas. Recorreu com palpitações 10 dias após quando procurou pronto socorro de hospital terciário, sendo internado para investigação. Não apresentou TV nessa internação. Os exames evidenciaram: Eletrocardiograma: Ritmo sinusal, área eletricamente inativa em parede inferior, baixa voltagem em plano frontal; Ecocardiograma: fração de ejeção 60%, sem alterações segmentares ou valvares.Angiotomografia coronariana sem lesões obstrutivas. Estudo eletrofisiológico, com estimulação em ápice e base de VD, sem indução de arritmias (procedimento realizado pois até então havia apenas relato de TV na UPA). Ressonância cardíaca mostrou VE com hipocinesia em regiões lateral e apical; sinais de infiltração gordurosa no septo, regiões lateral e apical; realce tardio com padrão ring-like com localização mesoepicárdica, que envolvia pelo menos 3 segmentos contíguos no mesmo corte de eixo curto e pontos isolados do VD; área de realce de 22g (22% do VE). Foi definida conduta com introdução de metoprolol e amiodarona, coleta de teste genético do paciente e familiares imediatos e indicado implante de CDI. Planejou-se ablação de TV caso apresentasse recorrência. No momento, em evolução clínica sem novos eventos. DISCUSSÃO: O paciente em questão preenche critério pelo algoritmo de Pádua 2020 para CA. Essa cardiopatia corresponde a 11% dos casos de MS e, o envolvimento predominante do VE ocorre em apenas 5% dos casos. O padrão ring- -like encontrado têm sido associado a maior probabilidade de eventos arrítmicos potencialmente fatais na CA. Trata-se de desafio diagnóstico pela sua relativa baixa prevalência, mas com importantes implicações prognósticas e terapêuticas, sendo essencial perseguir o diagnóstico etiológico da miocardiopatia, particularmente pelas características eletrocardiográficas da TV em paciente jovem, além de complementar com a investigação dos familiares.
Subject(s)
Ventricular Dysfunction, Left , CardiomyopathiesABSTRACT
INTRODUÇÃO: A diminuição do retorno venoso é o mecanismo pivotal para o desencadeamento do reflexo vasovagal em pacientes com síncope reflexa. Programas de condicionamento físico (PCF) têm se mostrado promissores para diminuição da recorrência de eventos, possivelmente, pela melhoria do retorno venoso. Entretanto, PCF são caros e pouco acessíveis. O uso do mat Pilates por telemedicina (MPT) pode facilitar a disponibilidade desse tratamento. OBJETIVOS: Avaliar a recorrência de síncope/pré-síncope em pacientes com síncope vasovagal (SVV) submetidos a MPT; avaliar a segurança do MPT no tratamento da SVV. METODOLOGIA: Foram incluídos pacientes de 18 a 65 anos, com diagnóstico de SVV e pelo menos 1 episódio de síncope ou 2 de pré-síncope nos últimos 3 meses, do ambulatório de síncope da Universidade Federal de São Paulo e da seção de eletrofisiologia e arritmias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, entre março de 2022 e julho de 2023. Foram excluídos pacientes com evidência de doença cardíaca estrutural, doenças crônicas e com impossibilidade de horário. O MPT possuiu 36 sessões síncronas. Foram realizadas 3 sessões semanais, em grupos de até 3 pessoas, com 1 hora de duração. As fichas clínicas com parâmetros hemodinâmicos, eventos adversos e bem-estar foram preenchidas a cada sessão. O diário de síncope foi preenchido durante 90 dias. A avaliação de qualidade de vida WHOQOL-bref foi aplicado no início e fim do estudo. Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (CEP: 5.731.062). Foi considerado nível de significância <5%. RESULTADOS: Foram selecionados 229 pacientes, sendo excluídos 27% por doença cardíaca estrutural ou doenças crônicas, 55% por idade, 13% por indisponibilidade, dos quais 11 foram elegíveis e 9 concluíram o estudo. A redução na recorrência de síncope/pré-síncope foi observada após 45 dias de MPT quando comparado com o primeiro período (5,78±2,54 versus 4,00±3,57, p=0,035), gráfico 1. O WHOQOL-bref não apresentou diferença significativa. A assiduidade foi de 86%. Nenhum evento adverso foi observado durante o protocolo. CONCLUSÃO: O MPT reduziu o número de recorrências de SVV. O uso do MPT foi seguro para o tratamento dos pacientes na amostra estudada
Subject(s)
Exercise Movement TechniquesABSTRACT
INTRODUÇÃO: Intervenções para o tratamento da obesidade, incluindo a mudança de hábitos de vida, que incluam a melhora de hábitos alimentares, de sedentarismo e de saúde mental, são evidenciados como benéficos para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e melhora da função autonômica do coração. OBJETIVO: Avaliar a efetividade de um programa de reeducação alimentar e melhoria de qualidade de vida sobre os indicadores de adesão às orientações dietéticas, o estilo de vida, variáveis antropométricas e a função autonômica do coração. MÉTODOS: Pacientes com obesidade de ambos os sexos, encaminhados a um ambulatório de nutrição de um Instituto de Cardiologia para emagrecimento, foram acompanhados mensalmente, durante 3 meses. Foram aplicados dois questionários para avaliar as mudanças no estilo de vida (IPAQ-versão reduzida e PHQ-9), e foi realizado o eletrocardiograma para avaliação da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), antes e após o período de acompanhamento. ESTATÍSTICA: As variáveis categóricas foram expressas como frequência e comparadas pelo teste do Qui-quadrado. As variáveis numéricas foram expressas como média ± EPM e intervalo de 95% de confiança de Wald, foram usadas equações de estimação generalizadas (EEG). Todos os testes estatísticos foram bicaudais e o nível de significância adotado foi P< 0,05. RESULTADOS: Foram avaliados 24 pacientes com obesidade (IMC > 30kg/ m2 ), com idade média de 62 anos (min máx: 42 80 anos, DP: 10 anos). A adesão aos hábitos alimentares saudáveis teve aumento médio de 21,3% para 66,5% (P< 0,001). O IPAQ demonstrou que, ao final do estudo houve aumento da prática de atividade física (P=0,023), e houve redução significativa no escore de PHQ-9 após a intervenção (P=0,022), indicando melhora na saúde mental dos pacientes. Notou-se que o programa de intervenção foi eficaz em reduzir significativamente o peso corporal (média de 5,4%) comparado ao período basal (P=0,043), IMC (P=0,029) e a circunferência da cintura (P=0,031). Foi identificada existência de associação entre a variação de perda de peso e de diminuição do IMC com as variabilidades observadas nos componentes do domínio da frequência, tanto entre os indivíduos adultos (P=0,003), quanto entre indivíduos idosos (P=0,034). CONCLUSÕES: A intervenção em qualidade de vida e reeducação alimentar utilizada no presente estudo foi capaz de promover a melhora tanto na saúde mental quanto o aumento da atividade física dos pacientes, redução dos parâmetros antropométricos e a melhora na VFC, especificamente nos componentes do domínio da frequência.
ABSTRACT
BACKGROUND: Investigation of syncope involves the use of electrophysiological study, particularly in patients with cardiac conduction disorder. There is conflicting evidence about the role of electrophysiological study in patients with Chagas disease. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate the electrophysiological study findings in patients with Chagas disease and bundle branch block and/or divisional block presenting with syncope. METHODS: This is a retrospective study of patients with Chagas disease and cardiac conduction disorder who underwent electrophysiological study from 2017 to 2021 for the investigation of syncope in a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. Those with non-interpretable ECG, known coronary artery disease, and/or other cardiomyopathies were excluded. HV interval and electrophysiological study-induced malignant ventricular arrhythmias data were analyzed. RESULTS: A total of 45 patients (60.2±11.29 years, 57.8% males) were included. The mean HV interval was 58.37 ms±10.68; 22.2% of the studied population presented an HV interval of ≥70 ms; and malignant ventricular arrhythmias were induced in 57.8% patients. The use of beta-blockers and amiodarone (p=0.002 and 0.036, respectively), NYHA functional class≥II (p=0.013), wide QRS (p=0.047), increased HV interval (p=0.02), Rassi score >6.5 (p=0.003), and reduced left ventricular ejection fraction (p=0.031) were associated with increased risk of inducible malignant ventricular arrhythmias. CONCLUSION: More than half of the patients with Chagas disease, syncope, and cardiac conduction disorder have inducible malignant ventricular arrhythmias. Prolonged HV interval was observed in only 20% of population. Wide QRS, prolonged HV, reduced ejection fraction, and higher Rassi score were associated with increased risk of malignant ventricular arrhythmias.
Subject(s)
Chagas Disease , Ventricular Function, Left , Male , Humans , Female , Retrospective Studies , Stroke Volume , Brazil/epidemiology , Arrhythmias, Cardiac/complications , Bundle-Branch Block/complications , Syncope/etiology , Chagas Disease/complications , Electrocardiography/adverse effectsABSTRACT
INTRODUÇÃO: A diminuição do retorno venoso é o mecanismo pivotal para o desencadeamento do reflexo vasovagal em pacientes com síncope reflexa. Programas de condicionamento físico (PCF) têm se mostrado promissores para diminuição da recorrência de eventos, possivelmente, pela melhoria do retorno venoso. Entretanto, PCF são caros e pouco acessíveis. O uso do mat Pilates por telemedicina (MPT) pode facilitar a disponibilidade desse tratamento. OBJETIVOS: Avaliar a recorrência de síncope/ pré-síncope em pacientes com síncope vasovagal (SVV) submetidos a MPT; avaliar a segurança do MPT no tratamento da SVV. METODOLOGIA: Foram inclusos pacientes de 18 a 65 anos, com diagnóstico de SVV e pelo menos 1 episódio de síncope ou 2 de pré-síncope nos últimos 3 meses, do ambulatório de síncope da UNIFESP e da seção de eletrofisiologia e arritmias do IDPC, entre março de 2022 e julho de 2023. Foram excluídos pacientes com evidência de doença cardíaca estrutural (DCE), doenças crônicas (DCR) e com impossibilidade de horário. O MPT possuiu 36 sessões síncronas. Foram realizadas 3 sessões semanais, em grupos de até 3 pessoas, com 1 hora de duração. As fichas clínicas com parâmetros hemodinâmicos, eventos adversos e bemestar foram preenchidas a cada sessão. O diário de síncope foi preenchido durante 90 dias. O questionário WHOQOL foi aplicado no início e fim do estudo. Todos os pacientes assinaram o TCLE (CEP: 5.731.062). Foi considerado nível de significância <5%. RESULTADOS: Foram selecionados 229 pacientes, sendo excluídos 27% por DCR ou DCE, 55% por idade, 13% por indisponibilidade, dos quais 11 foram elegíveis e 9 concluíram o estudo. A redução na recorrência de síncope/pré-síncope foi observada após 45 dias de MPT quando comparado com o primeiro período (5,78±2,54 versus 4,00±3,57, p=0,035), gráfico 1. A média do bem-estar foi maior ao término de cada sessão quando comparado ao inicial, entretanto não modificou ao longo do MPT. O WHOQOL não apresentou diferença significativa. A assiduidade foi de 86%. Nenhum evento adverso foi observado durante o protocolo. CONCLUSÃO: O MPT reduziu o número de recorrências de SVV. O uso do MPT foi seguro para o tratamento dos pacientes na amostra estudada.
Subject(s)
Exercise Movement TechniquesABSTRACT
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEP) é uma síndrome clínica decorrente de uma diversa combinação de anormalidades fisiopatológicas que confluem na elevação das pressões de enchimento do coração. Dentre tais alterações, alguns fenótipos de pacientes podem apresentar anormalidades da função sistólica do ventrículo esquerdo, a despeito de valores da fração de ejeção dentro dos limites da normalidade. Atualmente, há uma escassez de estudos que avaliam qual o papel das alterações no eletrocardiograma (ECG) na ICFEP e como estas podem contribuir para melhor identificação dos mecanismos que levam à intolerância ao exercício. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre alterações da repolarização ventricular com as anormalidades na função sistólica do ventrículo esquerdo em uma população com diagnóstico de ICFEP. MÉTODOS: Estudo observacional transversal de 50 pacientes com diagnóstico de ICFEP confirmado pelo escore europeu HFA-PEFF. A repolarização ventricular foi avaliada através da medida do ângulo espacial QRS-T pelo vetocardiograma (método de Kors) e pelo índice TpicoTfim no ECG. As alterações da função sistólica do ventrículo esquerdo foram avaliadas através da medida do Global Longitudinal Strain (GLS) na ecocardiografia com Speckle Tracking. RESULTADOS: Obteve-se uma amostra de 48 pacientes com idade média de 50 (±5) anos, sendo 67% (33) do sexo feminino. Houve correlação moderada e estatisticamente significante entre o GLS e os parâmetros de repolarização ventricular: TpicoTfim (r=0.42; p<0.001) e o ângulo QRS-T (r= 0.58; p-value<0.001). À análise de regressão linear, obteve-se um ß coeficiente de 0.040 do ângulo QRS-T, denotando que para cada aumento de 25º no ângulo QRS-T, há a uma queda de 1% na função sistólica longitudinal pelo GLS. CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem que as alterações da repolarização ventricular identificam pacientes com ICFEP que possuem anormalidades da função sistólica do ventrículo esquerdo apesar de apresentarem valores da fração de ejeção dentro dos limites da normalidade. Particularmente, o ângulo espacial QRS-T se mostrou um parâmetro promissor, superior ao TpicoTfim, e com potencial para ser incluído no arsenal multiparamétrico da avaliação diagnóstica da ICFEP.
ABSTRACT
BACKGROUND: Investigation of syncope involves the use of electrophysiological study, particularly in patients with cardiac conduction disorder. There is conflicting evidence about the role of electrophysiological study in patients with Chagas disease. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate the lectrophysiological study findings in patients with Chagas disease and bundle Branch block and/or divisional block presenting with syncope. METHODS: This is a retrospective study of patients with Chagas disease and cardiac conduction disorder who underwent electrophysiological study from 2017 to 2021 for the investigation of syncope in a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. Those with non-interpretable ECG, known coronary artery disease, and/or other cardiomyopathies were excluded. HV interval and electrophysiological study-induced malignant ventricular arrhythmias data were analyzed. RESULTS: A total of 45 patients (60.2±11.29 years, 57.8% males) were included. The mean HV interval was 58.37 ms±10.68; 22.2% of the studied population presented an HV interval of ≥70 ms; and malignant ventricular arrhythmias were induced in 57.8% patients. The use of beta-blockers and amiodarone (p=0.002 and 0.036, respectively), NYHA functional class≥II (p=0.013), wide QRS (p=0.047), increased HV interval (p=0.02), Rassi score >6.5 (p=0.003), and reduced left ventricular ejection fraction (p=0.031) were associated with increased risk of inducible malignant ventricular arrhythmias. CONCLUSION: More than half of the patients with Chagas disease, syncope, and cardiac conduction disorder have inducible malignant ventricular arrhythmias. Prolonged HV interval was observed in only 20% of population. Wide QRS, prolonged HV, reduced ejection fraction, and higher Rassi score were associated with increased risk of malignant ventricular arrhythmias.
Subject(s)
Chagas Disease , Electrophysiologic Techniques, Cardiac , Syncope , Bundle-Branch BlockABSTRACT
OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the correlation between P-wave indexes, echocardiographic parameters, and CHA2DS2-VASc score in patients without atrial fibrillation and valvular disease. METHODS: This retrospective cross-sectional study included patients of a tertiary hospital with no history of atrial fibrillation, atrial flutter, or valve disease and collected data from June 2021 to May 2022. The exclusion criteria were as follows: unavailable medical records, pacemaker carriers, absence of echocardiogram report, or uninterpretable ECG. Clinical, electrocardiographic [i.e., P-wave duration, amplitude, dispersion, variability, maximum, minimum, and P-wave voltage in lead I, Morris index, PR interval, P/PR ratio, and P-wave peak time], and echocardiographic data [i.e., left atrium and left ventricle size, left ventricle ejection fraction, left ventricle mass, and left ventricle indexed mass] from 272 patients were analyzed. RESULTS: PR interval (RHO=0.13, p=0.032), left atrium (RHO=0.301, p<0.001) and left ventricle diameter (RHO=0.197, p=0.001), left ventricle mass (RHO=0.261, p<0.001), and left ventricle indexed mass (RHO=0.340, p<0.001) were positively associated with CHA2DS2-VASc score, whereas P-wave amplitude (RHO=-0.141, p=0.02), P-wave voltage in lead I (RHO=-0.191, p=0.002), and left ventricle ejection fraction (RHO=-0.344, p<0.001) were negatively associated with the same score. The presence of the Morris index was associated with high CHA2DS2-VASc (p=0.022). CONCLUSION: Prolonged PR interval, Morris index, increased left atrium diameter, left ventricle diameter, left ventricle mass, and left ventricle indexed mass values as well as lower P-wave amplitude, P-wave voltage in lead I, and left ventricle ejection fraction values were correlated with higher CHA2DS2-VASc scores.
Subject(s)
Atrial Fibrillation , Heart Valve Diseases , Humans , Cross-Sectional Studies , Retrospective Studies , Echocardiography , Atrial Fibrillation/diagnostic imaging , Heart Valve Diseases/diagnostic imagingABSTRACT
OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the correlation between P-wave indexes, echocardiographic parameters, and CHA2DS2-VASc score in patients without atrial fibrillation and valvular disease. METHODS: This retrospective cross-sectional study included patients of a tertiary hospital with no history of atrial fibrillation, atrial flutter, or valve disease and collected data from June 2021 to May 2022. The exclusion criteria were as follows: unavailable medical records, pacemaker carriers, absence of echocardiogram report, or uninterpretable ECG. Clinical, electrocardiographic [i.e., P-wave duration, amplitude, dispersion, variability, maximum, minimum, and P-wave voltage in lead I, Morris index, PR interval, P/PR ratio, and P-wave peak time], and echocardiographic data [i.e., left atrium and left ventricle size, left ventricle ejection fraction, left ventricle mass, and left ventricle indexed mass] from 272 patients were analyzed. RESULTS: PR interval (RHO=0.13, p=0.032), left atrium (RHO=0.301, p<0.001) and left ventricle diameter (RHO=0.197, p=0.001), left ventricle mass (RHO=0.261, p<0.001), and left ventricle indexed mass (RHO=0.340, p<0.001) were positively associated with CHA2DS2-VASc score, whereas P-wave amplitude (RHO=-0.141, p=0.02), P-wave voltage in lead I (RHO=-0.191, p=0.002), and left ventricle ejection fraction (RHO=-0.344, p<0.001) were negatively associated with the same score. The presence of the Morris index was associated with high CHA2DS2-VASc (p=0.022). CONCLUSION: Prolonged PR interval, Morris index, increased left atrium diameter, left ventricle diameter, left ventricle mass, and left ventricle indexed mass values as well as lower P-wave amplitude, P-wave voltage in lead I, and left ventricle ejection fraction values were correlated with higher CHA2DS2-VASc scores.
Subject(s)
Echocardiography , p WaveABSTRACT
INTRODUÇÃO: A varfarina é um anticoagulante utilizado na prevenção e tratamento de doenças tromboembólicas. Nos idosos, a principal indicação é fibrilação atrial. O exame mais utilizado para controle da anticoagulação é o tempo de protrombina, através do cálculo da razão normalizada internacional (RNI), na faixa 2-3, que requerem um monitoramento especial devido a idade, dificuldades na adesão, polimedicação ou comorbidades. Embora seja conhecido que os fatores genéticos influenciam na resposta terapêutica, na maioria dos hospitais a farmacogenética ainda não é considerada no cálculo de ajuste de dose. Portadores do genótipo rs9934438 AA requerem menor dose comparado com genótipo AG ou GG. O escore SAMe- -TT2R2 obtido por meio de algumas variáveis visa predizer quais os pacientes em uso de varfarina atingirão taxas de INR aceitáveis e, por consequência, um tempo na faixa terapêutica (TFT) adequado. Apostolakis, propuseram e validaram o escore SAMe-TT2R2 (S=sexo; A =idade OBJETIVO: Visando estabelecer uma conduta terapêutica personalizada, o presente estudo tem como objetivo avaliar correlação entre o polimorfismo rs9934438 do gene VKORC1 e correlaciona-lo com o escore SAME-TT2R2 na predição da qualidade da anticoagulação em uso de varfarina. MÉTODOS e RESULTADOS: Foram incluídos 29 pacientes, idade de 81,72 (±4,07), de ambos os sexos e em uso de varfarina. A análise do polimorfismofoi realizada através da PCR em tempo real utilizando os reagentes do kit TaqMan™ Sample-to-SNP™ e o sistema de detecção TaqMan® SNP Genotyping Assay. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote SPSS v. 16.0 e nível de significância adotado foi de 5% e o Escore SAME-TT2R2 foi calculado após entrevista. Os Escores Chadsvasc2 = 4,34 (±1,17), Hasbled = 2,24 (±0,68) e SAME-TT2R2 = 2,31(±1,28), a dose semanal variou de 10 a 55 mg. Apesar de ser um estudo piloto, com baixo amostra, a distribuição dos genótipos está em equilíbrio gênico, segundo Hardy-Weinberg (AA=24,3%, AG=41,3%, GG= 34,4%). Os portadores do genótipo AA necessitaram de menor dose para atingir a TFT quando comparados aos portadores do genótipo GG: 26,6 versus 39,7 mg/semana, corroborando o resultado do SAME-TT2R2 = 2 no grupo AA comparado ao GG que foi de 3. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que o polimorfismo rs9934438 está associado com a dose semanal de varfarina administrada aos pacientes idosos de pelo menos 30% e com correspondência ao Escore SAME-TT2R2 que demostrou um índice menor.
Subject(s)
AnticoagulantsABSTRACT
INTRODUCTION: Postoperative myocardial revascularization atrial fibrillation (POAF) is a clinical complication that affects about 30% of patients and its mechanisms of origin are still poorly understood. This fact makes it difficult to identify the patient at greatest risk for this arrhythmia. This mission seems evident due to the complications it entails, including longer hospital stays, risk of stroke, heart failure, and death. There are reports of preoperative clinical aspects inherent to the patient's condition, such as gender and age, and discontinuation of beta-blockers as risk factors. In addition, additional information obtained by electrocardiogram, echocardiogram, and blood count data, for example, present only modest predictive results. The analysis of heart rate and heart rate variability obtained by the Stroke Risk Analysis System (SRA) is a technique used to predict ambulatory atrial fibrillation (AF), using recordings of only one hour showing good accuracy. This system, however, has not yet been used to predict the emergence of POAF. The rationale for its use is based on the suspicion that the emergence of POAF is strongly related to sympatho-vagal imbalance and the increase in atrial ectopia, that is, changes in heart rhythm, the main variables analyzed by the SRA algorithm. OBJECTIVE: To assess the accuracy of the SRA to identify patients at risk of having POAF after coronary artery bypass graft surgery (CABG). METHOD: 114 consecutive patients with coronary artery disease underwent coronary artery bypass grafting between the years 2015 and 2018. Between the first and fifth postoperative days, they underwent continuous electrocardiographic monitoring using the Holter system for cardiac rhythm analysis. Patients were divided into two groups: Group I was formed of those with POAF and Group II included patients without POAF. The tracings obtained by Holter were reanalyzed using the CardioManager®/Cardios program, converted and divided into one-hour sections using the SRA®/Cardios and Geratherm Converter program and submitted to the SRA-Apoplex medical/Geratherm® analysis algorithm. The SRA identifies three possibilities for classifying patient risk: a) Risk 0: patient in sinus rhythm; b) Risk 1: patient at increased risk for paroxysmal AF; c) Risk 2: patient with AF already present. For Group I, SRA were considered positive when Risks 1 and 2 were identified. For Group II, those identified as Risk 0 were considered negative SRA. RESULTS: POAF occurred in 33/114 patients (28%). The sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value of the SRA to identify patients with POAF were 69%, 84%, 69%, and 82%, respectively; the positive and negative likelihood ratios, in addition to the accuracy of the SRA were, respectively, 4.3%, 0.36%, and 79%. A subanalysis of the results of the day on which AF occurred was performed on the records obtained in the first three hours of recording and up to three hours before the appearance of POAF. In the first period, the SRA was able to predict POAF in 57% of cases, while in the second period, the system identified the arrhythmia in 83% of cases. CONCLUSIONS: a) The SRA presents good accuracy to predict POAF; b) its accuracy is moderate in the first three hours of recording; c) the accuracy increases significantly near the beginning of POAF; d) these findings indicate that electrophysiological changes that precede POAF are acute, occurring a few hours before the event and are identified by the SRA algorithm.
Subject(s)
Atrial Fibrillation , Stroke , Humans , Atrial Fibrillation/diagnosis , Atrial Fibrillation/etiology , Postoperative Complications/diagnosis , Postoperative Complications/etiology , Coronary Artery Bypass/adverse effects , Risk Factors , Stroke/diagnosis , Stroke/epidemiology , Stroke/etiology , Postoperative Period , Risk AssessmentABSTRACT
INTRODUCTION: Postoperative myocardial revascularization atrial fibrillation (POAF) is a clinical complication that affects about 30% of patients and its mechanisms of origin are still poorly understood. This fact makes it difficult to identify the patient at greatest risk for this arrhythmia. This mission seems evident due to the complications it entails, including longer hospital stays, risk of stroke, heart failure, and death. There are reports of preoperative clinical aspects inherent to the patient's condition, such as gender and age, and discontinuation of beta-blockers as risk factors. In addition, additional information obtained by electrocardiogram, echocardiogram, and blood count data, for example, present only modest predictive results. The analysis of heart rate and heart rate variability obtained by the Stroke Risk Analysis System (SRA) is a technique used to predict ambulatory atrial fibrillation (AF), using recordings of only one hour showing good accuracy. This system, however, has not yet been used to predict the emergence of POAF. The rationale for its use is based on the suspicion that the emergence of POAF is strongly related to sympatho-vagal imbalance and the increase in atrial ectopia, that is, changes in heart rhythm, the main variables analyzed by the SRA algorithm. OBJECTIVE: To assess the accuracy of the SRA to identify patients at risk of having POAF after coronary artery bypass graft surgery (CABG). METHOD: 114 consecutive patients with coronary artery disease underwent coronary artery bypass grafting between the years 2015 and 2018. Between the first and fifth postoperative days, they underwent continuous electrocardiographic monitoring using the Holter system for cardiac rhythm analysis. Patients were divided into two groups: Group I was formed with POAF and Group II included patients without POAF. The tracings obtained by Holter were reanalyzed using the Cardio Manager/Cardios program, converted and divided into one-hour sections using the SRA/Cardios and Geratherm Converter program and submit ted to the SRA-Apoplex medical/Geratherm analysis algorithm. The SRA identifies three possibilities for classifying patient risk: a) Risk 0: patient in sinus rhythm; b) Risk 1: patient at increased risk for paroxysmal AF; c) Risk 2: patient with AF already present. For Group I, SRA were considered positive when Risks 1 and 2 were identified. For Group II, those identified as Risk 0 were considered negative SRA. RESULTS: POAF occurred in 33/114 patients (28%). The sensitivity, specificity, positive predictive value, and negative predictive value of the SRA to identify patients with POAF were 69%, 84%, 69%, and 82%, respectively; the positive and negative likelihood ratios, in addition to the accuracy of the SRA were, respectively, 4.3%, 0.36%, and 79%. A sub analysis of the RESULTS: of the day on which AF occurred was performed on the records obtained in the first three hours of recording and up to three hours before the appearance of POAF. In the first period, the SRA was able to predict POAF in 57% of cases, while in the second period, the system identified the arrhythmia in 83% of cases. CONCLUSIONS: a) The SRA presents good accuracy to predict POAF; b) its accuracy is moderate in the first three hours of recording; c) the accuracy increases significantly near the beginning of POAF; d) these findings indicate that electrophysiological changes that precede POAF are acute, occurring a few hours before the event and are identified by the SRA algorithm.
Subject(s)
Humans , Atrial Fibrillation/diagnosis , Atrial Fibrillation/etiology , Stroke/diagnosis , Postoperative Complications , Postoperative Period , Coronary Artery Bypass/adverse effects , Risk Factors , Risk AssessmentABSTRACT
SUMMARY BACKGROUND: Investigation of syncope involves the use of electrophysiological study, particularly in patients with cardiac conduction disorder. There is conflicting evidence about the role of electrophysiological study in patients with Chagas disease. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate the electrophysiological study findings in patients with Chagas disease and bundle branch block and/or divisional block presenting with syncope. METHODS: This is a retrospective study of patients with Chagas disease and cardiac conduction disorder who underwent electrophysiological study from 2017 to 2021 for the investigation of syncope in a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. Those with non-interpretable ECG, known coronary artery disease, and/or other cardiomyopathies were excluded. HV interval and electrophysiological study-induced malignant ventricular arrhythmias data were analyzed. RESULTS: A total of 45 patients (60.2±11.29 years, 57.8% males) were included. The mean HV interval was 58.37 ms±10.68; 22.2% of the studied population presented an HV interval of ≥70 ms; and malignant ventricular arrhythmias were induced in 57.8% patients. The use of beta-blockers and amiodarone (p=0.002 and 0.036, respectively), NYHA functional class≥II (p=0.013), wide QRS (p=0.047), increased HV interval (p=0.02), Rassi score >6.5 (p=0.003), and reduced left ventricular ejection fraction (p=0.031) were associated with increased risk of inducible malignant ventricular arrhythmias. CONCLUSION: More than half of the patients with Chagas disease, syncope, and cardiac conduction disorder have inducible malignant ventricular arrhythmias. Prolonged HV interval was observed in only 20% of population. Wide QRS, prolonged HV, reduced ejection fraction, and higher Rassi score were associated with increased risk of malignant ventricular arrhythmias.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Bradycardias in adolescents can be generated by diseases of the conduction tissue or by external influence (vagal tone, for example). Symptomatic Vagotonia may prompt healthcare professionals to early implant artificial cardiac stimulation devices. However, the transient aspects of vagotonia in the hebiatric population lead to the risk of over-indication. Phosphodiesterase inhibitors, such as cilostazol, can help with transient dysfunction by increasing the conduction of sodium channels in the depolarization phase (funny channels) of automatic cells. OBJECTIVES: To describe 4 cases of adolescents with bradycardia of extrinsic origin undergoing evaluation for permanent pacemaker implantation undergoing oral therapy with cilostazol. METHODS: Four adolescents (12, 15, 16, and 18 years old) were evaluated (3 patients were male and 1 female) with bradycardia of extrinsic origin - vagotonia (responsive to ergometry or atropine) and underwent drug therapy with cilostazol after ruling out the presence of ventricular arrhythmias caused by triggered activity. One patient had congenital heart disease (univentricular heart disease late PO of total cavopulmonary - single left ventricle without atrial isomerism). The others had structurally normal hearts. Ventricular function was preserved in all patients. All had sinus pauses longer than 2.5 s and paroxysmal atrioventricular block. The initial dose was 50mg/day, with dose progression up to 100 mg every 12 hours as the therapeutic goal. RESULTS: Only the patient with congenital heart disease was maintained on the initial dose due to a good Holter response and important improvement in oxygen saturation. There was a reduction of more than 90% in pauses with an average increase in HR without exacerbating periods of tachycardia on Holter monitoring (performed biweekly). After using cilostazol, heart rate variability in the time and frequency domains showed an improvement in the LF/HF ratio in all cases and a reduction in pNN50 in 75% of patients. There was no change in liver or kidney function while using the medication. All remained asymptomatic during follow-up from 3 months to 4 years. CONCLUSION: 1) The use of cilostazol reduces the parasympathetic/sympathetic imbalance with cilostazol in symptomatic pubescent adolescents may prevent pacemaker implantation in patients with transient vagotonia.
Subject(s)
AdolescentABSTRACT
INTRODUCTION: Complaints of palpitations are widespread in clinical practice and, in most cases, require 24-hour Holter or prolonged monitoring. When the symptom is due to an arrhythmia, the possibility of obtaining an electrocardiographic record of the moment of the complaint is very useful and can help direct therapy. OBJECTIVE: To evaluate the relationship between symptoms and arrhythmic events in a large 24-hour Holter sample. METHODS: 6,585 24-hour Holters were selected in a tertiary cardiology hospital in 2018. Of these, 483 (7.33%) were excluded. They did not contain information about symptoms in the report, and 363 (5.5%) because they did not have data from the event diary. The remaining 5,739 exams were analyzed for the relationship between symptoms (data provided by the patient) and electrocardiographic changes. Results: Of the 5,739 Holters and event diaries analyzed, 46% were from male individuals. The average age was 58.2 years. Of the total sample, 93.18% (5348 patients) did not report symptoms in the event diary. However, 68.6% (3668 patients) of the exams contained significant changes. The main changes were frequent extrasystoles (>30/h) and non-sustained tachycardias. Frequent atrial ectopy and frequent ventricular ectopy occurred in 913 and 1412 patients, respectively. Ventricular tachycardia and supraventricular tachycardia occurred in 1,879 and 1,166 patients. Symptoms were reported by 391 patients (6.81%). The sensitivity for positive clinical ECG correlation was 24.8%. Men reported fewer symptoms (31% of reports), with a lower rate of positive clinical correlation (33% among men). In women, the clinical correlation was 66%. CONCLUSION: 1) Although sensitive for detecting asymptomatic arrhythmic events, the traditional 24-hour Holter has significant limitations, even in populations with known arrhythmias, correlating symptoms with electrocardiographic changes. The high rate of altered exams without reporting symptoms may reflect the limitation of applying the event diary used. 2) More accessible and practical monitoring methods could reduce the discrepancy between arrhythmic events and symptoms, facilitating doctors' understanding of the factors that motivate patients to seek health services.
Subject(s)
Electrocardiography, AmbulatoryABSTRACT
INTRODUCTION: Patients with right atrial isomerism present duplicity of intracardiac structures, such as atrioventricular nodes. They thus present tachycardia of supraventricular reentry and responsive to adenosine therapy. In the postoperative period of palliative surgeries, the presence of tachycardia in these patients is not always related to junctional ectopic foci. OBJECTIVE: To describe a case of a patient with right atrial isomerism associated with complex heart disease with tachycardia maintained by AV reentry due to probable accessory AVN. Case report: 6-year-old girl with right atrial isomerism, total AV septal defect with vessels in transposition and anomalous intracardiac pulmonary vein drainage corrected at six months of age. She underwent central shunt replacement at 6 years of age. She has pulmonary hypertension, which requires palliative surgical support. After replacing the central shunt in the immediate postoperative period, she presented tachycardia with narrow QRS complexes and PR greater than RP with QRS onset at the beginning of the P wave of 120 ms and HR 188bpm. She had a BP of 65x40 mmHg and a capillary refill time of 5 seconds. Following ECG analysis and the 2020 PALS algorithm, adenosine was performed with immediate reversion to sinus rhythm and recovery of hemodynamic patterns. CONCLUSION: 1) Although tachycardias due to AV reentry are rarer in patients with right atrial isomerism due to Node to Node reentry, they should always be considered; 2) The use of adenosine in hemodynamically unstable supraventricular tachycardias should be the first choice when available; 3) electrocardiographic recording of the crisis allows for a more assertive diagnosis and more effective short- and long-term treatment.
Subject(s)
Palliative CareABSTRACT
INTRODUCTION: Syncope usually begins in adolescence. Approximately 20% of the population experiences their first episode of fainting between the ages of 10 and 20. Although extremely distressing, these are not always investigated. Only 25 to 50% of patients are evaluated in health services. However, some cases deserve treatment due to the risk of events and require specialized monitoring, including monitoring the indication of pacemaker devices (PM) in case of refractoriness to clinical treatment. This occurs in some cases of syncope with a neuromediated pattern of the cardioinhibitory type with pause (cardioinhibitory syncope 2b in the Tilt Test). OBJECTIVE: To describe the case of a post-pubertal patient with Down Syndrome and recent onset recurrent Syncope with a positive tilt test (TT) (2b response). CASE DESCRIPTION:13-year-old female patient with Down Syndrome with a total AV Septal defect in the post-operative phase of total correction with good surgical results. Recurrent syncope with prodromes (abdominal pain and pallor). She has Holter monitoring without arrhythmic changes and an echocardiogram with RVEF at the lower limit of normality. ECG analysis shows signs of the right anterior superior divisional block. She was submitted for evaluation by TT. She had performed a passive tilt protocol at 70 degrees without sensitization. After 5 minutes of rest, she was titled and remained stable for 7 minutes. In the eighth minute of tilting, she presented abdominal pain, followed by syncope with cardioinhibitory response 2b and a 48-second pause despite returning to the Trendelenburg position (-30 degrees). There was a return of the heartbeat with immediate recovery of the level of consciousness. Clinical treatment began with guidance on increasing water intake, suspending triggering factors (prolonged orthostasis, hot environments, for example) and maintaining strict monitoring to assess refractoriness and the need for PM indication. CONCLUSION: 1) Neuromediated syncope is particularly common during adolescence, especially after the growth spurt; 2) cardioinhibitory responses can appear suddenly and have significant repercussions. Despite this fact, clinical treatment must always be prioritized; 3) The patient must be monitored for recurrences and refractoriness to clinical therapy for the precise indication of PM in patients with cardioinhibitory syncope 2b with long pauses refractory to general measures.