ABSTRACT
Desde a sua fundação, na década de 1920, a Colônia Juliano Moreira (CJM), atual Instituto de Assistência à Saúde Juliano Moreira, faz parte dos serviços de assistência aos portadores de distúrbio mental. ao longo de sua história, a Colônia Juliano Moreira passou por vários processos de transformação. Esta instituição representa bem a política de saúde mental à época de sua criação, e, no período de 1950 a 1974, era o terceiro mais populoso hospital psiquiátrico do Brasil. Em 1997, a Unidade Hospitalar Franco da Rocha (uma das unidades para pacientes crônicos da CJM), demarcando o primeiro passo na transformação definitiva da estrutura custodial da instituição em um ambiente residencial, inaugurou o primeiro Lar de Acolhimento do sistema público no Rio de Janeiro, beneficiando inicialmente 40 pacientes do sexo feminino. A partir deste trabalho podeðse constatar que, embora estes lares de acolhimento estejam situados dentro da área da instituição, o programa assistencial mostrou resultados no sentido de modificar comportamentos considerados crônicos. Acreditamos que a mudança ocorrida no modo de viver, o aumento do nível de independência e bemðestar, a melhoria das relações sociais e o maior grau de autoconfiança provam ser o lar de acolhimento, associado a práticas terapêuticas utilizadas, condição essencial para uma reabilitação psicossocial