RESUMEN
Background: Myxofibrosarcoma (MFS) is a type of sarcoma that mainly affects elderly people; it represents only 5% of all sarcomas and shows no line of differentiation. Intracranial MFS is a rare condition. At present, limited data exist regarding brain metastasis from MFS. This article reports a case of MFS and reviews the literature regarding MFS metastasis. Case Description: We report a case of brain metastasis from chest wall MFS. The patient was diagnosed with an anterior thoracic MFS and underwent surgery and radiotherapy. One year later, he noticed a tumor on his left shoulder, and more than 1 year thereafter, bilateral lung metastasis was observed. Twelve months after lung metastasis, he presented to the emergency department and underwent contrast-enhanced magnetic resonance imaging, which demonstrated a left frontal tumor suggestive of brain metastasis. Since the main hypothesis was a sarcoma metastasis at the location close to the left motor area, and the patient had a good Karnofsky performance scale, the patient underwent neuronavigation-guided surgery. After surgery, the patient developed Grade III hemiparesis and aphasia. Brain tumor histopathology confirmed a malignant neoplasm with osteosarcomatous differentiation and metastasis from MFS. Conclusion: We report a rare case of MFS metastasis. To the best of our knowledge, this is the eighth case of intracerebral metastasis from MFS.
RESUMEN
Cenário: O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. Durante o processo de carcinogênese é reconhecido o desenvolvimento de lesão precursora denominada neoplasia intraepitelial cervical (NIC). O principal fator de risco associado ao surgimento da NIC e do câncer do colo do útero é a infecção pelo HPV. Com o recente desenvolvimento de vacinas contra tipos específicos do HPV, abre-se uma nova estratégia para o controle da doença. Entretanto, a grande diversidade de genótipos de HPV bem como a distribuição heterogênea em diferentes regiões do mundo pode interferir na eficácia da imunização. O conhecimento da prevalência dos genótipos de HPV na população é uma das medidas para prover informações que auxiliem nas políticas públicas de prevenção do câncer do colo do útero e no acompanhamento epidemiológico da doença após implantação da estratégia de imunização. Objetivo: Descrever os genótipos do HPV e as características sociodemográficas das mulheres com lesões precursoras do câncer do colo do útero atendidas em dois centros de referência em oncologia no Estado de Pernambuco. Método: Estudo epidemiológico observacional transversal de base hospitalar, onde se analisaram dados secundários de um banco de dados de um estudo âncora. Foram analisados 325 registros de mulheres com NICs atendidas em dois hospitais de referência em oncologia: o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira e o Hospital de Câncer de Pernambuco no período de julho de 2014 a fevereiro de 2016. Os HPVs foram genotipados em 142 registros. No estudo âncora, um questionário foi aplicado para a coleta de dados epidemiológicos e foi coletado material para análise a partir de biópsias do colo do útero. A análise do genótipo de HPV foi realizada através de sequenciamento do DNA viral após amplificação por técnica de PCR e em seguida comparada às sequências identificadas nos bancos de dados depositados no GenBank. Os dados foram armazenados em banco de dados de planilha Excel e analisados no programa STATA 12. Foi feita distribuição de frequências das variáveis sociodemograficas, gineco-obstétricas e dos genótipos dos HPVs. A associação entre o HPV 16 e o grau de lesão precursora (NIC 1, 2 ou 3) foi feita através do teste de quiquadrado de Pearson, considerando nível de significância de 5%. O estudo original foi aprovado pelo Comitê de Ética das duas Instituições onde os dados foram coletados e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: As mulheres deste estudo tinham faixa etária de 25 a 39 anos (59,4%), declararam-se pardas (59,7%), casadas (66,5%), sem atividade remunerada (52,9%) e com início de atividade sexual antes dos 18 anos (69,4%). A quase totalidade (95,6%) já havia realizado exame preventivo do colo uterino, tendo ocorrido o primeiro exame antes dos 25 anos de idade em 76,5%. Na análise do material de biópsia dessas 325 mulheres foi observado prevalência de 14,7% de lesão precursora de baixo grau (NIC 1) e 85,3% de lesão precursora de alto grau (NIC 2 ou 3). Entre as 142 genotipagens o tipo de HPV mais prevalente foi o HPV 16 (51,7%), seguido pelo HPV 35 (6,9%) e HPV 45 (6,2%). O HPV 18 foi encontrado em apenas 2,1%. Houve associação entre o HPV 16 e lesões de alto grau (NIC 2 ou 3) (p= 0,008). Conclusão: O HPV 16 foi o genótipo predominante nas lesões precursoras, principalmente nas lesões de alto grau (NIC 2 ou 3). O HPV 35 aparece como o segundo mais frequente nas lesões de alto grau, sugerindo a necessidade de investigar sua importância em estudos posteriores.