ABSTRACT
Propósito/Contexto. Este artículo analiza aspectos éticos de la edición genética en seres humanos. Metodología/Enfoque. Se describe el desarrollo de las principales aplicaciones de la tecnología genética en prevención, diagnóstico y terapéutica de enfermedades genéticas en las últimas décadas, culminando con la edición genética. Resultados/Hallazgos. Se definen los principales aspectos éticos que presenta la edición genética somática y germinal en seres humanos, incluyendo cuestiones de seguridad, especificidad, precisión y certeza. Se critica la edición genética germinal y el concepto de "mejoramiento" humano por vulnerar la autonomía individual, generar cambios genéticos heredables en la progenie y aceptar la falacia del reduccionismo genético de que los rasgos de las personas dependen exclusivamente de la constitución genética, independiente del ambiente. Discusión/Conclusiones/Contribuciones. La edición genética somática puede ser ética si se siguen las normas éticas de la investigación biomédica. Por el contrario, la edición genética germinal no es pertinente ni necesaria para el tratamiento de enfermedades genéticas y presenta graves conflictos éticos, por lo cual, previo a su aplicación es necesario un consenso social por discusiones democráticas, amplias y profundas entre todos los actores sociales involucrados, seguido de mecanismos de gobernanza con regulación robusta por parte del estado, que impidan la vulneración de derechos humanos fundamentales.
Purpose/Context. This article discusses ethical aspects of gene editing in humans. Methodology/Approach. The main applications of genetic technology in the prevention, diagnosis and therapeutics of genetic diseases in recent decades, are described, culminating with genetic editing. Results/Findings. The main ethical aspects of somatic and germline gene editing in humans are discussed, including issues of safety, specificity, precision and certainty. Germline genetic editing and human "enhancement" are criticized for violating individual autonomy, for generating heritable genetic changes in the progeny and for accepting the fallacy of genetic reductionism that people's traits depend exclusively on genetic makeup, independent of the environment. Discussion/Conclusions/Contributions. Somatic gene editing can be ethical if the ethical standards of biomedical research are followed. However, germline genetic editing is not relevant nor necessary for the treatment of genetic diseases and, furthermore, it presents serious ethical conflicts. Therefore, prior to its application, a social consensus is necessary, obtained by democratic, broad and profound discussions among all the social players involved, followed by governance mechanisms with robust regulation by the state, which prevent the violation of fundamental human rights.
Finalidade/Contexto. Este artigo discute aspectos éticos da edição de genes em humanos. Metodologia/Aproximação. Descreve o desenvolvimento das principais aplicações da tecnologia genética na prevenção, diagnóstico e terapia de doenças genéticas nas últimas décadas, culminando com a edição de genes. Resultados/Descobertas. São definidos os principais aspectos éticos da edição de genes somáticos e da linha germinal no ser humano, incluindo questões de segurança, especificidade, precisão e exactidão. A edição genética da Germline e o conceito de "melhoramento" humano são criticados por violarem a autonomia individual, gerando alterações genéticas hereditárias nos descendentes e aceitando a falácia do reducionismo genético de que as características das pessoas dependem exclusivamente da sua constituição genética, independente do ambiente. Discussão/Conclusões/Contribuições. A edição somática de genes pode ser ética se os padrões éticos da investigação biomédica forem seguidos. Pelo contrário, a edição genética na linha germinal não é relevante nem necessária para o tratamento de doenças genéticas e apresenta graves conflitos éticos. Por conseguinte, antes da sua aplicação, é necessário um consenso social através de discussões democráticas, amplas e profundas entre todos os actores sociais envolvidos, seguidas de mecanismos de governação com regulação robusta por parte do Estado, que impeçam a violação dos direitos humanos fundamentais.
ABSTRACT
A neurochip comprises a small device based on the brain-machine interfaces that emulate the functioning synapses. Its implant in the human body allows the interaction of the brain with a computer. Although the data-processing speed is still slower than that of the human brain, they are being developed. There is no ethical conflict as long as it is used for neural rehabilitation or to supply impaired or missing neurological functions. However, other applications emerge as controversial. To the best of our knowledge, there have no been publications about the neurosurgical role in the application of this neurotechnological advance. Deliberation on neurochips is primarily limited to a small circle of scholars such as neurotechnological engineers, artists, philosophers, and bioethicists. Why do we address neurosurgeons? They will be directly involved as they could be required to perform invasive procedures. Future neurosurgeons will have to be a different type of neurosurgeon. They will be part of interdisciplinary teams interacting with computer engineers, neurobiologist, and ethicists. Although a neurosurgeon is not expected to be an expert in all areas, they have to be familiar with them; they have to be prepared to determine indications, contraindications and risks of the procedures, participating in the decision-making processes, and even collaborating in the design of devices to preserve anatomic structures. Social, economic, and legal aspects are also inherent to the neurosurgical activity; therefore, these aspects should also be considered.
ABSTRACT
Resumen: La discusión sobre el human enhancement es uno de los temas que ha tomado más relevancia dentro de los debates bioéticos actuales. En este artículo realizaremos un abordaje sobre este concepto, específicamente en relación al tema de la mejora cognitiva. Con la idea de crear un marco ético reflexivo, abordaremos el tema desde varias vertientes. En primer lugar, cómo se entiende la mejora cognitiva, a partir de dos aspectos distintos: la finalidad de la mejora y la acción mejoradora en sí misma. Posteriormente, se enfocarán los alcances de la mejora cognitiva desde la óptica de las investigaciones científicas sobre el tema. En la segunda parte del texto, analizaremos (a partir del meta-análisis de una selección de investigaciones científico-empíricas) el tema de si realmente se presenta una mejora y, de ser así, de qué clase de mejora se trata. Para finalizar, realizaremos una reflexión en torno a los problemas morales que presenta la mejora cognitiva, para concluir brevemente que este tipo de mejora solo se presenta en un sentido muy limitado, al tiempo que se encuentra justificada por un marco reduccionista de la cognición y, por lo tanto, del ser humano mismo.
Abstract: The discussion on human enhancement is one of the topics that has gained more relevance in the current bioethical debates. In this article we will approach this concept, specifically in relation to the cognitive enhancement. In order to create a reflexive ethical framework, we will approach the subject from different points of view. Firstly, how cognitive improvement is understood based on two different aspects: the enhancement purpose and the enhancing activity itself. Subsequently, the scope of cognitive enhancement will be approached from the perspective of scientific research on the subject. On the second part of this paper we will analyze (based on the metanalysis of a selection of technical-empirical research papers) whether there is an actual enhancement and, if there is, what kind of enhancement is it. Finally, we will carry out a reflection around the moral problems represented by cognitive enhancement, to briefly conclude that this kind of enhancement occurs in a very limited manner while being justified from a reductionist framework of cognition and therefore of the human being.
Resumo: A discussão sobre o human enhancement é um dos tópicos que ganhou maior relevância nos atuais debates bioéticos. Neste artigo, abordaremos esse conceito, especificamente em relação à questão da melhoria cognitiva. Com a ideia de criar um marco ético reflexivo, abordaremos a questão sob vários aspectos. Primeiro, como a melhoria cognitiva é entendida, com base em dois aspectos diferentes: a finalidade da melhoria e a própria ação de melhoria. Posteriormente, o alcance da melhoria cognitiva será focado na perspectiva das pesquisas científicas sobre essa temática. Na segunda parte do texto, analisaremos (a partir da meta-análise de uma seleção de pesquisas científico-empíricas) a questão de saber se uma melhoria é realmente apresentada e, em caso afirmativo, de que tipo de melhoria se trata. Finalmente, realizaremos uma reflexão sobre os problemas morais apresentados pela melhoria cognitiva, concluindo brevemente que esse tipo de melhoria ocorre apenas em um sentido muito limitado, sendo justificado por um marco reducionista da cognição e, portanto, do próprio ser humano.
Subject(s)
Humans , Nootropic Agents , Therapeutics , Biomedical Enhancement , Bioethical IssuesABSTRACT
O transumanismo é uma controversa perspectiva de investimento na transformação da condição humana. Visando ao melhoramento biotecnológico da natureza humana, ele protagoniza o debate acerca do futuro (pós-)humano. Na base da concepção transumanista está o investimento na biotecnociência como um modo de Iluminismo humanista de raízes biológicas. O objetivo do artigo é analisar o debate sobre o futuro da humanidade. Para tanto, apresentamos a perspectiva transumanista, ressaltando definições, características, valores e principais argumentos, analisando o conceito de natureza humana, pois ele é fundamental na polarizada discussão travada entre os transumanistas e bioconservadores. Nossas principais conclusões apontam para a impertinência dessa polarização, bem como do uso do conceito de natureza humana e pós-humano para esclarecer o tema do melhoramento humano. Assim, cumpre despolarizar o debate e apostar otimista e prudentemente no futuro biotecnológico...
Transhumanism is a controversial perspective of the investment in transformation of the human condition. Targeting at biotechnological human nature enhancement, it emerges as one of the protagonists in the debate about the (post)human future. At the base transhumanist conception is the investment on the biotechnoscience as a humanistic iluminism of biological roots. This paper aims to analyze the debate about the future of humanity. To this end, we present the transhumanist perspective, highlighting definitions, characteristics, values, and main arguments, analyzing the concept of human nature, for it is fundamental in the polarized discussion between the transhumanists and bioconservatives. Our main conclusions indicate the impertinence of the polarization, as well as the use of the concept of human nature and post-human to clarify the theme of human enhancement. Thus, we must depolarize the debate and bet optimistically and prudently in the biotechnological future...