ABSTRACT
As metodologias empregadas para a medida de TSH sérico apresentam níveis de especificidade e sensibilidade, tanto diagnósticas como analíticas, bastante elevadas. Adicionalmente, são metodologias bastante robustas, de maneira que resultados falso-positivos ou falso-negativos são raros e inesperados. Descrevemos neste trabalho dois casos de indivíduos descritos como eutiróideos, sem antecedentes de doenças autoimunes e sem referência ao uso de TSH exógeno, que apresentavam níveis de TSH de normais a muito elevados, dependendo da metodologia empregada. Em três métodos testados para a medida de TSH a diluição seriada das amostras mostrou que os níveis reais situavam-se entre 250 e 300 mUI/L. Nos dois casos, o aumento de TSH foi ocasionado pela presença de proteínas ligadoras de TSH no soro, formando formas de alto peso molecular ("macro TSH"), demonstradas por cromatografia de gel filtração em coluna de Superdex S-200. Em uma das pacientes a proteína ligadora foi caracterizada como IgG através de cromatografia em proteína G sepharose, na outra, a ligação em proteína G e em coluna de sepharose acoplada a monoclonal anti-IgM não conseguiu caracterizar a proteína ligadora sérica. Estes casos salientam a importância da correlação clínico-laboratorial e sugerem a necessidade de se pesquisar a presença de macro TSH em pacientes com níveis de TSH anormalmente elevados.
Subject(s)
Child , Female , Humans , Middle Aged , Autoantibodies/blood , Graves Disease/blood , Thyrotropin/blood , Buffers , False Negative Reactions , False Positive Reactions , Graves Disease/diagnosis , Hydrogen-Ion Concentration , Molecular Weight , Sensitivity and Specificity , Thyrotropin/chemistryABSTRACT
Os auto-anticorpos descritos na doença de Graves säo imunoglobulinas pertencentes à classe IgG que dirigem-se especificamente a certos antígenos tiroidianos, destacando-se entre eles: tireoglobulina (antitireoglobulina), peroxidade tiroidiana (antimicrossomia/antiperoxidade) e receptor do hormônio tireotrófico (TRab). Com o objetivo de avaliar a prevalência dos auto-anticorpos na doença de Graves descompensada, estudamos 46 pacientes virgens de tratamento. Concordante com os dados da literatura, o anticorpo anti-receptor de TSH mostrou-se o melhor marcador da doença de Graves, com 92,4 por cento de positividade