ABSTRACT
Objetivo: Avaliar a saúde mental, a adoção de medidas de prevenção de contágio e a percepção de risco de profissionais de saúde que atuavam em hospitais no estado de São Paulo, durante a pandemia de COVID-19, no período de 20 de julho a 25 de agosto de 2020. Métodos: estudo transversal com amostra de profissionais de 15 hospitais do estado que responderam a um formulário on-line. Para a avaliação da saúde mental, foi aplicado o Questionário de Saúde Geral (QSG-12), que gerou uma escala, variando de 0 a 12 (pior situação). Os resultados acima da mediana foram considerados indicativos de sofrimento psíquico. Utilizou-se modelo de regressão logística multivariada para a identificação de fatores associados ao sofrimento psíquico. Resultados: Participaram do estudo 627 profissionais, a maioria do sexo feminino, entre 40-59 anos, de cor branca; 45% estavam acima da mediana do QSG-12, que foi 6,3. Identificou-se maior chance de sofrimento psíquico entre mulheres; médicos; aqueles que responderam que o hospital não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de boa qualidade; os que sentiam ter pouco controle sobre se infectar; os que tinham medo de não sobreviver à doença; aqueles cujas famílias tinham medo de se infectar através deles. Conclusão:O percentual de sofrimento psíquico na amostra foi expressivo, sendo possível atuar sobre alguns fatores associados para minimizar o problema.
Subject(s)
Mental Health , COVID-19 , Health PersonnelABSTRACT
Objetivo: Avaliar a saúde mental, a adoção de medidas de prevenção de contágio e a percepção de risco de profissionais de saúde que atuavam em hospitais no estado de São Paulo, durante a pandemia de COVID-19, no período de 20 de julho a 25 de agosto de 2020. Métodos: estudo transversal com amostra de profissionais de 15 hospitais do estado que responderam a um formulário on-line. Para a avaliação da saúde mental, foi aplicado o Questionário de Saúde Geral (QSG-12), que gerou uma escala, variando de 0 a 12 (pior situação). Os resultados acima da mediana foram considerados indicativos de sofrimento psíquico. Utilizou-se modelo de regressão logística multivariada para a identificação de fatores associados ao sofrimento psíquico. Resultados: Participaram do estudo 627 profissionais, a maioria do sexo feminino, entre 40-59 anos, de cor branca; 45% estavam acima da mediana do QSG-12, que foi 6,3. Identificou-se maior chance de sofrimento psíquico entre mulheres; médicos; aqueles que responderam que o hospital não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de boa qualidade; os que sentiam ter pouco controle sobre se infectar; os que tinham medo de não sobreviver à doença; aqueles cujas famílias tinham medo de se infectar através deles. Conclusão: O percentual de sofrimento psíquico na amostra foi expressivo, sendo possível atuar sobre alguns fatores associados para minimizar o problema.