RESUMEN
Introdução: Embora os stents farmacológicos tenham reduzido acentuadamente a reestenose e a necessidade de novas revascularizações na maioria dos cenários clínicos e angiográficos, o benefício desses dispositivos no tratamento de lesões em enxertos de veia safena (EVS) ainda precisa ser definido. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) entre stents farmacológicos e stents não-farmacológicos em lesões em EVS em pacientes não-selecionados. Métodos: Foram incluídos pacientes tratados em dois hospitais terciáriosentre maio de 2006 e janeiro de 2009. O objetivo primário foi comparar a incidência de ECAM entre stents farmacológicos e stents não-farmacológicos durante a hospitalizaçãoe no seguimento a longo prazo. Resultados: No total, foram incluídos, consecutivamente, 308 pacientes, divididos de acordo com o tipo de stent implantado (209 com stents farmacológicos e 99 com stents não-farmacológicos). A média de idade do grupo foi de 68 anos e a dos EVS, de 10,9 anos. Na fase intra-hospitalar, houve tendência para maior incidência de ECAM no grupo que recebeu stents farmacológicos (12% vs. 5,1%; P = 0,06). Até 24 meses, a incidência de ECAM foi equivalente nos dois grupos (17,2% nogrupo stents farmacológicos vs. 18,2% no grupo stents não-farmacológicos; P = 0,87). Trombose do stent definitiva/provável foi semelhante em ambos os grupos (2,3% no grupo stents farmacológicos vs. 2% no grupo stentsnão-farmacológicos; P = 0,94). Conclusões: Nesta série de pacientes complexos do mundo real, não houve preocupação com a segurança a longo prazo relacionada ao uso de stents farmacológicos no tratamento de lesões em EVS, com incidências similares de morte cardíaca/infarto do miocárdio/trombose do stent em ambos os grupos.
Background: Although drug-eluting stents have markedly reduced restenosis and the need for repeat lesion revascularization in the vast majority of clinical and angiographic scenarios, the benefit of these devices for the treatment of saphenous-vein graft (SVG) lesions is yet to be defined. The aim of our study was to compare the rate of major adverse clinical events (MACE) between drug-eluting stentsand bare-metal stents in SVG lesions in non-selected patients. Methods: Patients treated in two tertiary hospitals betweenMay 2006 and January 2009 were included. The primary objective was to compare the incidence of MACE betweendrug-eluting stents and bare-metal stents during hospitalization and in the long-term follow-up. Results: Overall, 308 patients were consecutively enrolled and divided according to the type of stent deployed (209 with drug-eluting stents and 99 with bare-metal stents). Mean age was 68 years and SVG mean age was 10.9 years. In the in-hospital phase there was a trend towards higher MACE in the drug-eluting stents group (12% vs. 5.1%; P = 0.06). The incidence of MACE in up to 24 months was equivalent between groups (17.2%for the drug-eluting stents group vs. 18.2% for the baremetal stents group; P = 0.87). Definite/probable stent thrombosis was similar in both groups (2.3% for the drug-eluting stents group vs. 2% for bare-metal stents group; P = 0.94). Conclusions: In this real world series of complex patients there was no long-term safety concerns related to the use of drug-eluting stents in the treatment of SVG lesions, with similar rates of cardiac death/myocardial infarction/stent thrombosis in both groups.