ABSTRACT
O presente estudo busca articular os conceitos de trauma e psicossomática a partir da diferenciação da formação do sintoma histérico e do que comparece predominantemente na clínica contemporânea como fenômeno psicossomático. Ao analisar os desencadeantes de adoecimentos psicossomáticos a partir da psicanálise, o trauma se apresenta como importante elemento na formação dos sintomas, uma vez que provoca o esmagamento do psiquismo nascente da criança e o consequente comprometimento à sua constituição psíquica. A fragilidade simbólica instaurada pelo traumático impossibilitaria a metabolização ou representação das vivências, operando formações sintomáticas marcadas pelo aprisionamento dessas experiências no próprio corpo do sujeito. Nesse sentido, a noção do irrepresentável, surge como elemento teórico-clínico fundamental para pensar os fenômenos psicossomáticos na atualidade
El presente estudio busca articular los conceptos de trauma y psicosomática a partir de la diferenciación entre la formación del síntoma histérico y lo que aparece predominantemente en la clínica contemporánea como fenómeno psicosomático. Al analizar los factores desencadenantes de las enfermedades psicosomáticas desde el psicoanálisis, el trauma aparece como un elemento importante en la formación de los síntomas, ya que provoca el aplastamiento de la psique naciente del niño y el consiguiente compromiso desu constitución psíquica. La fragilidad simbólica que establece lo traumático imposibilitaría metabolizar o representar las vivencias, operando formaciones sintomáticas marcadas por el aprisionamiento de estas vivencias en el propio cuerpo del sujeto. En este sentido, la noción de lo irrepresentable surge como un elemento teórico-clínico fundamental para pensar los fenómenos psicosomáticos en la actualidad
The present study seeks to articulate the concepts of trauma and psychosomatics based on the differentiation between the formation of the hysterical symptom and what appears predominantly in contemporary clinic as a psychosomatic phenomenon. When analyzing the triggers of psychosomatic illnesses from psychoanalysis, trauma appears as an important element in the formation of symptoms, as it causes the crushing of the child's nascent psyche and the consequent compromise to their psychic constitution. The symbolic fragility established by the traumatic would make it impossible to metabolize or represent the experiences, operating symptomatic formations marked by the imprisonment of these experiences in the subject's own body. In this sense, the notion of the unrepresentable emerges as a fundamental theoretical-clinical element to think about psychosomatic phenomena nowadays
La présente étude cherche à articuler les concepts de trauma et de psychosomatique en se basant sur la différenciation entre la formation du symptôme hystérique et ce qui apparaît majoritairement dans la clinique contemporaine comme un phénomène psychosomatique. Lors de l'analyse des déclencheurs des maladies psychosomatiques à partir de la psychanalyse, le traumatisme apparaîtcomme un élément important dans la formation des symptômes, car il provoque l'écrasement de la psyché naissante de l'enfant et la compromission conséquente de sa constitution psychique. La fragilité symbolique établie par le traumatique rendrait impossible la métabolisation ou la représentation des expériences, opérant des formations symptomatiques marquées par l'enfermement de ces expériences dans le corps propre du sujet. En ce sens, la notion d'irreprésentable apparaît comme un élément théorico-clinique fondamental pour penser les phénomènes psychosomatiques de nos jours
Subject(s)
Psychoanalysis , Psychological Distress , Hysteria/psychology , Psychic SymptomsABSTRACT
Dada a associação histórica da histeria com a mulher e sua relação com o feminino, muitos trabalhos buscam compreender os atravessamentos dessa posição subjetiva para a sexualidade da mulher. O presente artigo promove a urgência em discutir as implicações de sua incidência sobre os homens, anatomicamente falando. Sendo assim, visa discutir os efeitos da dinâmica da histeria para o homem, no que concerne à assunção da posição sexual. Para tanto, se tratando de uma pesquisa teórica, partiremos de um rastreamento dos textos de Freud e do primeiro ensino de Lacan, buscando referências sobre a histeria masculina e, sobretudo, considerações sobre casos de homens histéricos. Posteriormente, articularemos os aspectos destacados pelos autores com o que, na teoria psicanalítica, se apresenta como particular à posição masculina, tal como a relação com o significante falo, com a castração e a identificação simbólica, bem como os efeitos disso na dinâmica do desejo e da fantasia.(AU)
Given the historical association of hysteria with women and their relation to the feminine, many papers seek to understand the difficulty of this subjective position for women's sexuality. The present article promotes the urgency to discuss the implications of its incidence on men, anatomically speaking. Thus, this work aims to discuss the effects of the dynamics of hysteria for men, in its concerns to the sexual position assumption. For this, as it is a theoretical research, we will start with a screening of Freud's and Lacan's first period of teaching texts, looking for references of masculine hysteria and, mainly, considerations on cases of hysterical men. Subsequently, we will articulate the aspects highlighted by the authors, with which, in psychoanalytic theory, is presented as particular to the masculine position, such as the relation with the signifier phallus, with castration and symbolic identification, as well as its effects in the dynamics of the desire and fantasy.(AU)
Dada la asociación histórica de la histeria con la mujer y su relación con lo femenino, muchos trabajos buscan comprender los atravesamientos de esa posición subjetiva para la sexualidad de la mujer. El presente artículo, promueve la urgencia en discutir las implicaciones de su incidencia sobre los hombres, anatómicamente hablando. Por lo tanto, este trabajo trata de discutir los efectos de la dinámica de la histeria para el hombre, en lo que concierne a la asunción de la posición sexual. Para ello, si se trata de una investigación teórica, partiremos de un rastreo de los textos de Freud y de la primera enseñanza de Lacan, buscando referencias sobre la histeria masculina y, sobre todo, consideraciones sobre casos de hombres histéricos. En la teoría psicoanalítica, se presenta como particular a la posición masculina, tal como la relación con el significante falo, con la castración y la identificación simbólica, así como los efectos de ello en la dinámica del hombre, el deseo y la fantasía.(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Hysteria/psychology , Men , Sex , Freudian Theory , Oedipus ComplexABSTRACT
O presente artigo se propõe a investigar o fenômeno psicossomático na clínica psicanalítica a partir das proposições freudo-lacanianas. Primeiramente, diferenciaremos o sintoma conversivo na histeria do acometimento corporal na psicossomática, apresentando a distância entre um sintoma e um fenômeno clínico. Entendemos que a psicossomática diferentemente do sintoma não porta uma mensagem passível de interpretação, é, antes, efeito de uma escrita que não pode ser lida. Uma escrita que sem a devida ascensão ao simbólico, mantém-se cristalizada no campo do gozo, portanto, sem representação psíquica. Para empreendermos essa discussão traremos a noção de letra em Lacan e, por fim, problematizaremos as possibilidades de atuação da psicanálise nos casos de psicossomática
The present article proposes to investigate the psychosomatic phenomenon in the psychoanalytic clinic from the Freudo-Lacanian propositions. First, we will differentiate the converting symptom in the hysteria of the bodily affection in psychosomatic, presenting the distance between a symptom and a clinical phenomenon. We understand that psychosomatics differently from the symptom does not carry a message that can be interpreted, it is rather an effect of a writing that cannot be read. A writing that, without the proper ascent to the symbolic, remains crystallized in the field of jouissance, therefore, without psychic representation. In order to undertake this discussion, we will bring the notion of letter in Lacan and, finally, we will problematize the possibilities of psychoanalysis in the cases of psychosomatics
El presente artículo se propone investigar el fenómeno psicosomático en la clínica psicoanalítica a partir de las proposiciones freudo-lacanianas. Primero diferenciaremos el síntoma conversivo en la histeria del acometimiento corporal en la psicosomática, presentando la distancia entre un síntoma y un fenómeno clínico. Entendemos que la psicosomática diferentemente del síntoma no porta un mensaje pasible de interpretación, es, antes, efecto de una escritura que no puede ser leída. Una escritura que sin la debida ascensión a lo simbólico, se mantiene cristalizada en el campo del goce, por lo tanto, sin representación psíquica. Para emprender esa discusión traemos la noción de letra en Lacan y, por fin, problematizaremos las posibilidades de actuación del psicoanálisis en los casos de psicosomática
Subject(s)
Humans , Psychoanalytic Theory , Psychology, Clinical , Psychophysiologic Disorders , Hysteria/psychologyABSTRACT
A proposta deste trabalho é trazer uma contribuição partindo da noção psicanalítica de histeria que percorre o avanço teórico em Freud e em Lacan, para dizer de organizações coletivas. Para isso, pretendemos dedicar-nos às elaborações de Freud (1921) sobre 'identificação por meio do sintoma' -- que dão margem a uma suposta 'histeria coletiva' -- e a posterior teoria dos discursos de Jacques Lacan (1969-1970) sobre o enquadramento dos laços sociais, nos atentando em sua provocação aos 'revolucionários' de maio de 1968, indicando-os como alocados ao que denominou de 'discurso da histérica'. Com isso, pretendemos defender, a partir da noção de histeria em psicanálise, a existência de ao menos dois desdobramentos diferentes que se originam do mesmo tipo clínico: 'histeria coletiva' e 'discurso da histeria'. Assim, tentamos contribuir para melhor compreensão das possibilidades e limitações das manifestações coletivas e grupamentos sociais, especialmente alguns que permearam a cena política brasileira nos últimos tempos. (AU)
The proposal of this paper is to bring a contribution starting from the psychoanalytic idea of hysteria that goes of theoretical advance by Freud and by Lacan to think about collective organisations. For this purpose, we intend to dedicate our studies especially to elaborations by Freud (1921) about 'identification to a symptom' - that permit it a suppose 'collective hysteria' - and the succeeding theory of the discourses by Lacan (1969-1970) about the social ties' framework, observing his provocation to the 'revolucionaries' of 1968 May, pointing them as being allocated to the 'Discourse of the Hysteric'. Therefore, we intend to defend from the idea of hysteria in psychoanalyses, the existence at least two different ramifications originating from the same clinical type. Thus, we will try to contribute to a better comprehension of the possibilities and limitations of the social events and social groups, especially those that permeated the Brazilian political scene in recent times. (AU)
La propuesta de este trabajo es aportar una contribución a respeto de las organizaciones colectivas partiendo de la formulación psicoanalítica de histeria, haciendo un recorrido por los avances teóricos encontrados en la obras de Freud y de Lacan. Nos dedicaremos a las elaboraciones de Freud acerca de la 'identificación a través del síntoma' - que abre una grieta para pensar en una supuesta 'histeria colectiva'- y la posterior teoría de los discursos de Lacan acerca del encuadre de los lazos sociales, llamando nuestra atención a su provocación a los 'revolucionarios' de mayo de 1968, indicándonos de que se trataba de hallarse emplazado en lo que él ha denominado el 'Discurso de la Histérica'. De esta manera, nuestra intención es defender, partiendo de la noción de histeria en psicoanálisis, la existencia de al menos dos desenlaces distintos que tienen origen en la misma tipología clínica. Así pensamos contribuir para avanzar en una mejor comprensión de las posibilidades y limitaciones de las manifestaciones, en especial algunos de los cuales formaron parte de la escenario político brasileño reciente. (AU)
Subject(s)
Politics , Psychoanalytic Theory , Social Environment , Hysteria/psychology , Mass Behavior , Societies , BrazilABSTRACT
Background - Jean-Martin Charcot had a profound influence on Sigmund Freud's life and career. The founders of Brazilian neurology and psychiatry were influenced by the ideas of Charcot and Freud. Objective - To describe Charcot's influence on Freud, and both on the beginning of Brazilian Neurology and Psychiatry. Results - After Freud's stay in Charcot's neurology service during the winter of 1885-1886, there was a shift in his interest from general neurology to hysteria, hypnosis and other psychological issues, which greatly influenced the development of psychoanalytic theory. Like Charcot, Freud would become an admirer of the arts, literature, and culture. When Freud began his collection, in the late 1890s, Charcot served as an important model. In Salpêtrière Hospital, Charcot was staging a show different from modernity, capable of inspiring Freud. Antonio Austregesilo founded the first Brazilian school of Neurology, in Rio de Janeiro, inspired in Charcot. Austresegilo also practiced psychiatry, and, together Juliano Moreira and others, is considered propagator of Freud's ideas in Brazil. Conclusion - The ideas of Charcot and Freud were fundamental in the formation of physicians who helped to found and to consolidate the Brazilian neurology and psychiatry.(AU)
Introdução - Jean-Martin Charcot exerceu uma profunda influência na vida e na carreira de Sigmund Freud. Os fundadores da neurologia e da psiquiatria brasileiras foram influenciados pelas ideias de Charcot e de Freud. Objetivo - Descrever a influência de Charcot sobre Freud e de ambos sobre o início da Neurologia e da Psiquiatria brasileiras. Resultados - Após a permanência de Freud no serviço de neurologia de Charcot durante o inverno de 1885-1886, houve uma mudança em seu interesse da neurologia geral para histeria, hipnose e outras questões psicológicas, o que influenciou muito o desenvolvimento da teoria psicanalítica. Como Charcot, Freud se tornaria admirador das artes, literatura e cultura. Quando Freud começou sua coleção, no final da década de 1890, Charcot serviu de modelo importante. No Hospital Salpêtrière, Charcot era a representação da modernidade, capaz de inspirar Freud. Antonio Austregésilo fundou a primeira escola brasileira de Neurologia, no Rio de Janeiro, inspirada em Charcot. Austresegilo também praticou psiquiatria, e, juntamente com Juliano Moreira e outros, é considerado propagador das ideias de Freud no Brasil.Conclusão - As ideias de Charcot e Freud foram fundamentais na formação de médicos que ajudaram a fundar e consolidar a neurologia e a psiquiatria brasileiras.(AU)
Subject(s)
Humans , History, 19th Century , History, 20th Century , Psychiatry/history , Psychoanalysis/history , Psychoanalytic Theory , Hysteria/psychology , Neurology/history , Biographies as Topic , Brazil , Education, Medical , HypnosisABSTRACT
Historicamente marcado na oposição entre orgânico e psíquico, o conceito de histeria continua no centro de controvérsias entre saberes influentes como psicanálise e psiquiatria. Contrapondo uma concepção que defende a existência de um mundo independente da mente humana (realismo) e uma que a nega (antirrealismo), buscamos pensar como se deu a criação desse conceito. Em acordo com o movimento científico do século XIX, o médico francês Jean-Martin Charcot utilizou a fotografia, entendida na época como a verdadeira retina do cientista, para criar uma classificação do ser humano. Inserir essa construção de conhecimento em seu contexto sociocultural possibilita diversos questionamentos quanto à sua objetividade. Nossa concepção é a de que refletir criticamente sobre a formação dos conceitos contribui com elementos para um melhor exercício da alteridade no interior da psicopatologia.
Historiquement marqué par lopposition entre lorganique et le psychique, lhystérie continue au centre des débats entre dinfluents savoirs tels que la psychanalyse et la psychiatrie. En mettant en contre-position deux conceptions - lune qui défend lexistence dun monde indépendant de la psyché humaine (réalisme) et lautre qui la nie (anti-réalisme) - nous cherchons à penser comment sest construit le concept de lhystérie. Suivant le mouvement scientifique du siècle XIX, le médecin français Jean-Martin Charcot se sert de la photographie, sous-entendue à lépoque comme véritable rétine du scientiste, pour créer une typologisation de lêtre humain. En insérant la construction de ce savoir en son contexte socioculturel, il est possible de se poser plusieurs questions sur son objectivité. Notre conception est de penser quune critique réflexive sur la formation des concepts apporte des éléments pour un meilleur exercice de laltérité au sein de la psychopathologie.
Históricamente marcado por la oposición entre lo orgánico y lo psicológico, el concepto de histeria sigue en el centro de la controversia entre los conocimientos influyentes como lo de psicoanálisis y la psiquiatría. Contrastando una concepción que defiende la existencia de un mundo independiente de la mente humana (realismo) a otra concepción que la niega (anti-realismo), buscamos investigar cómo se creó el concepto de histeria. De acuerdo con el movimiento científico del siglo XIX, el médico francés Jean-Martin Charcot utilizó la fotografía, entendida en su momento como la verdadera retina del científico, para crear una clasificación de lo humano. Introducir esta construcción del conocimiento en su contexto sociocultural permite muchas preguntas acerca de su objetividad. Nuestra concepción es que reflejar críticamente sobre la formación de los conceptos contribuye con elementos que visan mejorar el ejercicio de la alteridad dentro de la psicopatología.
The concept of hysteria has been historically situated in the opposition between the organic and the mental.It continues to be at the center of controversies between important areas, such as psychoanalysis and psychiatry. Wetried to elucidate the origin of the concept of hysteria by contrasting a conception that defends the existence of aworld independent of the human mind (realism), and another that denies it (antirealism). Following the scientific trendof the 19th century, the French physician Jean-Martin Charcot used photography at that time photography wasseen as the scientists true retina to create a typology of human beings. Situating this construction of knowledgeand its sociocultural context provokes a questioning as to its objectivity. Our suggestion is that to think in a criticalway about the origin of the concepts gives us elements for a better exercise of alterity in psychopathology.
Subject(s)
Hysteria/psychology , Photography , PsychopathologyABSTRACT
Historicamente marcado na oposição entre orgânico e psíquico, o conceito de histeria continua no centro de controvérsias entre saberes influentes como psicanálise e psiquiatria. Contrapondo uma concepção que defende a existência de um mundo independente da mente humana (realismo) e uma que a nega (antirrealismo), buscamos pensar como se deu a criação desse conceito. Em acordo com o movimento científico do século XIX, o médico francês Jean-Martin Charcot utilizou a fotografia, entendida na época como a verdadeira retina do cientista, para criar uma classificação do ser humano. Inserir essa construção de conhecimento em seu contexto sociocultural possibilita diversos questionamentos quanto à sua objetividade. Nossa concepção é a de que refletir criticamente sobre a formação dos conceitos contribui com elementos para um melhor exercício da alteridade no interior da psicopatologia. (AU)
Historiquement marqué par lopposition entre lorganique et le psychique, lhystérie continue au centre des débats entre dinfluents savoirs tels que la psychanalyse et la psychiatrie. En mettant en contre-position deux conceptions - lune qui défend lexistence dun monde indépendant de la psyché humaine (réalisme) et lautre qui la nie (anti-réalisme) - nous cherchons à penser comment sest construit le concept de lhystérie. Suivant le mouvement scientifique du siècle XIX, le médecin français Jean-Martin Charcot se sert de la photographie, sous-entendue à lépoque comme véritable rétine du scientiste, pour créer une typologisation de lêtre humain. En insérant la construction de ce savoir en son contexte socioculturel, il est possible de se poser plusieurs questions sur son objectivité. Notre conception est de penser quune critique réflexive sur la formation des concepts apporte des éléments pour un meilleur exercice de laltérité au sein de la psychopathologie. (AU)
Históricamente marcado por la oposición entre lo orgánico y lo psicológico, el concepto de histeria sigue en el centro de la controversia entre los conocimientos influyentes como lo de psicoanálisis y la psiquiatría. Contrastando una concepción que defiende la existencia de un mundo independiente de la mente humana (realismo) a otra concepción que la niega (anti-realismo), buscamos investigar cómo se creó el concepto de histeria. De acuerdo con el movimiento científico del siglo XIX, el médico francés Jean-Martin Charcot utilizó la fotografía, entendida en su momento como la verdadera retina del científico, para crear una clasificación de lo humano. Introducir esta construcción del conocimiento en su contexto sociocultural permite muchas preguntas acerca de su objetividad. Nuestra concepción es que reflejar críticamente sobre la formación de los conceptos contribuye con elementos que visan mejorar el ejercicio de la alteridad dentro de la psicopatología. (AU)
Subject(s)
Hysteria/psychology , Photograph , PsychopathologyABSTRACT
Estudo teórico que teve o propósito de discutir a histeria na contemporaneidade, considerando as mudanças culturais que podem ter acorrido desde a fundação da psicanálise até hoje. A discussão teve como cerne os apontamentos de Charles Melman, posto que seja um psicanalista que vem pensando a posição do sujeito nas condições da cultura ocidental atual. Foram destacados aspectos que nos conduziram a elaborar um pensamento em torno de como a neurose histérica aparece no contexto contemporâneo. Partimos do princípio de que sofremos uma mutação cultural, na qual passamos de uma cultura propensa à neurose para uma propensa à perversão. Tal concepção determina que lidamos com sujeitos que funcionam sob a ordem de uma nova economia psíquica e que em decorrência assistimos a expressão de uma histeria coletiva que, por sua vez, seria espaço de reivindicação dos sujeitos, a fim de requisitar um paradeiro e reinventar um pai que já esteja destituído.
This theoretical study aims at discussing hysteria nowadays and considers the cultural changes that might have occurred from the foundation of Psychoanalysis until today. The discussion is based on the thoughts of Charles Melman, a psychoanalyst who has studied the position of the subject in the conditions of the current Western culture. We highlighted aspects and consequently elaborated a reflection on how hysterical neurosis arises in the contemporary context, based on the principle that a cultural mutation occurred - a culture prone to neurosis was transformed into one prone to perversion. Owing to this conception, we deal with subjects that function under the order of a new psychic economy. Moreover, we see the expression of a collective hysteria that would be the space for the claims of the subjects, which aim at demanding a place and reinventing a father which is already destituted.
Este trabajo es un estudio teórico que tuvo como objetivo discutir la histeria en la época contemporánea, teniendo en cuenta los cambios culturales que han ocurrido desde la fundación del psicoanálisis hasta hoy. La discusión tuvo como base las notas de Charles Melman, por ser un psicoanalista que ha considerado el lugar del sujeto en los contextos de la cultura actual. Se pusieron de relieve los aspectos que nos han llevado a desarrollar una reflexión acerca de cómo la neurosis histérica surge en el contexto contemporáneo. Partimos del supuesto de que nos enfrentamos a un cambio cultural en el que pasamos de cultura propensa a la neurosis a la perversión. Este concepto determina que nos ocupamos de sujetos que funcionan a partir del orden de una nueva economía psíquica, y como resultado vemos una expresión de la histeria colectiva que, a su vez, es un espacio de demanda de los sujetos con el fin de requerir un descanso y de reinventar un padre que ya está depuesto.
Ce travail a pour objectif d'analyser l'hystérie dans la contemporanéité, en tenant compte des changements qui ont afflué depuis la fondation de la Psychanalyse jusqu'à présent. Notre discussion est centrée sur les notes de Charles Melman, psychiatre-psychanalyste qui sous l'égide de la psychanalyse réfléchit à ce qui concerne la position du sujet dans la culture occidentale actuelle. Nous trouvons des éléments qui mettent en évidence la construction d'une pensée autour de la névrose hystérique et de comment celle-ci se construit dans la contemporanéité. Nous supposons que nous sommes soumis à une mutation culturelle, dans laquelle nous passons d'une culture fondée sur la névrose à une culture qui promeut plutôt la perversion. Cette conception nous conduit à penser que nous sommes face à des sujets qui fonctionnent sous l'ordre d'une nouvelle économie psychique et, en conséquence, on voit l'expression d'une hystérie collective, dans laquelle le sujet se place dans un rôle revendicatif, afin de demnder le sujet et réinventer un père qui a été déjà destitué.
Subject(s)
Humans , Cultural Evolution , Hysteria/psychologyABSTRACT
Estudo teórico que teve o propósito de discutir a histeria na contemporaneidade, considerando as mudanças culturais que podem ter acorrido desde a fundação da psicanálise até hoje. A discussão teve como cerne os apontamentos de Charles Melman, posto que seja um psicanalista que vem pensando a posição do sujeito nas condições da cultura ocidental atual. Foram destacados aspectos que nos conduziram a elaborar um pensamento em torno de como a neurose histérica aparece no contexto contemporâneo. Partimos do princípio de que sofremos uma mutação cultural, na qual passamos de uma cultura propensa à neurose para uma propensa à perversão. Tal concepção determina que lidamos com sujeitos que funcionam sob a ordem de uma nova economia psíquica e que em decorrência assistimos a expressão de uma histeria coletiva que, por sua vez, seria espaço de reivindicação dos sujeitos, a fim de requisitar um paradeiro e reinventar um pai que já esteja destituído.(AU)
This theoretical study aims at discussing hysteria nowadays and considers the cultural changes that might have occurred from the foundation of Psychoanalysis until today. The discussion is based on the thoughts of Charles Melman, a psychoanalyst who has studied the position of the subject in the conditions of the current Western culture. We highlighted aspects and consequently elaborated a reflection on how hysterical neurosis arises in the contemporary context, based on the principle that a cultural mutation occurred - a culture prone to neurosis was transformed into one prone to perversion. Owing to this conception, we deal with subjects that function under the order of a new psychic economy. Moreover, we see the expression of a collective hysteria that would be the space for the claims of the subjects, which aim at demanding a place and reinventing a father which is already destituted.(AU)
Este trabajo es un estudio teórico que tuvo como objetivo discutir la histeria en la época contemporánea, teniendo en cuenta los cambios culturales que han ocurrido desde la fundación del psicoanálisis hasta hoy. La discusión tuvo como base las notas de Charles Melman, por ser un psicoanalista que ha considerado el lugar del sujeto en los contextos de la cultura actual. Se pusieron de relieve los aspectos que nos han llevado a desarrollar una reflexión acerca de cómo la neurosis histérica surge en el contexto contemporáneo. Partimos del supuesto de que nos enfrentamos a un cambio cultural en el que pasamos de cultura propensa a la neurosis a la perversión. Este concepto determina que nos ocupamos de sujetos que funcionan a partir del orden de una nueva economía psíquica, y como resultado vemos una expresión de la histeria colectiva que, a su vez, es un espacio de demanda de los sujetos con el fin de requerir un descanso y de reinventar un padre que ya está depuesto.(AU)
Ce travail a pour objectif d'analyser l'hystérie dans la contemporanéité, en tenant compte des changements qui ont afflué depuis la fondation de la Psychanalyse jusqu'à présent. Notre discussion est centrée sur les notes de Charles Melman, psychiatre-psychanalyste qui sous l'égide de la psychanalyse réfléchit à ce qui concerne la position du sujet dans la culture occidentale actuelle. Nous trouvons des éléments qui mettent en évidence la construction d'une pensée autour de la névrose hystérique et de comment celle-ci se construit dans la contemporanéité. Nous supposons que nous sommes soumis à une mutation culturelle, dans laquelle nous passons d'une culture fondée sur la névrose à une culture qui promeut plutôt la perversion. Cette conception nous conduit à penser que nous sommes face à des sujets qui fonctionnent sous l'ordre d'une nouvelle économie psychique et, en conséquence, on voit l'expression d'une hystérie collective, dans laquelle le sujet se place dans un rôle revendicatif, afin de demnder le sujet et réinventer un père qui a été déjà destitué.(AU)
Subject(s)
Hysteria/psychology , Cultural EvolutionABSTRACT
En este trabajo, el cual se inscribe dentro del proyecto de investigación UBACyT Versiones del padre en el último periodo de la enseñanza de Lacan, se efectúa una articulación entre la armadura del amor al padre que opera en la histeria y el inconsciente, a partir de los últimos desarrollos en la enseñanza de Jacques Lacan, particularmente desde la topología tórica...
Subject(s)
Humans , Hysteria/psychology , Psychoanalytic Theory , Unconscious, Psychology , PsychoanalysisABSTRACT
O artigo analisa as mudanças que a noção de inconsciente sofre nos primeiros trabalhos de Freud com a introdução do conceito de recalque. Tomando como base o modelo de divisão da consciência concebido na chamada primeira psiquiatria dinâmica, Freud introduz alterações significativas no entendimento sobre os mecanismos que provocam o surgimento da "segunda consciência" e sua ação patológica, além de determinar o caráter sexual do material que dá origem ao inconsciente. O artigo também mostra como as mudanças na técnica terapêutica e a formulação do conceito de resistência levou Freud a abandonar o modelo da divisão da consciência e a conceber o primeiro modelo psíquico da história da psicanálise.(AU)
This article analyzes the changes that the notion of the unconscious went through in Freud's first works due to the introduction of the concept of repression. Based on the model of the division of the consciousness taken from the first dynamic psychiatry, Freud introduces significant changes on the understanding of the mechanisms that create the "second consciousness" and their pathologic action. He also determinates the sexual character of the material that originates the unconscious. This article also shows how the change in the therapeutic techniques and the formulation of the concept of resistance lead Freud to abandon the model of the division of the consciousness and to conceive the first psychological model of psychoanalytic history.(AU)
Subject(s)
Unconscious, Psychology , Freudian Theory/history , Hysteria/psychology , PsychoanalysisABSTRACT
O artigo analisa as mudanças que a noção de inconsciente sofre nos primeiros trabalhos de Freud com a introdução do conceito de recalque. Tomando como base o modelo de divisão da consciência concebido na chamada primeira psiquiatria dinâmica, Freud introduz alterações significativas no entendimento sobre os mecanismos que provocam o surgimento da "segunda consciência" e sua ação patológica, além de determinar o caráter sexual do material que dá origem ao inconsciente. O artigo também mostra como as mudanças na técnica terapêutica e a formulação do conceito de resistência levou Freud a abandonar o modelo da divisão da consciência e a conceber o primeiro modelo psíquico da história da psicanálise.
This article analyzes the changes that the notion of the unconscious went through in Freud's first works due to the introduction of the concept of repression. Based on the model of the division of the consciousness taken from the first dynamic psychiatry, Freud introduces significant changes on the understanding of the mechanisms that create the "second consciousness" and their pathologic action. He also determinates the sexual character of the material that originates the unconscious. This article also shows how the change in the therapeutic techniques and the formulation of the concept of resistance lead Freud to abandon the model of the division of the consciousness and to conceive the first psychological model of psychoanalytic history.
Subject(s)
Humans , Hysteria/psychology , Unconscious, Psychology , Psychoanalysis , Freudian Theory/historyABSTRACT
En este artículo nos detendremos en el propósito de circunscribir diferentes elementos capitales del tratamiento de la histeria (la ôidentificación virilö, el goce de la insatisfacción, etc.), aunque orientándolos hacia el hilo conductor de esa forma fenoménica que es la homosexualidad. Ya en El Seminario 20 Lacan sostenía que ôla histeria [à] es hacer de hombre, y ser por tanto también ella homosexualàö (Lacan, 1972-73, 103). En este artículo nos proponemos ampliar esta afirmación, con la consiguiente consideración de un caso clínico.(AU)
Subject(s)
Humans , Homosexuality, Female/psychology , Hysteria/psychology , Psychoanalytic Theory , PsychoanalysisABSTRACT
En este artículo nos detendremos en el propósito de circunscribir diferentes elementos capitales del tratamiento de la histeria (la identificación viril, el goce de la insatisfacción, etc.), aunque orientándolos hacia el hilo conductor de esa forma fenoménica que es la homosexualidad. Ya en El Seminario 20 Lacan sostenía que la histeria [ ] es hacer de hombre, y ser por tanto también ella homosexual (Lacan, 1972-73, 103). En este artículo nos proponemos ampliar esta afirmación, con la consiguiente consideración de un caso clínico.
Subject(s)
Humans , Hysteria/psychology , Homosexuality, Female/psychology , Psychoanalytic Theory , PsychoanalysisABSTRACT
Diferentemente das abordagens que veem o filme de Lars Von Trier como ilustrativo de um quadro de melancolia, o autor, partindo de um interpretante que permeia todo o enredo - o slogan - o vê como uma reflexão psicopolítica sobre os impasses em que estão envolvidos os sujeitos ativos no mundo ocidental, englobados pelas formas contemporâneas do capitalismo e do cientificismo tecnológico. O slogan é usado pela personagem central - uma publicitária - como prótese que substitui as relações afetivas básicas. A necessidade de uso desta prótese, que estrutura um comportamento histérico, está ligada a dinâmica da família de origem da personagem. Quando esta prótese perde seu papel de sustentação ocorre o encontro com o vazio, a depressão, e uma lenta reconstrução da identidade agora des-alienada. Alegoricamente este processo está representado pelo choque entre um planeta desgarrado e a terra.
Differently from approaches that see Lars von Trier's film as illustrative of a melancholic state, the author, from the standpoint of a concept that permeates the entire plot and functions as an interpreter - the slogan - sees it as a psycho-political reflection about the impasses where active subjects of western world find themselves surrounded by contemporary forms of capitalism and technological scientificism. The slogan is used by the main character - a publicist - as a prosthesis that replaces basic affective relationships. The need of using this prosthesis, which structures a hysterical form of behavior, is related to the character's original family dynamics. As this prosthesis loses its supportive role, emptiness and depression show up and afterwards a slow reconstruction of the now dis-alienated identity begins. Allegorically, this process is represented by the collision of a planet hurling through space and the Earth.
A diferencia de los abordajes que ven la película de Lars von Trier como ilustrativa de un cuadro de melancolía, el autor de este texto, partiendo de un interpretante que permea todo el enredo -el slogan- lo ve como una reflexión psico-política sobre los impases en que se encuentran los sujetos activos en el mundo occidental, englobados por las formas contemporáneas de capitalismo y cientificismo tecnológico. El slogan es usado por el personaje central - una publicitaria - como una prótesis que substituye las relaciones afectivas básicas. La necesidad del uso de esta prótesis, que estructura un comportamiento histérico, está relacionada a la dinámica de la familia de origen del personaje. Cuando esta prótesis pierde su papel de sustentación sobreviene el encuentro con el vacío, la depresión y una lenta reconstrucción de la identidad, ahora des-alienada. Alegóricamente este proceso está representado por el choque entre un planeta desgarrado y la tierra.
Subject(s)
Humans , Female , Hysteria/psychology , Psychoanalysis , Depressive Disorder/psychologyABSTRACT
Diferentemente das abordagens que veem o filme de Lars Von Trier como ilustrativo de um quadro de melancolia, o autor, partindo de um interpretante que permeia todo o enredo - o slogan - o vê como uma reflexão psicopolítica sobre os impasses em que estão envolvidos os sujeitos ativos no mundo ocidental, englobados pelas formas contemporâneas do capitalismo e do cientificismo tecnológico. O slogan é usado pela personagem central - uma publicitária - como prótese que substitui as relações afetivas básicas. A necessidade de uso desta prótese, que estrutura um comportamento histérico, está ligada a dinâmica da família de origem da personagem. Quando esta prótese perde seu papel de sustentação ocorre o encontro com o vazio, a depressão, e uma lenta reconstrução da identidade agora des-alienada. Alegoricamente este processo está representado pelo choque entre um planeta desgarrado e a terra.(AU)
Differently from approaches that see Lars von Trier's film as illustrative of a melancholic state, the author, from the standpoint of a concept that permeates the entire plot and functions as an interpreter - the slogan - sees it as a psycho-political reflection about the impasses where active subjects of western world find themselves surrounded by contemporary forms of capitalism and technological scientificism. The slogan is used by the main character - a publicist - as a prosthesis that replaces basic affective relationships. The need of using this prosthesis, which structures a hysterical form of behavior, is related to the character's original family dynamics. As this prosthesis loses its supportive role, emptiness and depression show up and afterwards a slow reconstruction of the now dis-alienated identity begins. Allegorically, this process is represented by the collision of a planet hurling through space and the Earth.(AU)
A diferencia de los abordajes que ven la película de Lars von Trier como ilustrativa de un cuadro de melancolía, el autor de este texto, partiendo de un interpretante que permea todo el enredo -el slogan- lo ve como una reflexión psico-política sobre los impases en que se encuentran los sujetos activos en el mundo occidental, englobados por las formas contemporáneas de capitalismo y cientificismo tecnológico. El slogan es usado por el personaje central - una publicitaria - como una prótesis que substituye las relaciones afectivas básicas. La necesidad del uso de esta prótesis, que estructura un comportamiento histérico, está relacionada a la dinámica de la familia de origen del personaje. Cuando esta prótesis pierde su papel de sustentación sobreviene el encuentro con el vacío, la depresión y una lenta reconstrucción de la identidad, ahora des-alienada. Alegóricamente este proceso está representado por el choque entre un planeta desgarrado y la tierra.(AU)
Subject(s)
Humans , Female , Motion Pictures , Psychoanalysis , Depressive Disorder/psychology , Hysteria/psychologyABSTRACT
O presente artigo apresenta a temática do corpo na neurose obsessiva a partir de dois eixos de abordagem: suas peculiaridades em relação à histeria e a diretriz que a tríade freudiana - inibição, sintoma e angústia - fornece às discussões desse tema. Diante da maior incidência de publicações acerca da histeria e frente ao destaque tradicionalmente concedido nesse tipo clínico para os sintomas na esfera do pensamento, sua problemática é o lugar do corpo na dinâmica dessa neurose em suas especificidades na relação do obsessivo com o desejo e com a morte. Delimita-se o corpo como terreno em que são vividos os impasses relativos à sexualidade e à transitoriedade própria à finitude humana. Examinam-se as formas e a função das manifestações clínicas do corpo na neurose obsessiva com base na tríade freudiana inibição, sintoma e angústia...
The theme of this paper is the body in obsessional neurosis from two approaches lines: its peculiarities in relation to hysteria and guidance by the freudian triade - inhibiton, symptom and anxiety. Given the higher incidence of publications about hysteria and according to the emphasis traditionally given to this clinical type to the symptoms in the sphere of thought, its problematic is the place of the body in the dynamics of this neurosis, in its specificities in the relationship of the obsessive towards desire and death. The body is defined as the ground in which the dilemmas relating to sexuality and to the transience of human finitude are experienced and to outline the possibilities offered by analysis. The forms and the function of the clinical manifestations of the body in obsessional neurosis are examined based on the Freudian triad inhibition, symptom and anxiety...
Subject(s)
Humans , Male , Female , Hysteria/psychology , Psychoanalysis , Neurotic Disorders/psychology , Stress, PsychologicalABSTRACT
O presente artigo apresenta a temática do corpo na neurose obsessiva a partir de dois eixos de abordagem: suas peculiaridades em relação à histeria e a diretriz que a tríade freudiana - inibição, sintoma e angústia - fornece às discussões desse tema. Diante da maior incidência de publicações acerca da histeria e frente ao destaque tradicionalmente concedido nesse tipo clínico para os sintomas na esfera do pensamento, sua problemática é o lugar do corpo na dinâmica dessa neurose em suas especificidades na relação do obsessivo com o desejo e com a morte. Delimita-se o corpo como terreno em que são vividos os impasses relativos à sexualidade e à transitoriedade própria à finitude humana. Examinam-se as formas e a função das manifestações clínicas do corpo na neurose obsessiva com base na tríade freudiana inibição, sintoma e angústia.(AU)
The theme of this paper is the body in obsessional neurosis from two approaches lines: its peculiarities in relation to hysteria and guidance by the freudian triade - inhibiton, symptom and anxiety. Given the higher incidence of publications about hysteria and according to the emphasis traditionally given to this clinical type to the symptoms in the sphere of thought, its problematic is the place of the body in the dynamics of this neurosis, in its specificities in the relationship of the obsessive towards desire and death. The body is defined as the ground in which the dilemmas relating to sexuality and to the transience of human finitude are experienced and to outline the possibilities offered by analysis. The forms and the function of the clinical manifestations of the body in obsessional neurosis are examined based on the Freudian triad inhibition, symptom and anxiety.(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Neurotic Disorders/psychology , Psychoanalysis , Hysteria/psychology , Stress, PsychologicalABSTRACT
Uma questão se impõe a partir do trabalho analítico com pacientes que apresentam manifestações somáticas diversas: existiria uma psicologia própria às doenças ou manifestações somáticas? Muitas vezes, o corpo e suas manifestações são compreendidos a partir de noções como: imagem do corpo, imagem inconsciente do corpo, pacientes psicossomáticos, manifestações psicossomáticas, ou fenômenos psicossomáticos, enfim, uma inflação de noções que nos distanciam da proposta freudiana. Esta confusão não data de hoje: no seio da teorização psicanalítica, o corpo foi objeto de numerosos debates e divergências teóricas. Este texto constituiu uma reabertura a estes debates em torno das questões corporais.(AU)
One main question emerges while working with patients presenting diverse so matic symptoms: does it exist a specific psychological approach for somatic diseases? Often, somatic symptoms are understood with notions like: body image, body uncons cious image, psychosomatic patients, psychosomatic manifestations, or psychosomatic phenomenon. In other words, many different notions keeping us away from Freud's proposition on the interpretation of body symptoms. This confusion is quite old: within psychoanalytic theory construction, the body was at the origin of various theoretical debates and divergences. This text constitutes a re-opening of those debates around body questions.(AU)
Subject(s)
Human Body , Psychoanalysis , Psychophysiologic Disorders/psychology , Hysteria/psychologyABSTRACT
Uma questão se impõe a partir do trabalho analítico com pacientes que apresentam manifestações somáticas diversas: existiria uma psicologia própria às doenças ou manifestações somáticas? Muitas vezes, o corpo e suas manifestações são compreendidos a partir de noções como: imagem do corpo, imagem inconsciente do corpo, pacientes psicossomáticos, manifestações psicossomáticas, ou fenômenos psicossomáticos, enfim, uma inflação de noções que nos distanciam da proposta freudiana. Esta confusão não data de hoje: no seio da teorização psicanalítica, o corpo foi objeto de numerosos debates e divergências teóricas. Este texto constituiu uma reabertura a estes debates em torno das questões corporais.
One main question emerges while working with patients presenting diverse so matic symptoms: does it exist a specific psychological approach for somatic diseases? Often, somatic symptoms are understood with notions like: body image, body uncons cious image, psychosomatic patients, psychosomatic manifestations, or psychosomatic phenomenon. In other words, many different notions keeping us away from Freud's proposition on the interpretation of body symptoms. This confusion is quite old: within psychoanalytic theory construction, the body was at the origin of various theoretical debates and divergences. This text constitutes a re-opening of those debates around body questions.