RESUMEN
O presente artigo discute e analisa pesquisa sobre a prática da extração de dentes (exodontia) como tratamento preponderante no serviço público, sob a ótica dos docentes das disciplinas que trabalham com a mesma na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Adicionalmente, reflete sobre o compromisso ético do ensino, propondo maior aproximação entre a Academia e o serviço. Para tanto, faz uma investigação de caráter qualitativo, utilizando na coleta dos dados a técnica da entrevista semi-estruturada. O material empírico revela que os docentes admitem que a exodontia no serviço público é um procedimento negativo, considerando sua preponderância sobre outras práticas odontológicas, quando da atenção às camadas populares. Constata, por fim, o distanciamento entre a Academia e o serviço e uma real necessidade de repensar a prática e o ensino odontológicos, bem como construir uma cultura ética no período de formação do cirurgião-dentista.