RESUMEN
Este estudo aborda um caso extremamente raro de um paciente que passou 225 dias com um balão intra aórtico antes de receber um transplante cardíaco. Essa situação extraordinária destaca a importância da abordagem multiprofissional no cuidado de pacientes com desafios clínicos complexos. Além disso, oferece insights valiosos para a comunidade médica e científica, contribuindo para o aprimoramento das estratégias clínicas em um contexto desafiador. A insuficiência cardíaca (IC), uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, afetando mais de 23 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 2 milhões no Brasil. A IC é frequentemente causada por condições como doença arterial coronariana (DAC), hipertensão e diabetes, com influência adicional da doença de Chagas na América Latina. Pacientes com IC enfrentam desafios significativos que resultam frequentemente em hospitalizações recorrentes. Uma abordagem multiprofissional é essencial para o tratamento e gerenciamento eficaz da doença, dada a complexidade da patologia e suas comorbidades. Uma equipe multiprofissional reúne especialistas em saúde para fornecer uma abordagem abrangente e personalizada, auxiliando os pacientes na transição até o transplante cardíaco e na gestão contínua da condição, prevenindo complicações. A análise deste caso incomum, no qual o paciente encontrado por um longo período com um balão intraaórtico, destaca a importância crucial da abordagem multiprofissional no cuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados deste estudo têm o potencial de oferecer novas perspectivas e contribuições benéficas para a comunidade médica, promovendo o avanço das estratégias de tratamento em um contexto clínico notável.
Asunto(s)
Contrapulsador Intraaórtico/enfermería , Atención de EnfermeríaRESUMEN
INTRODUÇÃO: Pacientes com infecção por SARS-CoV 2 podem apresentar rápida deterioração clínica, evoluindo para Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, sepse ou choque, bem como necessidade de ventilação mecânica ou de cuidados intensivos. É premente avaliar sinais de alerta de deterioração clínica, com vistas a intervir precocemente, aumentando as chances de sobrevida de pacientes com COVID-19. Tendo em vista que a alteração dos sinais vitais são frequentes na evolução da COVID-19, optou-se por utilizar a escala National Early Warning Score (NEWS2). O NEWS2 identifica o risco de deterioração clínica precoce e prediz os cuidados requeridos e sua frequência; sendo um indicador competente para intervenções precoces. No entanto, pouco se sabe sobre sua aplicação para pacientes com COVID-19. Este estudo visou analisar, de forma pioneira no Brasil, a performance prognóstica e o poder discriminatório do NEWS2 em unidades de internação adulto de um hospital universitário paulista quanto às admissões em unidades de terapia intensiva (UTI). MÉTODOS: Tratou-se de estudo de coorte retrospectivo que avaliou informações de 300 participantes hospitalizados por COVID-19 no período de março de 2020 a março de 2022. Foi utilizado o NEWS2 com vistas a obter um escore de risco de deterioração clínica precoce; e o Índice de Comorbidades de Charlson (ICC), para ajustar o risco estimado pelo NEWS2 de acordo com a prevalência de condições clínicas prévias. RESULTADOS: O escore médio do NEWS2 foi de 4,1 unidades, o que sugere moderada complexidade da atenção. O NEWS2 apresentou bom poder discriminatório, com sensibilidade de 71,1%, especificidade de 56,3%, Valor preditivo positivo de 22,4%, Valor preditivo negativo de 91,7%, Razão de verossimilhança positiva de 1,6 e Razão de verossimilhança negativa de 0,5. A análise da área sob a curva ROC (AUROC, 66%; IC95% = 0,57-0,54; p=0,0009) evidenciou que o índice foi modestamente capaz de predizer a deterioração clínica de pacientes com COVID-19 e a probabilidade de admissão na UTI. CONCLUSÕES: Conclui-se que o NEWS2 apresentou bom poder discriminatório para avaliar a gravidade de pacientes com COVID-19 e moderada capacidade de predição da admissão de pacientes com COVID-19 na UTI.
RESUMEN
INTRODUÇÃO: A deterioração clínica precoce pode levar a um incremento do número de paradas cardiorrespiratórias, de admissões em Unidade de Terapia Intensiva e óbitos. A deterioração clínica pode ser identificada precocemente através da alteração dos sinais vitais. Por meio da monitorização constante dos sinais vitais, é possível realizar uma intervenção precoce, aumentando a sobrevida dos pacientes. A equipe de enfermagem é a primeira a identificar alterações clínicas dos pacientes e seu papel é premente na monitorização dos sinais vitais; favorecendo o resultado de sobrevida e aumentando a segurança do paciente. Instrumentos validados são capazes de detectar precocemente parâmetros fisiológicos e predizer o risco de deterioração clínica, por meio de avaliações rotineiras pelos enfermeiros; com vistas a gerenciar o risco de deterioração clínica. Este estudo teve como objetivo avaliar o risco de deterioração clínica precoce em unidades de internação (UI) de adultos de um hospital universitário público do sudeste do Brasil. MÉTODOS: Tratou-se de estudo transversal e exploratório em um hospital universitário do sudeste paulista. Fizeram parte desta pesquisa 251 leitos. Foi aplicada a escala National Early Warning Score (NEWS2) para cada paciente internado, por ocasião da admissão no setor, em até 24 horas de sua recepção. A meta era obter o diagnóstico situacional da instituição por meio de dados inéditos e preliminares sobre o risco de deterioração clínica precoce usual. O NEWS2 é baseado em um sistema de pontuação, no qual uma pontuação é alocada para medições fisiológicas, já registradas na prática de rotina hospitalar. RESULTADOS: A amostra foi caracterizada por maioria de mulheres (64,5%), com média de idade de 55 anos. O escore do NEWS2 evidenciou média de 2,9 unidades, o que sugere média ou moderada complexidade da atenção por parte da equipe de saúde; e foi maior entre os homens. Esse achado preconiza que a avaliação da enfermeira se repita no mínimo de 4 a 6 horas, monitorando o paciente, registrando eventual aumento dos parâmetros e oferecendo os cuidados necessários. CONCLUSÕES: O diagnóstico situacional evidenciou risco moderado de deterioração clínica precoce nas UI, com escores mais elevados entre os pacientes do sexo masculino. Espera-se, com o desenvolvimento dessa proposta, implementar de forma pioneira um sistema de alerta precoce junto ao referido serviço, com vistas a incrementar a qualidade do cuidado, melhorar os indicadores relacionados à segurança do paciente e diminuir a taxa de mortalidade hospitalar evitável.